CAN 2015

A Federação tunisina de futebol vai pedir à Confederação africana de futebol (CAF) para abrir «uma investigação séria» aos erros de arbitragem no jogo dos quartos de final da CAN entre a Tunísia e a Guiné Equatorial.

Em causa está um pénalti a favor da Guiné Equatorial, já depois dos 90 minutos, que permitiu à seleção anfitriã da prova empatar o jogo e levá-lo para prolongamento, no qual acabou por vencer com um golo marcado de livre e, assim, seguir para as meias-finais.

As críticas à atuação da equipa de arbitragem liderada por Rajindraparsad Seechurn, das Ilhas Maurícias, acontecem desde que o jogo terminou. O jogador tunisino Ayman Mathlouthi foi uma das figuras mais críticas: «O futebol africano é assim. Jogámos contra o presidente do país anfitrião e, certamente, contra Issa Hayatou. É preciso dizer mais alguma coisa? Alguns jogadores não têm experiência suficiente na África. Não sabem o que estas pessoas são capazes de fazer.»

O Gana está apurado para a final da Taça das Nações Africanas, depois de ter eliminado a Guiné-Equatorial num jogo ficou marcado pela invasão de várias centenas de adeptos ganeses para trás de uma baliza para se protegerem de agressões dos apoiantes da seleção anfitriã, de acordo com relatos provenientes do Estádio de Malabo.

O resultado de 3x0, que valeu a qualificação à seleção orientada por Avram Grant praticamente é secundário, depois de ter havido helicópteros a sobrevoarem o estádio a perseguir os adeptos agressores e das forças policiais terem lançado gás lacrimogéneo. A oito minutos dos 90, o jogo esteve interrompido durante cerca de meia hora e foi retomado praticamente sem adeptos nas bancadas e com os jogadores sem qualquer intenção de marcar golos.

Um episódio grave que mancha para sempre a história da Taça das Nações Africanas e que também fica marcado pelo facto do jogo nem sequer ter tido 90 minutos. Isto porque o jogo, como foi referenciado, foi interrompido aos 82 minutos, mas quando foi retomado o cronómetro indicava o minuto 90 e três de compensação, acabando por se jogar apenas esses três minutos no reatamento do encontro.

No final, acabaram por ser os ganeses a fazer a festa perante um estádio sem pessoas, depois de durante o tempo em que realmente houve um jogo «civilizado» terem conseguido garantir uma vantagem por 3x0, graças aos golos apontados por Jordan Ayew, de grande penalidade, Wakaso Mubarak, que foi o 1500 da história da competição, e por André Ayew.