"Bancarrota de Portugal - Teremos de sair da Zona Euro?"
"Bancarrota de Portugal - Teremos de sair da Zona Euro?"
http://economicofinanceiro.blogspot.com/2011/04/bancarrota-de-portugal-teremos-que-sair.html
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Quem escreveu estes artigos foi meu antigo professor na faculdade (o que automaticamente faz dele um antigo colega do nosso Ministro das Finanças. Tem relevância considerando algumas partes do texto), e talvez o maior cromo que alguma vez me deu aulas.
Quanto mais não seja por a meio de dar matéria ele parava a aula e contava uma do género:
"Sabem porque é que aquela zona do umbigo destapado das raparigas se chama Faixa de Gaza? Porque a norte têm os montes Golã e a sul a Terra Prometida" XD
EDIT: Uma coincidência engraçada sobre os meus profs: este artigo lida basicamente com Macroeconomia. Na faculdade tive duas disciplinas de Macroeconomia (1 e 2), a 1ª leccionada por João Loureiro (que aparece ás vezes nos telejornais, geralmente na RTP1 e SIC para comentar assuntos respeitantes à economia) e Aurora Teixeira (que publicou este artigo que já postei aqui). Mas este (Pedro Cosme) foi meu prof de Microeconomia, que também foi dividida em 2 disciplinas (Micro 1 e 2). Quem foi a minha prof de Micro 2? Uma tal de Maria Clementina Pereira Nunes Teixeira dos Santos. Yaaa...
Re: "Bancarrota de Portugal - Teremos de sair da Zona Euro?"
Eu nao estou muito por dentro da parte da banca rota de portugal e a possivel saida do euro, mas pessoalmente considero tudo uma palhaçada, pedimos dinheiro emprestado a bancos europeus, e depois temos de os devolver com juros, a questão é: onde vão os bancos buscar este dinheiro que nos emprestam a nós e a 98% dos paises do mundo? (todos os paises do mundo possuem divida externa, incluindo paises como a China)
Deixo 2 tópicos do forum Zeitgeist Portugal para quem quiser saber uns detalhes sobre o euro e sobre o primeiro pais a ir a bancarrota, a Islândia
o que esconde o euro:
http://www.zeitgeistportugal.org/capitulo/index.php?option=com_kunena&func=view&catid=16&id=8243&Itemid=56
A revoluçao silenciosa - Islândia
http://www.zeitgeistportugal.org/capitulo/index.php?option=com_kunena&func=view&catid=16&id=6068&Itemid=56
koalabomb- WSW European Champion
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Re: "Bancarrota de Portugal - Teremos de sair da Zona Euro?"
pedimos dinheiro emprestado a bancos europeus, e depois temos de os devolver com juros, a questão é: onde vão os bancos buscar este dinheiro que nos emprestam a nós e a 98% dos paises do mundo?
1- Bancos centrais aquando da emissão de moeda
2- Outros bancos quando recebem juros dos empréstimos que lhes fazem (houve uma altura em que os bancos movimentavam mais dinheiro entre eles por semana que alguns países tinham PIB)
3- Aplicações financeiras várias em que os bancos estão envolvidos
4- Capital em reservas após o apuramento de resultados
5- Depósitos que as pessoas fazem (dah)
6- Outros produtos financeiros que os bancos têm (como seguros, carteiras de investimentos, etc.)
Claro que isto significa basicamente que: a partir do momento em que alguém faz asneira, eventualmente essa asneira vai ser paga e não vai ser barata.
Re: "Bancarrota de Portugal - Teremos de sair da Zona Euro?"
Os bancos privados neste momento criam dinheiro a partir do nada, existem dezenas de vozes a afirmar o mesmo, incluindo economistas, deixo mais um textinho que li a uns tempos (com citações de livros e economistas)
- Spoiler:
- De onde vem o dinheiro?
“De onde vem o dinheiro?” é a questão que todos deveriam perguntar, especialmente num período de crise económica. A resposta pode parecer surpreendente e insólita. O processo de criação de dinheiro é, em si, simples e directo.
