[Ténis] Diogo Azeredo @ Competição 2012/2013

TORNEIO MASTERS INTERNO 2012: CHUVA OBRIGA A ALTERAÇÕES NO PROGRAMA DE DOMINGO

Qual US Open, qual quê. A chuva forte que se fez sentir durante a noite e os esporádicos chuveiros que ainda se fazem sentir ao longo do dia, aqui na Maia, obrigou a alterações no programa de domingo do Torneio Masters Interno 2012. Falei há momentos por telemóvel com o Prof. Nuno Carvalho, responsável pela organização do mesmo, e ele confirmou o que eu receava: o meu encontro com o Álvaro Tomás, marcado para hoje às 17h00, foi adiado para a semana, com data ainda a definir.

O curioso é que não percebi muito bem a justificação do adiamento. Pelo que o Prof. Nuno Carvalho me explicou, inicialmente, a escola de ténis não tinha courts cobertos disponíveis para domingo pelo que estava dependente que os exteriores não estivessem impraticáveis. Contudo, afinal já têm disponíveis courts cobertos e, na última actualização do quadro de jogos, existem pelo menos cinco encontros que continuam programados para hoje. Parece mesmo que apenas o meu sumiu e foi adiado.

De qualquer dos modos, que péssima altura que o Outono escolheu para aparecer.

Bem, depois de alguma indefinição, já há novamente data marcada para a minha estreia no Torneio Masters Interno 2012. Depois de hoje, por indisponibilidade minha, o jogo ter ficado em “stand by“, este realizar-se-á amanhã, às 9h30. Vai ser muito complicado porque ando exausto e muito longe da condição física ideal para aguentar uma partida de ténis intensa mas darei o meu melhor e mantenho-me firme aos meus objectivos: alcançar os quartos-de-final.

TORNEIO MASTERS INTERNO 2012 ~ 16 AVOS-DE-FINAL
Terça-feira, 25 de Setembro de 2012, 09h30 | Escola de Ténis da Maia
Álvaro Tomás [8] vs. Diogo Azeredo

Disputei hoje ao final da tarde, início da noite, os 16 avos-de-final do Torneio Masters Interno (a data havia sido novamente alterada por causa do mau tempo). Partia como “underdog”, frente ao oitavo cabeça-de-série, Álvaro Tomás, com muitos, muitos mais anos de experiência do que eu. Infelizmente, não consegui contrariar o favoritismo do meu adversário, mesmo tendo sempre me mantido firme ao meu objetivo de alcançar os quartos-de-final da prova.

Desde já, um breve perfil do meu oponente: fisicamente, era uma cópia do espanhol David Ferrer. Estatura média-baixa, cabelos castanhos longos presas por uma fita. A nível técnico, esquerda muito fraca que procurava evitar a todo o custo através de um bom jogo de pés e duma direita que, apesar de tecnicamente muito deficiente, era extremamente consistente. Primeiro serviço fraco mas segundo muito certinho pelo que só me recordo de duas duplas faltas da parte dele. Concluindo, o típico adversário carraça, limitado tecnicamente mas que passa muita bola, ou seja, aqueles que eu tenho mais dificuldade em vencer. A estratégia dele, desde o primeiro minuto, passou por insistir incessantemente sobre a minha esquerda, que, apesar de não finalizar tão bem como a direita, é a minha pancada mais consistente pelo que tivemos boas trocas de bolas e um bom jogo, com um bom nível de ténis. Aliás, penso que , a seguir à minha vitória “lendária” frente ao Pedro Neves, ex-Top 10, nunca me tinha exibido a tão bom nível num encontro de um torneio interno, apesar de o ter perdido.

Entrei muito bem no jogo começando o primeiro set a vencer por 2/0. Conquistei o meu jogo de serviço inicial com uma muito longa disputa nas vantagens e depois fiz o break a 30-40. Depois é que veio o pior. Comecei a sentir dores musculares nas pernas, fruto do intenso esforço físico a que me tenho sujeitado ultimamente, e, ainda não sabendo muito bem como, perdi quatro jogos seguidos e o primeiro set. Mérito ainda para o meu adversário que soube ser forte e manter-se no jogo apesar da desvantagem inicial. Aí se notou a maior experiência dele.

