Pro Wrestling Guerrilla: Discussão Geral

Parece-me existir uma maior relação com a ordem pela qual eles foram anunciados - do que propriamente uma amostra de quem tá over com o público da PWG - tirando uma ou outra excepção.

2014. Ver o nº de pessoal que worka ( ou workava) na WWE e que ainda tá nas indys

PWG – Bask in His Glory [25 Março 2018]

Depois da maratona dos “melhores de 2018” para apanhar uns matches soltos, acabei por ver o Time Is A Flat Circle completo e gostei tanto do show que decidi voltar a seguir a PWG mais regularmente, especialmente agora que decidi cagar de alto na WWE. Já sei que perdi muita coisa ao longo destes anos, incluindo o rise da PWG para a “gaja mais gira do baile” das Indys mas muito provavelmente só vou ver uns quantos combates soltos e começar a seguir a partir de agora. E sim, o WALTER ter o título ajuda um bom bocado.

Andy Brown VS Tyler Bateman:

Primeira match que vejo de ambos. Andy Brown fez debut em 2012 e tem andado pelas Indys da zona da California. Teve um Dark Match na Lucha Underground e estreou-se neste show. Tyler Bateman já luta desde 2002, no entanto só em 2013 é que começou a ter datas mais regulares. Eu diria que ambos estão ao mesmo nível e isso nota-se no match. Andy Brown com um look e físico mais desenvolvido e o moveset é um bocado melhor embora continue a ser o típico INSERT_INDY_WRESTLER_MOVESET_1-0-1.exe. O combate foi nice, nada de especial, notava-se que já tinham trabalhado juntos antes com alguns spots em piloto automático. Algumas cenas mesmo juicy tipo o Diving Elbow Smash do Brown e um Guillotine com pontapé na corda do Bateman. Boa química e era fixe se os gajos voltassem a bookar o Andy Brown para estes matches assim menos importantes.

Jake Atlas VS Rey Horus:
Jake Atlas, o novato com menos de 2 anos de experiência que, sem grande surpresa, tem andado também pelas Indys da zona da California (praticamente as mesmas que os dois cavalheiros do combate anterior também são regulares). Rey Horus aka o Primo do Rey Rey, dread já mais que rodado que o pessoal provavelmente reconhece mais recentemente pela aparição na Lucha Underground.
Portanto isto vai ser o match Chen do show, tou a ver. Logo a primeira cena que reparei: O Jake Atlas mostra logo bom carisma, à vontade no Ring e conexão fácil com a crowd. O Rey Horus até conseguiu tapar bem as falhas de ambos e não evidenciar tanto a diferença de anos nisto. Claro que houve sempre ali spots onde isso notava-se mas overall, até foi um daqueles matches onde o Selling fica parcialmente nas outras calças e as consequências dos golpes são....inconsequentes...

Mesmo assim foi enjoyable e não houve momentos em que eu quisesse passar à frente. Nem que fosse pelo Up and Over do canto para cambalhota para Cutter que é capaz de ser dos golpes mais Chen, Irrealistas, estúpidos e ridículos no mau sentido, de 2018. Tão mau que diverte. Ganha pontos na categoria The Room.

Bandido VS Robbie Eagles:
Já tinha visto o Bandido em um show qualquer da Wrestlemania Weekend e, para 23 anos, o gajo tá numa forma física impressionante. Aliás, sempre achei que os mexicanos, em geral, dão 20-a-0 aos Indys americanos na parte do físico e o mais estúpido é que não perdem a agilidade, pelo contrário.
O Robbie Eagles é um gajo já regular e batido na Austrália que inclusive fez uns matches na PROGRESS e NJPW quando estiveram por lá em tour Australiana. Apesar de estar ali muito potencial, por agora não vi mais do que uma cópia do Will Ospreay. Curtia mesmo bué que o gajo fizesse mais datas nos Estados Unidos e que trabalhasse com pessoal que o fizesse finalmente encontrar-se a si próprio, porque o fire já está lá.

Por acaso estava à espera de uma chenalhada parecida ao anterior mas surpreendeu. Foi uma história bem construída, com os spots do costume, ambos os lutadores a usarem o forte da agilidade. Chegou a uma parte em que tu sabias que o primeiro gajo a conseguir acertar um Highspot mais maluco, ganhava. Até que o Eagles faz kickout e engana o público na primeira nearfall do show. Outra cena, demorou exactamente o tempo que devia ter demorado, não se arrastou e dá vontade de ver mais dos dois.

Adam Brooks VS Keith Lee:
Já tinha visto o Australiano no ASW13. Só pensava “O que é que em caralh* o Chris Pontius do Jackass está a fazer na PWG?”. A primeira cena que salta à vista é logo a personalidade, nem é o moveset em si, até porque aí nem é fantástico. Keith Lee não é preciso dizer nada.

Por acaso achei que ambos não funcionaram muito bem juntos. Match foi demasiado longo, estavam constantemente perdidos nos spots e não foi fácil voltarem a pegar. Foi o match mais longo do show e nem o facto do Lee estar over como tudo foi o suficiente para a crowd não morrer ali a meio. Felizmente é a PWG e ninguém realmente falece, se assim o fosse o match tinha sido ainda pior (não há nada mais merd* que estares a ver um match com silêncio absoluto).