O dinheiro governa as nossas vidas. É o “sangue” de qualquer economia monetária e influencia amplamente o funcionamento das sociedades modernas. Apesar disto, a resposta à pergunta inicial não é dada nas escolas, nos meios de comunicação social ou por qualquer instituição estabelecida. A confusão e complexidade associadas à economia e às finanças levam o público a distanciar-se destes assuntos, que permanecem incompreendidos e alienados pela maioria.
“O estudo do dinheiro (…) é aquele em que a complexidade é usada para disfarçar e iludir a verdade, não para revelá-la.” John Kenneth Galbraith (Professor de economia em Harvard na sua obra” Money: Whence it came, where it went’ (1975).”(1)
O dinheiro vem…
…de empresas privadas (ou públicas) às quais chamamos “bancos”. Bancos centrais e bancos comerciais. O economista português José Castro Caldas colocou a questão da seguinte maneira:
(…) o dinheiro é criado regularmente pelos bancos cada vez que um empréstimo é feito. O dinheiro é criado pelo BCE (Banco Central Europeu) cada vez que empresta a juros baixíssimos aos bancos para depois eles emprestarem a juros mais altos. O dinheiro é criado.” - José Castro Caldas (economista)
Em 2009 foi editado um livro escrito por economistas portugueses que se intitula “Política Monetária e Mercados Financeiros”. O primeiro capítulo da obra trata “O processo de criação de moeda” e na página 46 os autores dizem-nos que: “A concessão de crédito por um banco cria nova moeda na economia”. Leia-se aqui “Banco Comercial”. De seguida explicam-nos como os bancos fabricam dinheiro a partir do nada cada vez que concedem crédito:
“Suponha-se que um banco A concede crédito a uma família no valor de 100 000€. (…) Isto é, o banco A credita a conta de depósito à ordem da família no montante de 100 000€ (algum funcionário do banco A altera os números que estão registados informaticamente na conta à ordem da família, somando 100 000€ ao valor que lá se encontrava anteriormente). Isto significa que, como resultado desta operação de crédito, passam a existir na economia mais 100 000€ de depósitos à ordem. Uma vez que os depósitos à ordem fazem parte da massa monetária, a operação de crédito fez aumentar o stock de moeda na economia.” -“Política Monetária e Mercados Financeiros
Vimos, então, que uma grande parte do dinheiro em circulação é criado pelos bancos comerciais que o emprestam a famílias e empresas. O que significa que este dinheiro é dívida para com os bancos, uma vez que é criado através de empréstimos.
Destacamos o facto de a maior parte do dinheiro que existe hoje ser “digital”, ou seja, só existe na forma de números em computadores (numerário). Este surge de operações de concessão de crédito por bancos comerciais como a descrita acima. O dinheiro físico é produzido pelo Banco Central.
“O Banco Central tem poder para criar notas e moedas físicas, sendo, aliás, a única instituição que tem este poder. As OIFM, também designadas por bancos de 2ª ordem, têm poder para criar depósitos.” - “Política Monetária e Mercados Financeiros” página 30
Importa também saber que quando os empréstimos são pagos ao banco, o dinheiro é destruído. O dinheiro é criado, circula pela economia e é destruído quando o empréstimo é pago. O banco ganha os juros para si.
Ao contrário do que se pensa e como já explicámos, os bancos não emprestam somente o dinheiro que as pessoas lá depositam. A quantidade de dinheiro que determinado banco pode criar e emprestar não tem, legalmente, limites (isto na Zona Euro) - Referencia. Isto explica o porquê dos Bancos enriquecerem desmesuradamente. Pagam juros baixos aos depositantes e cobram juros altos sobre os empréstimos que fizeram com dinheiro criado.