Para o segundo set, decidi mudar a estratégia. Enquanto no primeiro tentei conter as emoções ou pelo menos não expressá-las, mostrando ser o mais frio possível, e quando o meu oponente serviu para fechar o set, tentei dar a entender uma atitude displicente da minha parte para o por nervoso em possíveis erros, no segundo tentei entrar a matar e mostrando muita emotividade para o intimidar. Mais uma vez, comecei bem, com um ás inclusive… a que se sucedeu uma dupla falta. O segundo serviço foi mesmo a minha sentença de morte neste encontro. Tenho-o sentido muito inconsistente e o que me valeu hoje também foi a minha elevada percentagem de primeiros serviços, se não, as duplas, que já foram muitas, teriam sido ainda mais. Foi um intenso braço-de-ferro, ninguém abdicou do seu jogo de serviço, estive sempre à frente durante o set e estive inclusive a vencer por 3/2, obrigando-o a servir para não levar o encontro ao terceiro set. Tentei pressionar nesse momento mas tive alguns erros não forçados e infantis que me custaram muito caro. No “tiebreak”, notou-se a maior experiência dele e, apesar de ainda ter salvo 2 match points (teve 6-2 a favor dele), ao terceiro sucumbi. Ainda estou para vencer o meu primeiro “tiebreak”, curiosamente.

No final cumprimenta-mo-nos, obviamente, e ele demonstrou ser bastante simpático, afirmando que lhe dei muita luta, que jogava bem e que chegou a pensar por momentos que não iria conseguir vencer. Trocamos mensagens de boa sorte para o restante torneio e disse-me para agora vencer o quadro de consolação. À falta de melhor, vou tentar fazer-lhe a vontade. Falei com o Prof. Nuno Carvalho no final da “contenda” e ele informou-me que o quadro deve sair sexta, à noite, e as primeiras rondas começarão a ser disputadas no fim-de-semana.

Terminou hoje o primeiro torneio interno da nova época que marca o fim da última, o Torneio Masters Interno 2012. E concluí o meu primeiro ano de sénior... conquistando o meu primeiro torneio na carreira carai! Ya, é de consolação e nível 3, só dá 10 pontos para o ranking interno mas 'sa foda, que enorme feito que foi para mim! Tem-se que começar a ganhar por algum lado e acredito que este boost de confiança me trará muitas alegrias em torneios futuros. Estou agora ansioso que o ranking reinicie para poder começar a nova época a competir com os melhores e a ganhar mais traquejo para ter consciência do meu real valor e potencial.

Eis o meu percurso ao longo do torneio:

Ou seja, com o meu modesto 119º lugar no ranking interno, e depois de ter perdido na primeira ronda do quadro principal com o 56º do ranking, oitavo cabeça-de-série, venci o quadro de consolação depois de ter ultrapassado o 70º, quinto cabeça-de-série, o 110º e, na final, o 63º, terceiro cabeça-de-série. Quando tiver foto com a medalhinha posto aqui.

Link para o quadro completo: http://friendlytennis.co.cc/upload/3/quadro Consolação Master nível 3.pdf?x=56519

Ora bem, ainda que sem confirmação oficial, repito, sem confirmação oficial, decidi calcular eu mesmo o novo ranking interno para tentar perceber para que posição vou saltar após o Torneio Masters Interno 2012, onde a minha prestação, que culminou com a vitória no quadro de consolação de Nivel 3, permitiu-me acumular 10 pontos. Com os 6 pontos, do Torneio de Verão, fiquei assim com 16 pontos que me dão a entrada no TOP 100, mais concretamente, até à 91º posição. Uma impressionante subida de 28 lugares.

Contudo, tenho quase a certeza absoluta que estes meus cálculos estão errados porque penso que me esqueci de alguns nomes (por exemplo, o Rui Meireles desceu duas posições, segundo as minhas contas, mas ele foi ultrapassado pelo Jorge Sousa, André Fonseca e Daniel C. Silva) e porque não sei se o “bye” que recebi na primeira ronda do quadro principal me dá pontos. Se der, provavelmente terei acumulado 20 pontos, contabilizando assim um total de 26, que me dariam, quase de certeza, a entrada no TOP 80.

De qualquer dos modos, uma coisa penso que é garantida: esta vitória vai-me permitir acabar a época no TOP 100.

Tenho quase a certeza absoluta que estas minhas contas estão erradas, por isso, irei ficar a aguardar a divulgação do “verdadeiro” ranking interno.