Philippe Gilbert

Entre Gilbert e o título mundial de estrada estão 266 km de um percurso plano, que os especialistas apontam como sendo favorável a uma chegada compacta e decidida ao sprint. Foi precisamente com base nesse raciocínio que Philippe Gilbert retirou a Bélgica do lote de principais favoritos: “Somos apontados como favoritos, mas não temos um sprinter. Falta-nos a arma final, por isso teremos que o conseguir sem um rival para os sprinters puros: Greipel, Cavendish, Farrar e esse tipo de homens rápidos", explicou ao DHnet.

A lesão de Tom Boonen pode deixar os belgas com menos opções de vitória, mas para Gilbert o cenário traz algumas vantagens: “Não é de todo mau porque assim não nos podem pedir que controlemos a corrida, isso caberá a alemães, britânicos, americanos e outros”, justificou o número um mundial ao Het Nieuwsblad.


A estratégia será evitar a marcação cerrada a que normalmente o pelotão sujeita o Rei das Ardenas e com razão já que Gilbert leva 17 vitórias esta temporada. No entanto, o ciclista de 29 anos não é o único exemplo de sucesso nos convocados belgas, como o próprio recorda: “Entre o Nuyens, o Vansummeren e eu próprio, ganhámos as grandes provas de um dia da temporada”.

A prova de Copenhaga é longa, deve ter vento e apesar de ser maioritariamente plana apresenta uma pequena colina de 300 metros à chegada, um factor que pode favorecer Gilbert: “Se as outras nações endurecerem a corrida, então talvez tenha uma chance”.