Bodyboard: Sereia entre tubarões

Rita Pires vai acrescentar mais uma linha ao seu currículo ao competir na etapa do Mundial de Viana do Castelo, que arranca hoje e decorre até domingo na praia da Arda. Até aqui nada de espantoso para uma atleta com vasta experiência nacional e internacional, não fosse entrar na categoria "Open", ou seja, contra os homens.

Uma iniciativa que não é inédita já que a 11 vezes campeã nacional disputa habitualmente a categoria open do Nacional: "Sinceramente, prefiro competir com os homens. Sinto menos pressão para ganhar e isso permite-me surfar à vontade."

De facto, a participação no Mundial de Viana surge para a bodyboarder da Costa da Caparica como o treino competitivo ideal para enfrentar as próximas provas do calendário, nomeadamente a etapa "Grand Slam" (categoria máxima) do Mundial em Sintra, no final deste mês, a etapa do Europeu, em Aveiro, e outra etapa do Mundial, em Supertubos (Peniche), em setembro.

Simbólico

Mas existe uma razão especial para a participação nesta etapa do Mundial, uma das três confirmadas para o nosso país. O facto de Viana ter sido o local para a primeira prova do Mundial organizada fora do Havai, em 1994. "Foi aqui que tudo começou e, para mim, tem um simbolismo muito grande", sublinha Rita Pires.