[Entrevista] Turning The Page - Adam Page

Adam Puck escreveu:Desconheço a personagem, mas o nome é porreiro. Bom trabalho, Mauro.

Olhando para essa imagem, esse artista anda com os Decade ou assim, na ROH? No outro dia vi o War of Worlds e agora pareceu-me reconhecer o gajo.

Mauro: Bom, para começar tenho de te agradecer por me teres concedido esta entrevista, não só a mim como à CWO. Obrigado Stevie (nome real).
Page: Não tens de quê. Aliás, é com prazer que serei entrevistado, até porque sou professor de jornalismo num liceu. Portanto é com contentamento que o farei.

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1. Começamos então com uma pergunta obrigatória: lembras-te daquele momento em que começaste a sentir uma paixão especial que te fez dizer: "quero ser wrestler"? Quando é que isso aconteceu?
Page: Bom, eu tinha aí 10 anos, talvez menos, quando comecei nas andanças do wrestling. Acho que nunca houve sequer aquele momento específico de querer ser wrestler. Simplesmente tive esse desejo desde que vi wrestling pela primeira vez. Sempre fui um miúdo imaginativo e criativo, portanto, quando comecei a treinar tive logo facilidade.

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2. Na altura em que eras apenas um fã, como qualquer outro, quem eras os teus ídolos, os teus favoritos no mundo do wrestling?
Page: Quando era miúdo lembro-me que os meus primeiros favoritos foram o Jeff Hardy e o Rob Van Dam. Normal, um jovem impressiona-se com high-flyers. A pouco e pouco fui tendo um gosto mais diversificado, mas sim, quando era mais pequeno queria ser como estes dois.

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3. O teu debut foi há 6 anos, em 2008. Estavas de alguma forma nervoso ou estavas confiante antes do combate? Já agora, quem foi o teu adversário nessa noite?
Page: Sinceramente, nem estava muito nervoso. A ver-me estava apenas um grupo pequeno e lembro-me que estava até confiante, talvez demais. O meu adversário foi o meu treinador, Justin Flash, nesse combate. Na altura ele era o campeão nessa promoção e não queriam que ele lutasse comigo, pelo menos ainda, por isso ele usou uma máscara com o nome Ricochet.

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4. Mas desde 2008 já passou algum tempo. Tens trabalhado e atualmente és visto como um tipo jovem com, possivelmente, um futuro risonho no mundo do wrestling, sendo agora uma presença constante nos shows da ROH. Achas que o teu momento de brilhar pode estar a chegar?
Page: O meu tempo para brilhar não pode estar a chegar. O tempo para brilhar é sempre. Para mim e para qualquer wrestler, seja num combate de dois minutos, num main event, ou até se a câmara te apanhar por acaso. Tudo conta e tens de te esforçar a cada momento. Se não estivesse a tentar brilhar a qualquer altura, então estava simplesmente a desperdiçar o meu tempo. Meu e dos fãs.

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5. Durante o teu tempo na ROH já trabalhaste com wrestlers como o KUSHIDA, Matt Hardy ou com o atual campeão mundial, o Adam Cole. Na tua opinião, quem foi até agora o teu maior adversário. O combate que significou mais para ti, digamos assim.
Page: Trabalhar com o KUSHIDA foi uma experiência excelente, uma vez que se tratou da primeira vez que tive um combate com alguém do outro lado do Pacífico, ou de outro lado qualquer, com algum tipo de barreira de linguagem a significar um obstáculo. Aí sim senti-me nervoso, mas logo que a campainha soou os nervos acabaram. Foi excelente perceber que consegui dar o combate que queria.
Porém, o combate que significou mais para mim foi mesmo com o Matt Hardy no Final Battle no Hammerstein. Põe-te na minha pele. Cresci a admirar os Hardy Boys na televisão e ter a oportunidade de estar no mesmo ringue com um deles foi brutal. No fundo eles foram uma inspiração para mim, até pelo meu passado. O pai deles era um produtor de tabaco que vivia no meio do nada, tal como eu. No fundo, o meu caminho e o deles foi bastante semelhante. É inspirador saber que tipos como tu conseguem alcançar os seus objetivos.

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6. Nesta altura estás a trabalhar como parte dos Decade na ROH. Como é trabalhar de perto com BJ Whitmer, Jimmy Jacobs e Roderick Strong, três veteranos do circuito independente americano?
Page: Trabalhar com os três tem sido algo tremendo. Há muitas coisas que tenho aprendido com cada um deles, em particular com o Jimmy. As pessoas não fazem ideia do quanto ele se dedica ao wrestling, a paixão que ele tem pelo que faz é de louvar. Espetacular mesmo.

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7. Ainda sobre os Decade, achas que esta storyline te está a ajudar entre os fãs da ROH e com a fanbase indy no geral?
Page: Talvez, tu até o deverás poder dizer melhor que eu. O que eu sei é que estou a aprender muito com esta storyline. Cada dia, cada combate, cada show me está a ajudar enquanto wrestler.

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8. Sobre a WWE: no geral a WWE está mais "ring-focused" do que nunca e alguns ex-indies estão a alcançar o sucesso que desejam. O que podes dizer do produto que a WWE nos está a oferecer?
Page: Estou bastante feliz por alguns dos meus amigos estarem na maior companhia do mundo e a gozar do seu sucesso. Num geral sou fã desse produto e dá mais possiblidades a quem tem um grande talento. Posso dizer que é uma excelente altura para se ser pro wrestler, em qualquer lado.

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9. O Kevin Steen assinou recentemente com a WWE e há uns meses os Wolves rumaram à TNA. Quem achas que poderá estar na calha de rumar às big leagues mais cedo ou mais tarde?
Page: Não faço ideia. Há muito talento escondido nas indies e em particular na ROH. Pelo que não me iria surpreender muito com algumas aparentes surpresas. Mas no geral os meus colegas estão felizes na ROH. A Ring Of Honor é o sítio ideal para se estar neste momento.

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10. Há que não esquecer que o teu tempo pode estar a chegar dentro de alguns anos. Se fosse agora, se neste momento te aparecesse uma proposta de uma companhia maior, qual seria a tua tendência?
Page: Não sei. Um passo de cada vez. Só posso deixar claro que neste momento estou muito feliz onde estou, estou com o que estou a fazer. Seria preciso algo que significasse mesmo muito para mim para eu pensar em mudança.

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11. Finalmente, em toque de curiosidade: o Mundial de futebol está a acontecer neste momento no Brasil. És fã deste desporto? Tens algum palpite, alguma opinião que queiras partilhar?
Page: Deixa-me que te diga... fizeste-me uma pergunta que me deixa totalmente à nora. Não sou fã de futebol, honestamente. Que vença Portugal, sendo assim.