Cult of Culture

CAM ON

Lentamente a imagem passa de um preto carregado de angustia para uma zona montanhosa onde encontramos uma espécie de acampamento. No centro um homem de chapéu de palha, camisa de flanela e calças brancas abre os braços e prepara-se para falar.

??? A humanidade cresceu assim. Do nada. No meio da montanha todos nos saímos e fomos parar ali!

Este aponta para uma cidade com enormes arranha-céus.

??? Porque sentimos então necessidade de voltar aqui? Porque sentimos nós a necessidade de por instantes conhecer a nossa própria história? Porque queremos saber mais? Quem és tu?!

Neste momento ele aponta para uma jovem rapariga que não aparenta ter mais de 21 anos. Quando esta ia falar, um pouco assustada, o homem de cabelo oleoso e barba por fazer interrompe-a logo.

??? Não interessa! Se viste até aqui é porque precisas de ser salva. Tu bela adormecida és apenas o que sociedade incutiu em ti! Bela e charmosa. Um estereótipo do que é para eles um individuo com capacidade para sobreviver no ambiente deles. Pois bem vocês acham que eu conseguiria sobreviver lá? Respondo rapidamente… NÃO!

Abate-se um silêncio enorme sobre a colina onde o grupo talvez de 7 ou 8 indivíduos estão.

??? O meu nome é Bray Wyatt e se vocês chegaram aqui é porque o sabem e ninguém vos mentiu. De certa forma a sociedade é que faz com que eu seja um mentiroso. Mas eu não sou mentiroso nenhum. Simplesmente gosto de jogar de forma divertida. Eu sou uma pessoa divertida.

Bray começa a rir-se sarcasticamente…

Bray Wyatt: Quem se encontra aqui que dê meia volta se quiser. Não obrigo ninguém a ficar na primeira sessão. Mas a partir de agora é um caminho apenas com uma direção. Que é seguirem-me.

Um homem talvez com os seus trinta e tal anos começa a levantar-se e Wyatt coloca a mão sobre o seu ombro.

Bray Wyatt: As vezes dizem que eu sou um monstro. Durante uns minutos vamos fazer de conta que eu sou.

O homem volta a sentar-se e Wyatt vai para o meio da roda novamente.

Brat Wyatt: Como é que se para algo como eu? -Levanta a sua voz- Eu consigo vencer guerras sem levantar um dedo. E sabem porquê? Porque eu tenho um exército maior que a própria guerra em si. A nossa causa é superior à deles. Nós não somos uma espécie de futuro. Somos uma espécie de presente mal tratado. Com a minha idade e a minha experiência sou apenas um fruto que muitos disseram apodrecido. Mas na realidade sou apenas uma expressão da ganância deles! -Começa a berrar para o seu- Eu sou superior a Deus. Deus não existe!

Todos dão as mãos, formando então um circulo perfeito, enquanto Wyatt está no centro. Mais uma vez um silêncio sepulcral faz-se sentir naquela colina. Conseguimos ouvir tanto o estilhaçar da fogueira como os animais em volta. O jovem “messias” olha para a camara que o filma, à distância, e sorri.

Bray Wyatt: UPW não se assustem por favor. Eu não sou um monstro. Era tudo a brincar.

O circulo feito pela união das mãos continua. Todos os indivíduos olham para o céu enquanto Wyatt se aproxima, passando por baixo de uma das mãos, da camara.

Bray Wyatt: É certo que vocês têm os vossos tratados. Os vossos filósofos. Eu tenho a minha loucura! Dentro do ringue não sou o Kurt Angle. Não sou o Bobby Roode. Não sou o Cody Rhodes. Sou uma força da natureza impossível de controlar. Um animal sem escrúpulos. Um lutador.

Este está mesmo em frente à camara e ouve-se a sua respiração.

Bray Wyatt: Eu sou o homem que nenhum de vocês foi ou será. O meu nome é Bray Wyatt e eu vivo para isto. Para a cultura que a sociedade não quis cultivar.

A imagem começa a desvanecer enquanto à volta do circulo a chama torna-se mais intensa e uma música tribal se inicia.

CAM OFF