Os bancos não possuem mais do que uma fracção mínima dos depósitos em dinheiro líquido, disponível a ser levantado. Esta “reserva” é determinada por lei e, de acordo com documentos oficiais do BCE (referencia), é de 2% para algumas aplicações (depósitos) e de 0% para outras (estas últimas, com prazos superiores a 2 anos). É por isto que se uma quantidade elevada de pessoas decidir retirar o seu dinheiro do banco, só algumas vão conseguir fazê-lo (as primeiras a chegar). A “corrida ao banco” é um dos fenómenos mais temidos pelos banqueiros pois colocam rapidamente a sua instituição num estado de falta de liquidez e crise de confiança. Estas crises de confiança (entre outras razões) levaram à criação de Bancos Centrais.
Para entender a importância da concessão de crédito pelos bancos à economia considere o seguinte excerto:
“Vamos agora fazer uma afirmação mais forte: nas economias modernas, a principal fonte de criação de moeda é a concessão de crédito pelas OIFM (bancos) às famílias, às empresas e ao Estado” “Política Monetária e Mercados Financeiros” (página 53)
Em relação á parte em que referes serem os bancos centrais a fazerem a emissão da moeda tenho de concordar, mas a questão fulcral é quem controla os bancos centrais (portugal, inglaterra, europeu)?
O BCE (Banco Central Europeu) é controlado pelos bancos nacionais, cada um com a sua quota:
- Spoiler:
- Nationale Bank van België/Banque Nationale de Belgique 2,8297 %
Danmarks Nationalbank 1,7216 %
Deutsche Bundesbank 23,4040 %
Bank of Greece 2,1614 %
Banco de España 8,7801 %
Banque de France 16,5175 %
Central Bank and Financial Services Authority of Ireland 1,0254 %
Banca d'Italia 14,5726 %
Banque centrale du Luxembourg 0,1708 %
De Nederlandsche Bank 4,4323 %
Oesterreichische Nationalbank 2,3019 %
Banco de Portugal 2,0129 %
Suomen Pankki 1,4298 %
Sveriges Riksbank 2,6636 %
Bank of England 15,9764 %
Mas a verdade é que não sabemos quem controla efetivamente os bancos nacionais (incluindo o portugues). Desta lista de bancos nacionais o unico banco que mostra quem participa ativamente no mesmo é o italiano(porque será? têm algo a esconder?):
- Spoiler:
- Participante Quota participação/número de votos
Intesa Sanpaolo S.p.A. 91.035/50
UniCredit S.p.A. 66.342/50
Assicurazioni Generali S.p.A. 19.000/42
Cassa di Risparmio in Bologna S.p.A. 18.602/41
INPS 15.000/34
Banca Carige S.p.A. - Cassa di Risparmio di Genova e Imperia 11.869/27
Banca Nazionale del Lavoro S.p.A. 8.500/21
Banca Monte dei Paschi di Siena S.p.A. 7.500/19
Cassa di Risparmio di Biella e Vercelli S.p.A. 6.300/16
Cassa di Risparmio di Parma e Piacenza S.p.A. 6.094/16
Cassa di Risparmio di Firenze S.p.A. 5.656/15
Fondiaria - SAI S.p.A. 4.000/12
Allianz Società per Azioni 4.000/12
Cassa di Risparmio di Lucca Pisa Livorno S.p.A. 3.668/11
Cassa di Risparmio del Veneto S.p.A. 3.610/11
Cassa di Risparmio di Asti S.p.A. 2.800/9
Cassa di Risparmio di Venezia S.p.A. 2.626/9
Banca delle Marche S.p.A. 2.459/8
INAIL 2.000/8
Milano Assicurazioni 2.000/8
Cassa di Risparmio del Friuli Venezia Giulia S.p.A. (CARIFVG S.P.A.) 1.869/7
Cassa di Risparmio di Pistoia e Pescia S.p.A. 1.126/6
Cassa di Risparmio di Ferrara S.p.A. 949/5
Cassa di Risparmio di Alessandria S.p.A. 873/5
Cassa di Risparmio di Ravenna S.p.A. 769/5
Banca Regionale Europea S.p.A. 759/5
Cassa di Risparmio di Fossano S.p.A. 750/5
