Enfermaria leonina

Paulo Sérgio tem motivos para estar preocupado com a vaga de lesões que está a varrer o plantel leonino. Quase um terço do grupo, composto por 26 elementos, apresenta problemas físicos, que poderão impedi-los de treinar-se sem limitações nos tempos mais próximos. Como é natural, esta situação condiciona e muito a preparação dos próximos compromissos, o primeiro dos quais no próximo sábado, frente ao Estoril.

Convém, no entanto, sublinhar que nem todas as lesões que contribuem para a superlotação da enfermaria leonina têm a mesma origem ou obrigam a períodos de paragem tão prolongados. Existem lesões de origem traumática, decorrentes de situações de treino ou de jogo, como as que afetam Grimi, Nuno André Coelho ou Liedson; de origem muscular, como as que são motivo dos impedimentos de Carriço ou Yannick; resultantes de situações inflamatórias, como no caso de Carlos Saleiro; ou situações ainda mais complicadas e que determinaram tratamento cirúrgico, como sucedeu com Pedro Mendes ou Marat Izmailov.

É evidente que estas últimas são as que causam mais preocupação, pois são as que obrigam a maiores períodos de recuperação. Pedro Mendes, operado a meio da semana passada, não constituirá opção até ao início de novembro. Izmailov, submetido nos últimos dias a uma intervenção cirúrgica, só deverá regressar à competição em 2011, pois o período estimado de reintegração nunca será inferior a 3 meses, conforme a SAD leonina informou a CMVM.

Por regra, de recuperação mais rápida são os impedimentos decorrentes de traumatismos, embora aqui importe salientar que Grimi, por exemplo, está parado há mais de um mês devido a uma lesão deste tipo, sofrida num jogo de preparação realizado na Academia, frente ao Belenenses.

Mais difícil de prever é o período de inatividade decorrente de uma mialgia ou uma tendinite, como as que afetam Carriço e Yannick, no primeiro caso, e Saleiro, no segundo. São problemas que têm de ser bem curados, sob pena de se transformarem em lesões mais graves.