Paulo Fonseca salvou carreira de André Martins

André Martins é uma das figuras da equipa leonina; Paulo Fonseca é só o treinador do FC Porto, campeão em título e líder do campeonato.

Hoje rivais em campo e nos objetivos, a história de ambos cruzou-se há uns anos no Pinhalnovense, nomeadamente na temporada de 2010/2011, quando o treinador o acolheu no seio da equipa e teve papel determinante no ressuscitar de um jogador que estava com os índices de confiança em baixo, tendo inclusive chegado a equacionar o abandono prematuro do futebol.

A história conta-se em poucas palavras. No início dessa época, o Sporting decidiu emprestar André Martins ao Belenenses para que o jovem pudesse jogar com maior regularidade, ainda que na Liga2. Uma aposta que acabou por não surtir efeito, pois pouco jogou André Martins que, em janeiro, pediu para o Sporting lhe encontrar uma nova solução.

Foi nessa altura que surgiu o Pinhalnovense, um clube mais modesto, mas que permitiu ao médio recuperar a alegria pelo jogo e, em poucos meses, regressar pela porta grande ao seu Sporting.

Mas, antes de trilhar o caminho do reencontro com o sucesso, o agora número 8 dos leões teve de conviver, aos 20 anos, com muitos obstáculos, desde a parca utilização no Restelo a uma doença grave da mãe que o afetava muito em termos psicológicos.

«Era o Paulo Fonseca que lidava diariamente com ele, mas lembro-me que o André chegou de rastos ao clube e alguns meses depois saiu nos píncaros. Aliás, quatro meses depois estava no plantel principal do Sporting», recordou Amândio Dias, na altura presidente do clube, sublinhando a sorte que André Martins teve em cruzar-se com Paulo Fonseca:

«Ele chegou do Belenenses, um clube mais frio e encontrou um ambiente mais familiar no Pinhalnovense. E no nosso clube teve a sorte de encontrar esse treinador. Houve um grande mérito de Paulo Fonseca, e também do seu adjunto Nuno Campos, em recuperar o André Martins. Através de muitas conversas, fizeram-no acreditar novamente nas suas qualidades quando já pensava em abandonar a carreira».