Ondas gravitacionais, previstas por Einstein, detectadas pela primeira vez
Ondas gravitacionais, previstas por Einstein, detectadas pela primeira vez
A colaboração científica internacional LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) anunciou publicamente, esta quinta-feira nos EUA, que tinha, pela primeira vez, detectado directamente ondas gravitacionais.
Teorizadas por Albert Einstein há 100 anos, as ondas gravitacionais são produzidas por eventos astronómicos cataclísmicos. Tal como à nossa escala a queda de um seixo num lago produz ondinhas que deformam a superfície da água, as ondas gravitacionais deformam o “tecido” do espaço-tempo – e, por conseguinte, os objectos que atravessam –, ao propagarem-se pelo Universo à velocidade da luz. E foi essa deformação física, que é da ordem do milésimo do diâmetro de um protão, que foi agora "vista" pelos instrumentos do LIGO, situados nos EUA.
As ondas agora detectadas foram emitidas pela colisão de dois buracos negros com cerca de 30 vezes a massa do nosso Sol.
Mas recorde-se que, em 2014, uma outra colaboração científica, o BICEP2 (um observatório no Pólo Sul), tinha anunciado a detecção das chamadas "ondas gravitacionais primordiais", que segundo a mesma teoria terão sido emitidas pelo maior cataclismo de sempre da história do Universo: o Big Bang.
Infelizmente, um erro crasso na base dos cálculos deitou por terra os resultados: na realidade, os cientistas tinham simplesmente detectado poeiras, presentes na nossa galáxia, deixadas por supernovas (explosões estelares).
A desilusão foi grande não só na comunidade científica, mas no público em geral, que acolhera esta notícia com grande entusiasmo.
Mas desta vez, ao que tudo indica, a detecção – embora não de ondas gravitacionais primordiais, mas de ondas gravitacionais produzidas por um evento menos antigo e mais “modesto” – põe fim às dúvidas em torno da previsão centenária de Einstein.
Os radiotelescópios revolucionaram a astronomia ao ampliarem as capacidades dos telescópios ópticos, porque permitiram detectar objectos e fenómenos que não eram visíveis em luz normal. Agora, os especialistas esperam que a detecção de ondas gravitacionais se torne moeda corrente e abra o caminho a toda uma “astronomia das ondas gravitacionais”.
Uma nova astronomia que poderá permitir "ver” e estudar, com uma minúcia sem precedentes, não só os buracos negros, mas também a misteriosa matéria escura (que se pensa representar, de longe, a maior componente da massa total do Universo) e o que se passa nos recantos mais longínquos do cosmo.
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