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Mensagem por Phenomenal Qua Dez 29 2010, 20:21

Uns anos e um mês

Um chiar forte, estridente, irritante. Um carro travara abruptamente sobre um caminho de terra, deixando no ar uma mistura de pó e fumo.

Desse mesmo carro - um modelo francês branco do início dos anos 90 – saiu um casal, nos seus trinta e picos, num sobressalto evidente juntamente com um rapazito. Uma criança, mais que aparte daquela inquietação de crescidos.

Este casal seguiu em passo rápido para uma casa perto, onde ainda antes de lá chegarem já uma mulher abria a porta de entrada. Era uma idosa, as marcas do tempo já estavam bem delineadas na sua face, no seu semblante onde dominava um claro desassossego.

O par de adultos parou perante ela, entrando os três numa espécie de diálogo frenético, com toques de imperceptibilidade. A criança, vindo de trás, passou por eles como se não existissem. Continuou o caminho por um corredor repleto de fotos a preto e branco, fotos de uma juventude de outrora.

Terminado o corredor, o rapazito entrou por uma porta à sua direita, indo parar a uma sala pouco iluminada, não tivessem todas as luzes desligados e todos os estores, com a excepção de um, fechados.

Aí, a primeira coisa que ouviu foi um tossir rouco. Esse tossir vinha de uma figura, deitada sobre o sofá directamente em frente da velha televisão, tapada com uma manta de cores níveas.

Rapidamente, o rapazito aproximou-se dessa mesma figura. Era um homem, também ele visivelmente atingido pelos anos. O seu rosto para além de delineado por rugas, estava tingido de uma forma preocupadamente pálida.

O velho respirava com dificuldades, e não fosse o puxão no seu braço nem daria pela sua visita. Mas ao dar por ela, respondeu com um sorriso e um esfregar carinhoso no cabelo já despenteado do pequeno.

‘Diz-me lá miúdo, gostas das meninas bonitas ou das feias?’

- Das bonitas.

A resposta mais não fez do que pronunciar ainda mais o sorriso na expressão do homem, que de pronto foi com a mão até à mesa junto de si, à carteira. E da carteira tirou uma moeda, que deu ao ‘miúdo’ que já estendia a sua palma.

‘É isso mesmo. Guarda.’



É uma manhã agradável de fim-de-semana, o sol amarelo bem alto no céu, uma aragem que embora forte acaba por ser hospitaleira. É um bom dia.

Num cemitério por aí, ao lado de um sepulcro coberto pelo mais diverso tipo de flores, das mais diversas cores, um jovem. Já há muito que deixara de ser uma criança, mas também ainda não era um adulto.

E lá estava ele, não era magro, nem gordo, tal como não era alto, nem baixo. Nada na sua aparência o diferenciaria da normalidade de alguém da sua idade. Uma vestimenta simples, um corte de cabelo banal.

Mas numa manhã de fim-de-semana estava num cemitério, sentado ao lado de um sepulcro onde um ramo de cravos vermelhos sobressai no topo de todas as outras flores.

E é junto a esse mesmo sepulcro, que surge outro jovem, com uma aparência igualmente normal, talvez com excepção da barba, que francamente nem era barba.

‘Chegaste mais cedo…Já cá estás há muito tempo?’

- Não, acabei de chegar.

O que tinha acabado de chegar não responde, não assente, nada. Limita-se por ficar a olhar para aquela imensidão de cores, e assim fica pelo menos meio minuto, antes de pousar mais um ramo onde já quase não havia espaço. Depois disso senta-se igualmente, acompanhando quem já lá estava.

‘Já lá vai um mês.’

- Sim, já lá vai um mês.

Silêncio novamente. Um silêncio que não é demorado. Um silêncio tremendamente tenso.

‘Não é verdade o que dizem, pois não? O tempo não melhora nada. A dor fica.’

- Não é verdade. A dor fica sempre. E o tempo não melhora nada. Ou te habituas à dor, ou fazes para melhorá-la. As pessoas é que podem fazer com que a dor melhore com o tempo. Mas no fundo ela está lá, sempre.

‘É fodido.’

- Só podia ser.

‘Mesmo assim, mesmo assim…acho que podíamos estar a lidar pior com tudo isto.’

Ao ouvir estas palavras, o rapaz não consegue evitar um riso miudinho.

- Eu, neste último mês já parti mais coisas que sei lá o quê. Já passei noites inteiras a chorar, sem ser sequer capaz de me levantar da cama, por mais que quisesse. Já te odiei. Odiei-te por ma teres apresentado, e por pensar que se isso não tivesse acontecido não estaria a sofrer assim. Isso, antes de me conseguir lembrar que os amigos não foram feitos para odiar, que também tu estavas a sofrer, e de tudo o que bom teve em conhece-la. Sim, podia estar a lidar pior.

