- Laranja.
- Laranja.
- Abri as minha pálpebras pesadas, não conseguia ver nada apenas inalar aquele forte cheiro a velho. Esfreguei uma, duas, três vezes a cara com o punho fechado fazendo movimentos giratórios na parte dos olhos. Levantei apenas a parte do meu tronco, ficando meio deitado a observar tudo que se passava a minha volta. Estava num pequeno quarto, sem pintura, sem moveis apenas um colchão no chão. Colchão esse que eu estava deitado, mas não só. Do meu lado direito tinha uma pequena janela que deixava pequenos raios de sol entrar naquela pequena habitação. Levantei-me rapidamente, apenas tinha os boxers com corações vestido, e umas meias aonde na parte da frente estavam furadas. Espreitei pela a janela. E de imediato, aquela paisagem denunciou aonde eu me localizava. Num pequeno quarto, de um residencial na baixa do Porto. Bocejei uma vez mais, e virei costas para a janela espreguiçando-me enquanto tentava descobrir a minha roupa. E lá estava ela, uns jeans velhos, com uma camisola vermelha e uns converse do tempo em que a princesa Diana era viva.
Rapidamente me vesti, calcei aqueles converse sentado no velho colchão. Peguei no meu telemóvel, e como de esperar nenhuma chamada. Tinha vindo para Portugal para conseguir um contracto numa empresa de Wrestling, praticar o que eu sempre quis desporto, mas até agora não tinha recebido contacto nenhum. Meti, bruscamente, o telemóvel no bolso e saí daquele quarto. Desci umas pequenas escadas, que rangiam a cada movimento, e cheguei a recepção. Uma mulher gorda com um grande nariz e uma verruga, sim poderíamos comparar a mulher a uma bruxa, estava debruçada no balcão vendo a morte passar. Com um sorriso aproximei-me da mulher, e deixei os seis euros e cinquenta cêntimos. Tal como tinha sido combinado para eu dormir uma noite naquela residencial, tão acolhedora.
Porto, o Grande Porto. Para falar a verdade era grande demais, pouco dinheiro tinha, não conseguia nada e pouco sabia falar o Português. Ter aulas de Português? Não custava muito e não tinha dinheiro para pagar, pois viver sozinho custa. De qualquer modo, a saída da residencial deparei-me com um acidente, como os condutores de Portugal eram 'stressados. Sempre mas sempre aos gritos, buzinando, insultando-se uns aos outros e sem esquecer das dores de cabeça que eles ganham todos os dias, ou conduzirem, daquela maneira tão agressiva. Mas tirando aqueles condutores, eu segui o meu caminho. Naquele passeio sujo, que supostamente, deveria ser branco porém já estava mais negro do que a minha conta no banco. Desci uma longa rua, que certamente levaria-me ao rio, rio douro. Ainda foi uma longa caminhada, mas que deu para reparar e estudar um pouco a língua, pelo menos o calão das ruas portuenses. Cheguei ao rio, olhei em minha volta vários turistas aproveitavam o que aquelas várias pontes, que não sei quantas certamente mas são bastante, tinham para dar.
Não me fui sentar num café, pois tinha vergonha, vergonha de chegar lá sentar-me e ficar a seco sem beber/comer. Sentei-me na ponta do muro, com as pernas abanar, vendo o rio a correr apressadamente. Poderia-me perder nos pensamentos, mas uma mão delicada tocou-me no ombro. Primeiro olhei para a mão, com toda a certeza era a mão de uma senhora. As suas unhas estavam pintadas de roxo, lindas. Olhei de seguida para a mulher. Suas pernas eram finas e delicadas umas calças pretas vestia, quer dizer uns jeans pretos. O seu tronco era mais chamativo, os seus enormes seios eram os responsáveis. Estavam tapados por uma camisa branca de manga curta e um colete formal preto. A sua cara era juvenil, parecia uma criança. Uns olhos azuis e um cabelo encaracolado e castanho. Fiquei com uma expressão na cara, como a perguntar quem era. Ela aprontou-se a responder. - A tua agente, Ana Martins. . Sorri. O ínicio de uma bonita história, pelo menos eu ia tentar.