Cassa di Risparmio di Prato S.p.A. 687/5
Unibanca S.p.A. 675/5
Cassa di Risparmio di Ascoli Piceno S.p.A. 653/5
Cassa di Risparmio di S. Miniato S.p.A. 652/5
Cassa dei Risparmi di Forlì e della Romagna S.p.A. 605/5
Banca Carime S.p.A. 500/5
Società Reale Mutua Assicurazioni 500/5
Cassa di Risparmio di Fabriano e Cupramontana S.p.A. 480/4
Cassa di Risparmio di Terni e Narni S.p.A. 463/4
Cassa di Risparmio di Rimini S.p.A. - CARIM 393/3
Cassa di Risparmio di Bolzano S.p.A. 377/3
Cassa di Risparmio di Bra S.p.A. 329/3
Cassa di Risparmio di Foligno S.p.A. 315/3
Cassa di Risparmio di Cento S.p.A. 311/3
CARISPAQ - Cassa di Risparmio della Provincia dell'Aquila S.p.A. 300/3
Cassa di Risparmio della Spezia S.p.A. 266/2
Cassa di Risparmio della Provincia di Viterbo S.p.A. 251/2
Cassa di Risparmio di Orvieto S.p.A. 237/2
Cassa di Risparmio di Città di Castello S.p.A. 228/2
Banca Cassa di Risparmio di Savigliano S.p.A. 200/2
Cassa di Risparmio di Volterra S.p.A. 194/1
Cassa di Risparmio della Provincia di Chieti S.p.A. 151/1
Banca CRV Cassa di Risparmio di Vignola S.p.A. 130/1
Cassa di Risparmio di Fermo S.p.A. 130/1
Cassa di Risparmio di Savona S.p.A. 23/1
TERCAS - Cassa di Risparmio della Provincia di Teramo S.p.A. 115/1
Cassa di Risparmio di Civitavecchia S.p.A. 111/1
CARIFANO - Cassa di Risparmio di Fano S.p.A. 101/1
Cassa di Risparmio di Carrara S.p.A. 101/1
CARILO - Cassa di Risparmio di Loreto S.p.A. 100/1
Cassa di Risparmio di Spoleto S.p.A. 100/1
Cassa di Risparmio della Repubblica di S. Marino S.p.A. 36/ -
Banca CARIPE S.p.A. 8/ -
Banca Monte Parma S.p.A. 8/ -
Cassa di Risparmio di Rieti S.p.A. 8/ -
Cassa di Risparmio di Saluzzo S.p.A. 4/ -
Banca del Monte di Lucca S.p.A. 2/ -
Total quotas: 300.000 Total votos: 539
No meio desta floresta de bancos privados é possível encontrar duas participações do Estado Italiano: INPS, com 15.000 quotas e 34 votos, e INAIL, 2.000 quotas e 8 votos. Assim, no total. o Estado é representado no Banco Central Italiano com 42 votos, menos de 10%.
Ou seja, se os bancos privados controlam os bancos nacionais e se os bancos nacionais controlam os BCE, chegamos á conclusão que o BCE é controlado por privados.
Sim, o BCE tem Comissão executiva e outros orgãos independentes mas como é obvio existe grande influencia dos bancos.
Só para terminar deixo mais um textinho:
- Spoiler:
- O Presidente do BCE, o holandês Wim Duisenberg de grande prestígio internacional, não concordou com o que estava a acontecer à Europa. Tirou as suas consequências, saiu do seu posto, e deu uma entrevista a um redactor dum jornal britânico. Dias depois, este último, foi encontrado morto na cama (na Grã-Bretanha) e o corpo do ex-presidente do BCE foi encontrado a boiar numa piscina, em França. Desnecessário será dizer que o artigo da entrevista nunca viu a luz do dia.
www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?p...ERV&detail=1-060
www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?p...//EN&language=LV
nota: está longo e confuso, peço desculpa se nao entederem, todas as informações foram retiradas do site e forum http://www.zeitgeistportugal.org/
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Re: "Bancarrota de Portugal - Teremos de sair da Zona Euro?"
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Re: "Bancarrota de Portugal - Teremos de sair da Zona Euro?"