Dito isto, o amigo baixa a cabeça.

- Sabes o que eu acho que me tornou isto um pouco mais fácil? Lembras-te da última vez que cá estivemos? Era um monte de terra, nem campa havia. Uma pessoa que foi…que é tão importante para ti, passa a ser nada mais que um corpo deteriorado e sem vida debaixo de um monte de terra. É a verdade absoluta e fria a chocar na tua cara. Por vezes, faz-te bem levar com uma verdade assim.

‘ É duro. Tem que ser duro. Momentos em que se enfrenta a morte assim…são os momentos que fazem com que os religiosos injuriem Deus, os justos perguntarem-se do significado da palavra justiça, e os bons o porquê de serem bons. Mas a verdade é… ’

- Só por estares vivo tens uma infinitude de hipóteses perante ti. E é isso que deves prezar. E é por isso que tens que viver.

‘…É essa. Nem toda a gente tem essa força. Há uns tempos, ouvi uma história, uma mulher de 70. Um dia o marido de há 50 anos teve um acidente de automóvel, espetou-se na porcaria dum camião. Morte imediata. Desde então, e por dez anos passou a ir todos os dias visitá-lo. Falava com ele, por horas. Abdicou de tudo o que ainda poderia abdicar, até que o seu próprio dia chegasse.’

- Amava-o. E nunca se despediu.

‘Como?’

- As piores perdas são…penso que são, aquelas em que amas mais a outra pessoa do que amas a ti mesmo. E não tens direito a despedida. É difícil agarrar a mão de alguém de que verdadeiramente gostas e dizer que vai ficar tudo bem, mesmo quando sabes que não vai. Dói como tudo. Mas pior será nunca te teres sequer despedido dessa pessoa. Talvez seja por isso que ela fosse lá todos os dias, nunca se despediu. Talvez o ter ido lá todos esses dias, foi a demonstração de força dessa mulher.

O parceiro engole em seco esta resposta.

- De qualquer forma, invejo-a.

‘Porquê..?’

- Porque teve memórias. De certeza que teve imensas memórias, de imensos momentos. Eu, nós…Nós somos novos. Ela, mais nova que nós. E nós? Eu conhecia-a há três anos, estávamos no começo. Houve momentos houve? Poucos, e sabe a pouco. O que eu mais me recordo são sonhos, esperanças, desejos. O de viajar à América, o de ter um casamento a roçar o perfeito, e depois uma família para criar, o de envelhecer feliz. Eram sonhos, ficarão como sonhos, lembrar-me-ei como sonhos.

Uma só lágrima cai pelo rosto do companheiro do que falara, que a limpa de imediato. Após limpar a lágrima, o rapaz começa a levantar-se.

‘Ouve…’

- Vai, já vou ter contigo. Não me demoro.

O jovem assente e começa a afastar-se.

‘Lava as mãos, e limpa-te. Dizem que dá azar se levares terra daqui.’

O conselho é retribuído com um sorriso. Passam um par de minutos até que o resistente se levanta do chão, caminhando depois até à parte antiga do cemitério, do lado oposto, a uns quantos metros.
Aí, pára em frente a uma campa velha, esquecida, com uma lápide suja que tem pouco mais que uma fotografia a preto a branco de um homem, leva a mão ao bolso direito das suas calças e daí tira uma moeda, que atira de pronto para cima da campa.

- Continuo a gostar das meninas bonitas, ‘vô. Foi uma menina bonita que me trouxe até aqui, finalmente.

Suspira, e segue directamente para a saída, sem olhar para trás.

_

Auto-biografia resumida num episódio de um só dia

Lá estava. Era uma manhã de um cinzentismo londrino, uma daquelas manhãs que por si só seria melancólica. Chuva, imensa, vai caindo a pote, e o vento é tão forte que parece capaz de ameaçar o bem-estar da árvore mais imponente.

E eu, lá estava, num canto incerto duma ruela que desconhecia, e que se hoje passasse por lá, sei que não iria reconhecer. Não me perguntem horas, não faço ideia, mas seria cedo demais para ter o bafo a álcool que eu já tinha. O porquê de eu estar assim é, talvez, nada mais que uma desculpa. Mas uma desculpa que me serve.

Acordei, como todos os dias acordo, e lá fui para a minha semi-nova vida de trabalhador. Aquele tal passo em frente que tanta gente anseia. Acontece que desde que entrei nesta minha nova fase, o que encontrei foi a mesma base retrógrada, falsa e repressiva de toda a sociedade em geral. Enfim, pensamentos que já ruminei vezes sem conta.

