Rui Costa assina pela Lampre e outras transferência de ciclistas portugueses

Contrato de um ano e a possibilidade de ser chefe de fila em provas importantes do calendário seduziram Rui Costa. Para trás ficam cinco anos de Movistar e a subida à elite mundial.

Está desfeita a dúvida e bem se pode dizer que o desfecho não foi o mais óbvio. Quando se pensava que Rui Costa podia assinar por um gigante como a BMC ou a Astana, eis que a Lampre garantiu uma das maiores contratações da temporada!

Porquê a Lampre? Rui Costa explicou em comunicado que “a questão monetária não era o mais importante. A Lampre-Merida oferece-me a oportunidade de ser chefe de fila em algumas provas importantes do calendário internacional, todas as condições para que eu possa evoluir enquanto atleta e mostrou um grande entusiasmo por poderem contar com os meus serviços em 2014. Esses eram os requisitos principais que procurava e que aqui encontrei. Aproveito para agradecer-lhes publicamente a confiança que tiveram em mim”.

Em termos de calendário pouco deverá mudar, com a Lampre a garantir a Rui Costa a presença na principal corrida do ano, o Tour: "Ainda é cedo para falar de calendário, mas deverá ser parecido com o de esta temporada. Filippo Pozzato, por exemplo, é um corredor bastante bom nas clássicas de pavé e nesse tipo de terreno nunca corro. Michele Scarponi é, sem margem de dúvida, favorito indiscutível para o Giro de Itália, mas os meus planos também não passam pelo Giro. Estes são apenas alguns exemplos, pelo que sinto que posso ajudar a Lampre-Merida noutro tipo de calendário, que para mim se adapta melhor. Assim sendo, devo competir em algumas corridas por onde já passei e pelas quais ainda vou passar nesta época 2013".

A duração do contrato é curiosa, apenas um ano. Para o poveiro teria sido "assinar logo por três anos porque te garantem um bom contrato e tiram-te pressão, mas eu não estou de acordo com essa mentalidade. Assim temos a oportunidade de nos conhecermos melhor e nos adaptarmos uns aos outros. Se eu me integrar bem e a equipa ficar feliz com o meu trabalho, com certeza que estaremos muitos anos juntos, essa é a minha intenção".

Rui Costa referiu ainda que não se fará acompanhar de nenhum corredor português na Lampre, como normalmente acontece acontece com contratações desta dimensão e com ciclistas com estatuto, e terminou agradecendo à Movistar pelos últimos cinco anos: "Chegou o momento de mudar de equipa. Quero dar um novo rumo na minha carreira desportiva e buscar uma maior liberdade para desenvolver o meu potencial. O Eusebio (Unzue, diretor geral da Movistar) tentou até o último momento que eu ficasse e agradeço-lhe o gesto. A Movistar conta com grandes líderes e é lógico que centrem a equipa neles. Eu também quero experimentar até onde consigo chegar e para isso necessito de uma liberdade que a Movistar não me conseguiria dar. Talvez para o futuro possamos voltar a reencontrar-nos mas agora preciso de um espaço que na Movistar não ia ter e que a Lampre-Merida me garante".

Seto Kaiba escreveu:O Tiago Machado também já assinou contrato para o próximo ano mas a pedido da equipa ainda não revelou nada, embora se especule que seja ou a NetApp-Endura ou a MTN.