Queiroz: «Não estava à espera da demissão»
Queiroz: «Não estava à espera da demissão»
Carlos Queiroz, em declarações proferidas no programa "Grande Entrevista", da RTP1, afirmou que não estava à espera de ser despedido do cargo de selecionador nacional. "Até ao último momento não estava à espera desta decisão", disse o técnico, acrescentando ter rejeitado recentemente três propostas de trabalho - das seleções australiana e japonesa e ainda do Fulham.
Na longa entrevista à jornalista Judite de Sousa, Carlos Queiroz voltou a criticar o comportamento do secretário de estado do Desporto, Laurentino Dias e, quanto ao seu sucessor, não escondeu que a sua preferência vai para um nome português.
Suspensões e recursos
"Estão a decorrer recursos sobre as estas matérias [castigos]. Não estou suspenso por seis meses. Hoje já entrei no TAS [Tribunal Arbitral] com o pedido de suspensão desta decisão. Há também um castigo de um mês [aplicado pelo Conselho de Disciplina da Federação] que, dentro de mais alguns dias, será retificado [o caso está a ser analisado pelo Conselho de Justiça da FPF]"
Sucessor
"Que seja, de preferência, um selecionador nacional português, que continue a lutar por e pelo futebol português. Não pode ser um selecionador amorfo, porque a Seleção tem algumas dificuldades colaterais, como a questão dos campos de treinos, o excesso de jogadores estrangeiros. Se a Seleção tivesse a sua própria Academia, nada disto teria acontecido, pois [os médicos da ADoP] teriam de pedir autorização para entrar"
Sem nomes
"Há muitos treinadores portugueses com competência para orientar a Seleção, mas é uma decisão que cabe à federação"
Propostas recusadas
"O meu lugar não é aqui, em Portugal. Onde tenho um B. I. apenas para circular, onde sou acusado e não posso ser ouvido. Já no decorrer deste processo recusei duas seleções e um clube da 1.ª Divisão inglesa. As seleções eram a do Japão e a da Austrália e o clube o Fulham"
O que moveu Laurentino Dias
"Eu também gostava de saber. Há uma instrumentalização da matéria em causa da parte do ADoP, uma instrumentalização do secretário de Estado. O secretário de Estado disse que ele próprio conduziu o processo, sem dar-me, numa primeira fase, a chance de ser ouvido"
Falhas no processo
"O inquérito oficial começou a 2 de julho, um dia depois de termos sido eliminados pela Espanha. Eu só soube da situação durante as férias. No primeiro parecer dos médicos não há nenhuma alusão à palavra perturbação. Mais tarde, os relatórios de 17 de junho entram com o dia 16 de maio [data do polémico controlo antidoping na Covilhã]. Há uma peritagem a ser feita. Estamos a pensar nisto [queixa-crime], pois pode haver fraude processual"
Reação dos jogadores
"Os jogadores não devem interferir neste tipo de situações. Quanto aos dirigentes da federação, acho que sim"
Mau ambiente no Mundial
"Foi aplicada uma multa pecuniária elevado ao Deco [queixou-se publicamente das opções do técnico], que mais dia menos dia, será anunciada pelo presidente. A insatisfação de um jogador é uma coisa que pode acontecer, mas que não relevam necessariamente uma relacionamento ruim com o treinador. O ambiente foi excelente, extraordinário"
Mau início de Euro
[A sua situação afetou a Seleção nos jogos com Chipre e Noruega?] "Absolutamente. A equipa ficou cortada do seu treinador, que não teve a possibilidade de intervir nestes dois encontros. Dei a minha opinião sobre a convocatória. Quanto à equipa e ao sistema tático, apenas o treinador pode tomar estas decisões."
Demissão
"Tinha um contrato de quatro anos com a federação. Estava no Manchester United. Sempre houve total disponibilidade da minha parte; se o presidente da federação entendesse que os resultados estivessem comprometidos, esteve sempre na mão dele pôr o meu lugar à disposição. No dia do despedimento, o presidente da federação disse-me que gostaria que não fosse este o desfecho. Foi o que ele disse. Eu queria continuar, ele queria que eu continuasse. No dia 14 de julho a federação pronunciou-se sobre o Mundial e deu um sinal de confiança do selecionador. Isto foi inequívoco. Pediram-me para qualificar a equipa e para passar a fase de grupos e os objetivos foram conseguidos. O terceiro objetivo é uma espécie de terceiro milagre de Fátima, ninguém sabe como é. Não vou abrir mão de uma coisa, pois fui manchado na minha reputação, na minha honra. Quanto à demissão por justa causa, terão de ser os advogados a discutir"
Fonte: Record Online
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