Irrita-me, mas não posso dizer que fiquei surpreendido ou frustrado, era só o que esperava. Não sou diferente de ninguém ao ponto de encontrar coisas diferentes, apenas ao ponto de não me encaixar no quotidiano.

Então, pode-se dizer que era outro dia como outro qualquer. Era tempo de intervalo, e encontrava-me sentado sozinho, excluído de todos como o bom renegado que era, bebendo a minha cerveja a tragos largos. Quem passava por mim, ia olhando de lado, fingindo que me ignorava, quando na realidade não o fazem. Preferia que o fizessem.

A minha resposta a esses olhares é já automática. Um olhar viperino de minha parte, e um sorriso de arrogância e superioridade. Nunca vi esse meu tal olhar, nem esse meu tal sorriso, mas imagino que sejam assim. As reacções do outro lado dão-me razão.

Acontece que neste dia em particular estava especialmente farto. Um golo bem dado e acabei a cerveja. Depois foi só levantar-me, daí a estar a emborrachar-me na primeira tasca que encontrei não demorou muito. Acabei naquele tal canto, daquela tal ruela.

E aí, as pessoas que me olhavam, olhavam como se fosse algo desprezível. Um cão enfermo, ou uma ratazana repulsiva. Sei como me viam. Viam-me como algo nojento, um miúdo que se afogava num rio da sua própria porcaria. Mas nunca me interessei pelos que outros pensavam, não ia começar a interessar-me agora.

Quando ganhei forças suficientes para me recompor, segui caminho para casa, de punhos cerrados e fúria no coração. Na chegada, entrei cambaleando impetuosamente. Só por sorte não dei um encontrão em minha mãe. Embora isso também não me importasse.

Perseguido por ela e pelos já mais que habituais gritos, tranquei-me no quarto, e deixei-me cair para cima da cama, chorando. Ela continuava a gritar, mas passava-me ao lado, tudo o que me gritava já devia ter gritado antes.

E este dia é aquilo que eu sou. Uma tentativa fracassada de existência numa vida que limita o existir. Uma sucessão de rebeliões que, no final, acabam sempre por cair sobre a sua própria insignificância. Eu sou merd* pura, um ser hediondo e egoísta. Mas dizer isto, num mundo onde rameiras maldizem de prostitutas, e aldrabões tramam impostores, para mim já é força. E é esta minha força que me dá o orgulho de ser quem sou, e me tira qualquer ideia de meter um tiro nos cornos.

_

Uma vida normal

Outra vez aquele som irritante, acordas
A custo abres os olhos, não te queres levantar
Apetece-te ficar na cama, dormitar
Mas lá te levantas, é só mais um dia
Rapidamente, lá chegas. Aquela mesma sala,
Com aquela pessoa de (quase) todos os dias
E ela lá vai falando, e toda aquela sua fala aborrece-te.
Distrais-te, olhas pela janela, está Sol,
Lá de fora algo te parece chamar. Ignoras.
Concentras-te, quem fala merece ser ouvido, merece respeito
E tu tens que a ouvir e respeitar.
Vá, acaba esse esforço necessário, tens tempo para os teus amigos
Eles percebem-te, relaxa, umas quantas boas saídas
Daquelas em que no final só te consegues deitar.
Deixas aquela mesma sala, vais para outras
Sonhavas ser músico ou poeta, seguiste engenharia.
Dizem que tem mais futuro.
Sais de casa, festa e bebida começam a ser rotina
Coleccionas conquistas, sexo também passa a ser rotineiro
Não te significa nada, mas é bom, do outro lado é o mesmo
Porquê preocupares-te?
Sem demorar muito, concluis o teu percurso académico
Os teus pais ficam orgulhosos, tens direito a uma festa
És doutor.
Arranjas emprego num ápice, um bom emprego
Em pouco tempo mudas-te para um apartamento semi-luxuoso,
Nunca tiveste noites tão cómodas.
Aparentemente apaixonas-te, pela primeira vez sentes alguma coisa
Encontram-se umas quantas vezes, tudo corre do melhor
Ou assim te parece
Do nada, ela decide deixar te ver, não te dá explicações
Não tem mal, não te vais abaixo à primeira contrariedade,
És um Homem.
Um dia distrais-te ao atravessar uma estrada qualquer, quando dás por isso só vês uma luz a aproximar-se velozmente e…