Brooks vence após um Low Blow com o árbitro distraído. O final correu bué bem, o pessoal comeu aquilo às colheres. Surpreendente, sem dúvida, um gajo com 5 matches a vencer um ex-campeão e um dos gajos mais over ali. Bué bem bookado.

Eu só gostava é que o pessoal me explicasse qual é a lógica do gajo dar uma palmada na perna quando dá o Low Blow....tipo, já é ir para o ridículo.

Jonah Rock VS Timothy Thatcher:

Aish não curto muito do Jonah Rock, mas alguma coisa o gajo deve ter para ter feito 3 anos de NOAH. Não acho que o gajo seja melhor que os restantes big guys da cena e também não é a personalidade ou que o fazem destacar. Também não acho piada à cena do King of Monsters. Já no CARAT o gajo não impressionou e aqui então foi mesmo o pior match do show.

Passaram bué tempo lá for a no brawl com uma das cenas mais engraçadas de todo o evento, quando o cameraman capta um fã todo bêbado a nem se mexer quando ambos estão a matar-se literalmente à frente do menaço. O gajo continua na boa a comer pistachos. Hilariante.

Não tava à espera que o Thatcher perdesse mas, pensando bem, o Thatcher não precisava desta vitória e assim tens espaço para o Australiano subir.

Nothing match

David Starr VS Matt Riddle:
Melhor combate do show, de longe. Gostei bué do facto disto ter o seu próprio ritmo, que é erro bastante comum hoje em dia nos Indys, o pessoal quer começar a 100 à hora e depois não tem follow up e o público (obviamente) perde o interesse. Aqui não, as cenas começaram lentamente e a atenção dos fãs foi conquistada desde que tocou a campaínha. À medida que cada secção do combate avançava, transcionavam tudo com um spot final ainda maior. Foi uma pirâmide, que é basicamente como uma estrutura de um match de wrestling deve ser.

Há um spot em que o David Starr beefa com uma miúda de 12 anos que está a puxar pelo Riddle e amplifica a reacção de um lado apenas da sala para cânticos de “ASSHOLE” de toda a gente. Quem é bom, é bom.

Matt Riddle a levar a melhor depois de uma sequência final bué fixe.

Não é combate do ano nem top 10 nem nada que se pareça mas é daqueles matches que recomendava na boa e que lá para final do ano tenho que rever quando tiver a fazer um top 25. Duvido  que chegue a entrar no top mas há matches que não têm que ser necessáriamente candidatos a MOTY para tu curtires deles.

WALTER VS Sammy Guevara:

caralh*, este Guevara parece o Salvador. Defesa de título do WALTER portanto já sabes que o gajo vai-te tirar 3 bifes do peito. Eu pergunto-me como é que deve ser a vida na estrada do pessoal, entras na sala, 2 gajos com o peito roxo “Ah, tou a ver que trabalhaste com o WALTER”. Aqui não ia ser diferente. Sammy a atacar o joelho do Juggernaut Austríaco para criar uma abertura e eventualmente conseguir usar o trunfo da agilidade, mas as chops do WALTER levavam sempre a melhor. Química péssima entre ambos, perderam-se em bué spots, notava-se ali que o Sammy tava a tentar perceber em que altura do combate estava com o WALTER a dar as calls enquanto estava meio grogue (Nota: quando tens um gajo a dar um stomp, andar À volta do ring com cara de preocupado, dar outro stomp e enquanto isso tens o oponente de joelhos a olhar para o chão e a falar, é sinal que tão a dar calls extensivas). Este match teve isso e não digo infelizmente porque não percebo o que é que o Guevara tem de diferente ou que o faz destacar.

Vitória previsível para WALTER num match onde não suou muito.


Conclusão: O Show foi fixe, teve matches enjoyable e um ambiente de crowd que já conhecia na PWG. É bom ver que, mesmo com o panorama das Indys a mudar (ROH volta, estás perdoada) há certos sítios que continuam próximos do coração. A grande surpresa aqui foi eu ter curtido dos matches Chen, supostamente nunca na vida eu preferiria um desses a um match do Thatcher mas quando é bom tenho que dar o braço a torcer.

Já agora, só mesmo pelo Lulz, fiz uma contagem da quantidade de Superkicks que foram dados neste show. Vamos jogar ao Trívia. Quem é que acerta?

BETS ARE ON!

@PoD, se gostas mesmo de WALTER, aconselho-te a ver o match dele na EVOlVE de há umas semanas atrás contra o Darby Allin. Dos melhores combates dele este ano e história muito bem contada.

ele vai odiar Allin, lol

Superkicks:22(show todo)

Allin é cool. Não é spotmonkey banal, mas o PoD é todo esquesito da vida também. 

Superkicks no show: 30 caralh*

Esquisito.

Não foram tantos, afinal os bucks não lutaram

Allin não é spotmonkey.

Não sei, nunca vi, mas acho fixe o gajo ter metido 10.000