Paixão a primeira vista ? vocês acreditam-se ? eu não, eu chamo-lhe destino. Pois também foi o destino que levou os meus pais, foi o destino que me pôs pobre, e o destino vai-me dar uma vida. Se o Wrestling vier é o destino, é o destino que me vai trazer o wrestling. Já agora sou o Matthew Orange, trata-me por Laranja.
LuisTeixeira- ROH Superstar
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Re: - Laranja.
- Deixa de ser estúpido, acorda para a vida, deixa de ser estúpido. Era o que a minha voz me pedia, para deixar de ser estúpido. Eu na cama rebolava de um lado para o outro, tentando adormecer, mas não conseguia. A minha cabeça teria razão naquilo que me amostrava? Seria eu estúpido e apenas ocultava aquilo que me realmente queria mostrar? Nunca me tinha acredito na minha cabeça, mas a derrota que se tinha sucedido horas atrás e acontecimentos relacionados com a derrota poderiam-me ter libertado as pernas para continuar o caminho que a minha cabeça me indicava, mas eu tinha medo. Medo de seguir aquele sinal, medo de falhar.
Sei que continuar a receber ordens do Money, será doloroso, mas se tiver algo para aprender? Deixa de ser estúpido. e a minha cabeça continua, continua a insinuar que sou estúpido? Serei ? Ou apenas quer-me mostrar coisas que não existem? Ou será que existe e eu sou mesmo "tapado"? Por favor, alguém que me dê a mão. alguém que me mostre o caminho.
??: Orange. .
Era uma voz suave, delicada. Vinha do meu lado direito, alguém me tinha falado ao ouvido. Olhei rapidamente para esse lado e nada vi. Outra vez, mas da segunda vez do meu lado esquerdo, olhei e nada. Mas quando voltei a olhar em frente, não poderia acreditar. Uma mulher, jovem, longos cabelos amarelos olhos azuis e uma pela branca que nem a neve. Apenas vestia a parte debaixo de roupa interior, seus seios, estavam descobertos. Abri cada vez mais os olhos, como é que aquilo, poderia ter entrado em minha casa.
Orange: Quem és? (perguntei, com o meu fraco português. )
??: O teu destino. (respondeu-me, ao mesmo tempo que, se ajoelhava e colocava-se frente a frente . )
Orange: Não percebo.. (Mal acabei de falar a mão da loira transfigurou-se numa arma.)
??: Tua mãe. Teu pai. Ana Martins. (Fiquei sem perceber e atrás do tronco delicado da loira, a televisão ligou-se.)
Jornalista: Em Lisboa, nesta mesma noite, Uma mulher identificada como Ana Martins morreu devido a uma bala perdida. a Vítima morreu na Ambulância as 04:04. O atirador ainda não foi encontrado.
Orange: Mas.. Mas.. (Olhei para o relógio que estava sobre a mesa) São 03:50. Como é que..?
??: Tá tudo nas tuas mãos, eu posso modificar o futuro, apenas quero que fazas um favor..
Orange: Se me prometeres que a Ana será salva.
??: (Deu-me um beijo na boca e logo prosseguiu) Junta-te ao Money, e no fim acabava com ele. Pois o pápá gosta de pessoas como ele, lá na nossa aldeia.
Orange: Pápá? Aldeia? Como ele?
??: Tu mais tarde iras perceber, fazes isso?
Orange: Claro.
Jornalista: Noticia de última hora. Na noite de Lisboa, Uma cidadã salvou-se e por sorte não fora atingida por uma bala perdida. O atirador foi encontrado metros abaixo da avenida.
LuisTeixeira- ROH Superstar
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