Outra vez aquele som irritante, acordaste
A custo abriste os olhos, não te querias levantar
Apetecia-te ficar na cama, dormitar
Ficar na cama? Dormitar? Quanto da tua existência desperdiçaste a não fazer nenhum?
Mas lá te levantaste, era só mais um dia
Só mais um dia, que amor ao viver.
Rapidamente, lá chegaste. Aquela mesma sala,
Com aquela pessoa de (quase) todos os dias
E ela lá ia falando, e toda aquela sua fala aborreceu-te.
Distraíste-te, olhaste pela janela, estava Sol,
Lá de fora algo te pareceu chamar. Ignoraste.
Ignoraste. Sempre ignoraste, porque é que nunca saíste?
Aquela sala sempre teve uma porta, que tanto era de entrada ou de saída.
Porque é que nunca a usaste, e respiraste um pouco para variar?
Concentraste-te, quem falava merecia ser ouvido, merecia respeito
E tu tinhas que a ouvir e respeitar.
Nunca pensaste na razão de teres que a ouvir e respeitar?
Acabaste esse esforço necessário, tiveste tempo para os teus amigos
Julgavas que eles te percebiam,
Mas perdeste o número às vezes em que sentias deslocado
Chegavas ao teu quarto, e deitavas-te, sentias-te sozinho, terrivelmente sozinho.
Deixaste aquela mesma sala, foste para outras
Sonhaste ser músico ou poeta,
A tua velha guitarra ficou no sótão a ganhar pó,
Os teus rascunhos foram para o lixo.
Seguiste engenharia,
Nunca te perdoaste por isso.
Diziam que tinha mais futuro,
E tu nunca disseste nada, preferiste sempre ficar calado.
Saíste de casa, festa e bebida começaram a ser rotina
Coleccionaste conquistas, sexo também passa a ser rotineiro
As tuas novas rotinas nunca te deixaram feliz,
fizeste com que umas quantas raparigas chorassem por ti.
Fizeste de conta que isso não te importava.
Chegou uma altura em que te olhavas ao espelho com nojo, vias-te como uma pessoa suja e vazia.
Talvez o fosses.
Concluíste o teu percurso académico,
Mesmo a tempo,
Estavas a sufocar, não aguentavas mais.
Os teus pais ficaram orgulhosos, tiveste direito a uma festa
Tu, não te sentes minimamente diferente.
Arranjaste emprego num ápice,
Querias tirar um ano para ti, finalmente,
Para viajar,
Para fazer algo que sentisses que valesse a pena,
Resolveste não o fazer,
Tempo para isso no futuro não te faltaria.
Era um daqueles empregos que rendia bem,
Mas te enfadava sem fim,
Pagava as contas e os demais, enfim.
Deste por ti num apartamento semi-luxuoso,
Nunca tiveste noites tão amargas,
Fechado sobre aquelas paredes que tanto te custaram,
A tua melhor companhia era o tinto barato.
Apaixonaste-te, pela primeira vez sentistes alguma coisa
Sabes que sentiste alguma coisa, jamais o duvidaste
Encontraram-se umas quantas vezes, tudo corria do melhor
Ou assim te pareceu
Do nada, ela decidiu deixar de te ver, não te deu explicações.
Foste-te abaixo,
Arrogantemente, derramaste as lágrimas na tua almofada de dormir
Já mal suportavas a vida que levavas, e esta foi a última gota que precisavas
Um dia desististe,
Afinal quando é que ela valeu a pena?
Cabisbaixo, numa estrada movimentada, deste um passo em frente.
O único que deste.
Só viste uma luz a aproximar-se velozmente e…

Foi inútil.

_

Bem e mal, infinidade e acaso

A vida é
O cego que ama as cores
O não cego que idolatra o cinzento
O lírio verde que resiste num campo de rosas vermelhas
A criança que num dia outonal rejubila ao saltar nas folhas caducas caídas sobre o chão enquanto os adultos cabisbaixos as pisam apenas por se encontrarem no seu caminho
A repugnância do sexo
A beleza do amor

O ladrão que trajado de negro rouba por lealdade ao amigo acamado
O padre que sempre de branco apregoa por si e pelos seus receios da própria mortalidade
O canceroso que saboreia intensamente cada refeição como se fosse sua última e que saboreará a sua última sem saber que é a sua última
O jovem deprimido que é deprimido sem razão e por tal abre mais a ferida da eternidade derramando ainda álcool por cima e deixando-a contorcer-se em agonia

É o Sol cândido e a Lua flamejante brincando nessa mesma eternidade
É aquele rapaz e aquela rapariga que tantas vezes se cruzaram sem se falar sem sequer se olhar não sabendo o futuro
É aquela futura mulher que deixará o mundo sem nunca ver os olhos do seu filho
O marido que passará a viúvo para além da dor e alegria
O finalmente avô orgulhoso que será também pai enlutado
O enterro onde estará Deus tal coveiro e o Diabo derramará uma lágrima

A intemporalidade vã
O infinito limitado.

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