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Mensagem por Felps Seg Dez 14 2015, 19:10

Prisão de Linhó, 5 de Dezembro de 2015


Fedrix estava preparando suas coisas para sair da prisão e se “reacostumar” com a vida fora da jaula, pega uma bolsa de pano, básica, preta, coloca sua roupa com a qual chegou no local a meses, a mesma estava lavada e passada, uma recompensa para quem conseguisse sobreviver ao isolamento da sociedade.

Após colocar seus produtos de higiene pessoal na bolsa, Fedrix chama pelo guarda mais próximo e pede para que ele abra a cela, tudo com a menor quantidade de palavras e da maneira menos expressiva possível.

O guarda olha com estranheza, mas anda em direção a sala do diretor, Fedrix perde o homem fardado da visão e volta para sua mochila, ele senta no chão, encosta as costas na parede e olha para o alto, fechando os olhos segundos depois, sua pele em contato com a parede, o cheiro deplorável do local, o barulho que mais parecia de uma escola no intervalo, tudo isso duraria apenas mais alguns minutos, ele podia sentir o peso de roupas novas, o gosto e textura de comidas bem feitas e a liberdade de conhecer novos locais e pessoas, ele esboça um sorriso por um momento, parece que aceitar o convite não foi a pior escolha que ele já fez na vida, um novo futuro (quem sabe melhor) o aguarda.

O Diretor aparece na porta da cela, vestia um suéter preto, com calça jeans da mesma cor e um tênis branco, nada muito elegante, ao ver Fedrix nos seus sonhos e com uma face que ele nunca viu antes o homem logo começou a falar:


Diretor: Olha quem está com a felicidade no rosto!

Fedrix tem todo o seu mundo imaginário destruído, o teto desmorona, as paredes começam a ruir, suas costas ásperas que estavam na áspera parede começam a cair com o movimento dos tijolos, em poucos segundos e esta caindo novamente no seu limbo de solidão e bullying, sim, bullying causado por Joaquim das Neves, aquele Oompa Loompa mimado, quase todos na cadeia recebem dinheiro daquele miserável, filho da put* que gosta de ir pessoalmente torturar suas vitimas mais fracas, infelizmente ele pegou Fedrix numa fase não muito boa, talvez a historia fosse outra sem toda sua proteção de carne e  influência.

Segundo os boatos que pairavam o local, ele era primo de um politico brasileiro e estava ameaçado de morte por traficantes, por isso estava lá, por isso é protegido por outros bandidos igualmente corruptos, que vendem anos a menos naquele inferno, para serem seguranças do anão. Mas do que pode Fedrix reclamar? Esta se vendendo e por algo que ele jurou nunca mais fazer.

Tudo aquilo passou em um segundo, o segundo necessário para os lábios descerem e o Iron Fist retomar seu semblante habitual, o Diretor que tinha braços abertos e caminhava na direção do descendente de brasileiros, ergueu as sobrancelhas, deu um passo para trás e colocou as mãos no bolso. Fedrix apenas levanta-se e pega sua bolsa.


Diretor (com certo receio na voz): Senhor... Devo dizer que você ficará por aqui até segundas ordens.

A bolsa cai das mãos de Fedrix, ele fica estático olhando para o chão, a tensão é imensa, o Diretor não sabe se deve terminar o aviso, a qualquer momento o Leão pode explodir de raiva e atacar qualquer um ali.

Diretor: Mas daremos alguns instrumentos para você treinar, baratos, mas que cumprem a função, sei que você gostaria de ter a liberdade, mas a FPW não tem dinheiro para te pagar um hotel como a UWL.


Fedrix (no clássico tom rouco): Ok...

Diretor (com o suor no rosto): Por último, Gante lançou um desafio ao Coelho, (Fedrix sentiu um abalo, aquilo foi mais certeiro que apenas a palavra Wrestling jogada ao ar, aquilo era uma realidade bem próxima do que deveria ser esquecido) sei que vocês três foram marcantes na UWL e aquela história mal resolvida entre você e o Coelho, talvez...