E, koala, eu não entro por especulações mirabolantes de teorias da conspiração. A quem goste delas, há quem acredite nelas, mas essa dos bancos privados controlarem os bancos centrais (e não nacionais. Nacionais são todos eles fora o Central Europeu ) é mais "palavreado comunista" que outra coisa. Quem controla efectivamente os Bancos Centrais de cada país são os respectivos governos (aliás, os próprios presidentes dos ditos bancos centrais são escolhidos, normalmente, pelos ministros das finanças do respectivo país), pois o Banco Central do país é uma das ferramentas por excelência para o governo regular a banca. Agora claro que podes vir como o outro "ah! mas os governos respondem perante os senhores dos grandes grupos económicos", o que é verdade. Mas só respondem porque são esses senhores que fornecem o "carcanhol" para "alimentar" as "máquinas partidárias" (e razão pela qual o sistema político actual nunca irá ser realmente credível, pois é assim em todo o lado), logo fazem algumas "concessões" para lhes facilitar alguns negócios. Mas agora dizer que, preto no branco, são os bancos de investimento e crédito que controlam os bancos centrais não faz sentido. Aliás, esse método de quotas dos bancos centrais é, simplesmente, rídículo. Tu vais ao nosso Banco de Portugal e não tens nada disso, por exemplo. E, convenhamos, de que é que o Berlusconi não é dono em Itália? Mas adiante.
Sim, os bancos privados "criam" dinheiro através dos juros. Qual é a cena? É uma fonte de rendimento como qualquer outra. Eles acordam os empréstimos, dão o dinheiro ao pessoal e o pessoal tem de devolver esse mesmo dinheiro mais os ditos cujos juros. Agora se isso cria dinheiro artificialmente na economia? Pá, se os banqueiros fossem burros que nem calhaus, ya, criava. A cena é que todas os dias os bancos pedem empréstimos de dinheiro a outros bancos (e estes nem são os que fazem subir as taxas de juro todos os dias que vocês tanto ouvem falar, apesar de ajudarem) para terem moeda (entenda-se dinheiro em forma física) para poder pagar se não a todos a uma boa parte das pessoas que lá fazem os seus depósitos, geralmente pela diferença apresentada entre o que foi emprestado e o que ganharam no entretanto. Isto por sua vez faz com que os governos, de forma a manterem a economia dos seus países regulada, peçam aos seus Bancos Centrais para emitir moeda e para a emprestar aos bancos de investimento e crédito. Claro que na Zona Euro há mais um passo, que é ter de pedir ao BCE e este nem sempre acode, fazendo com que os bancos tenham de recorrer ainda mais aos outros bancos, gerando este ciclo vicioso.
E isto tudo porquê? Porque entretanto há uma bela de uma ferramenta financeira chamada "empréstimo obrigacionista". Que é, basicamente, uma maneira para os bancos fazerem o contrário do que normalmente fazem, ou seja, é uma maneira dos bancos pedirem emprestado a investidores em troca de devolução mais um juro. Grande problema: por alguma razão que eu consideraria extremamente estúpida, as obrigações (termo que se dá ao documento base do empréstimo obrigacionista) são constantemente avaliadas por um grupo de empresas a que dão o nome de "Agências de Rating" e que basicamente nos dizem o risco (de não pagamento) que uma obrigação tem. Quanto menor o rating que lhe dão, maior o risco a obrigação tem, mais um investidor vai querer para se tornar obrigacionista desse banco (ou empresa, já agora, pois também têm essa ferramenta à disposição), pelo que um banco vai ter de pagar cada vez mais por um empréstimo. Por isso, ya, no meio disto tudo, são as Agências de Rating que são os lobos maus no meio disto tudo (quanto mais não seja porque são principalmente elas que lucram com este burburinho todo).
Assim, conclui-se de forma mais ou menos lógica, que são as Agências de Rating, controladas por uns gajos de fato completamente genéricos, que controlam a economia mundial
» Obama telefona a Merkel. É preciso evitar que a Grécia saia da zona euro
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