Arranque na Holanda em ano de novidades
Arranque na Holanda em ano de novidades
A Volta a Espanha arranca este sábado em Assen, na Holanda, para a sua 64.ª edição. Pela primeira vez na sua história, a prova começa fora da Península Ibérica, 12 anos depois de ter o seu início em Lisboa. Mas as novidades não se ficam por aqui numa Vuelta que termina a 20 de setembro em Madrid, após passagens pela Alemanha e pela Bélgica.
Sem a participação dos 3 primeiros de 2008 - Alberto Contador, Levi Leipheimer e Carlos Sastre -, além do russo Denis Menchov, vencedor em 2005 e 2007, a luta pelo triunfo estará mais aberta do que nunca. No entanto, de regresso está o cazaque Alexander Vinokourov, que ganhou a prova em 2006 e volta como líder de uma renovada (e fragilizada) Astana após cumprir suspensão devido a doping.
De qualquer forma, um novo triunfo de Vinokourov está muito longe de ser provável, pelo que deverá haver um vencedor inédito numa prova em que surgem alguns candidatos claramente assumidos. O luxemburguês Andy Schleck (Saxo Bank), 2.º na recente Volta a França, o espanhol Alejandro Valverde (Caisse d'Epargne), controvérsia ausência do Tour, e Ivan Basso (Liquigas) surgem à cabeça dos favoritos, mas há várias outras possibilidades como Cadel Evans (Silence-Lotto), Samuel Sanchez (Euskaltel-Euskadi), Xavier Tondo (Andalucia-Cajasur), Robert Gesink (Rabobank) ou Damiano Cunego (Lampre).
Quanto ao percurso, fica desde logo marcado pelo contrarelógio de abertura, de apenas 4,8 km, a realizar no circuito de Assen, palco de uma das principais corridas do Mundial de MotoGP e um dos grandes "templos" do motociclismo internacional. Depois, os primeiros dias, com mais 3 etapas na Holanda e na Bélgica - com uma curta incursão na Alemanha durante a 3.ª tirada -, deverão ser para os "sprinters".
Com a chegada a Espanha haverá o primeiro dia de descanso, a 2 de setembro. Mas, apesar da ausência dos Pirenéus e das Astúrias, a primeira Vuelta sobre responsabilidade de Javier Guillén deverá mesmo ser decidida na montanha e na Andaluzia. O contra-relógio de Valência (30 km), a aproveitar parte do circuito de Fórmula 1 surge na 7.ª etapa e antecede tiradas sucessivas com chegadas em alto, com o segundo dia de descanso pelo meio, a 10 de Setembro, e entre a 11.ª e a 12.ª etapas.
As subidas ao Alto de Aitana (8.ª), a Xorret de Cati (9.ª), ao inédito Alto de Velefique (12.ª), à Serra Nevada (13.ª) - onde se atinge o ponto mais elevado da Volta a Espanha deste ano (2.380 metros) - e a La Pandera (14.ª) não deixarão de revelar os mais fortes do pelotão e, muito provavelmente, definir o vencedor da prova. E, para os últimos acertos, há ainda duas passagens em Navacerrada e outra em La Morcuera (19.ª) e o último "crono", em Toledo (26 km), no penúltimo dia, antes da consagração em Madrid.
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