Fedrix vira-se, olha para o Diretor, que fica instantaneamente branco, o prisioneiro abaixa-se e pega sua bolsa, retirando suas roupas de dentro e estendendo o braço com elas para o Diretor. O mesmo hesita a primeiro momento, mas pega os panos e sem terminar o que queria dizer, sai do lugar, o policial tranca Fedrix.

Diretor: Você ficará nesta cela até lá, é o mais próximo do conforto que você pode ter.

Ele sai a passos rápidos para sua sala, mas antes para em uma cela.

Diretor (falando baixo e seriamente): Quero que você faça a raiva consumi-lo...

Uma mão sai de trás das grades e aperta a mão do Diretor, que segue seu caminho e ao chegar na sua sala, abre um armário e deposita as roupas numa prateleira com as marcações “roupas do otário”.

Diretor: Ele ainda acha que será usado para algo importante...

________________________________________________________________________

Na tarde daquele mesmo dia


Fedrix estava em sua cela-casa, com um colchão no chão e alguns instrumentos de treino, a maioria era improvisado, de concreto e metal, além de uma corda e um saco de pancada que era feito de colchões e uniformes velhos do presídio. O lutador suava, algumas gotas escorriam e batiam no chão, fazendo um “splash mudo”.

Fedrix estava concentrado, era os minutos entre os treinos que ele trabalhava o foco e a mente, talvez o diferencial de Fedrix, que mesmo sendo “apenas” uma massa destruidora, era uma massa com um alvo na mira e nada externo fará com que o curso seja desviado. Mas um som agudo e estridente pôde ser ouvido do lado de fora da cela.


Joaquim: OOOOOM... (Interjeição famosa de mantras) Boa tarde, como esta meu macaco-voador preferido? Parece que alguém quer ficar fortinho... (desdenhando dos equipamentos com os olhos) O que foi? Quer estar bem para esse final de ano? Você vai passar na casa de quem? Pais, Esposa, amigos? Ou você quer algo melhor? Já sei! Quer dar de presente a si mesmo, já que ninguém vai dar mesmo, uma luta, é claro Sherlock Neves, qual a finalidade de tanto treino?

Fedrix parece realmente concentrado, as palavras parecem cargas, de tão negativas não entram na cabeça já negativa do Wrestler, mas Joaquim é lunático, perturbar as pessoas até o ponto de elas ignorarem ele, não é o suficiente, isto pode ir mais longe, ele sabe que Fedrix está fragilizado e absorve o que esta sendo dito.

Joaquim: Nossa, não vai me responder? Sua mãe não te deu educação? (Mudando para um tom ríspido e com certa seriedade) agora falando sério seu miserável, por que você está treinando? Sabe que aquela luta é de maricas e ninguém quer comprar camisetas de presidiário ou ter um bandido como herói, o mundo é de quem gera lucros, então você sabe que vai perder seu tempo nisso, já acabou.

Fedrix continua Inabalado.

Joaquim: (volta ao tom irônico) Bom, tudo bem, fica aí como uma estátua, consegui a liberação para passar o fim de ano com minha família, então nos veremos pouco até seu regresso, vou fazer valer a pena esses encontros...

Joaquim sai com uma risada que deveria ser maléfica, mas foi um fail total, ficou parecendo um Papai Noel que ingeriu gás hélio e tinha dor de estômago, fazendo um “HO HO HO” desregulado. Antes de desaparecer totalmente ele diz:

Joaquim: Cuidado com os toxicodependentes ou os velhos, parece que só essas pessoas gostam desta merd*.

Joaquim então anda pelo corredor assobiando “singing in the rain”, fazendo algo que era para ser uma dança, mas não resultou bem e durante sua “dança” animada de um adolescente que deu o primeiro beijo, pode ser ouvido um barulho alto e estrondoso da cela que Fedrix estava pode ser visto pedaços de concreto escorregando para o corredor.

Joaquim toma um susto e erra os seus passos, ele vira-se e quando vê o estrago sendo feito, acelerou os passos dando gargalhadas, mesmo sabendo que não aconteceria nada, por ser ele e pelos policiais, que não fariam nada, já que um bandido morto por outro ali dentro, só abriria mais uma vaga, ou você acha que é noticiada todas as mortes que ocorrem nas prisões? Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
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