Lucho: «Renovação? Porto já falou comigo, mas vamos esperar..»
Lucho: «Renovação? Porto já falou comigo, mas vamos esperar..»
Lucho González esteve este fim de semana em França onde deu uma entrevista em estúdio no canal beIN Sport. Foi uma entrevista de carreira na qual falou praticamente de tudo: desde o início da carreira em Buenos Aires até ao presente no FC Porto.
Ora começando exatamente pelo fim, foi perguntado a Lucho se já estava a tratar da renovação do contrato com os portistas.
A resposta é que não: os responsáveis azuis e brancos já abordaram o argentino nesse sentido, mas Lucho prefere esperar até final da época para decidir.
«Não estamos a discutir nada ainda», sublinhou. «Quero ver como o meu corpo responde em campo, isso é o mais importante. É verdade que as pessoas do FC Porto já falaram comigo. Vamos ver como termina a época e depois decidimos.»
Certo é que, independentemente da decisão que tomar, o FC Porto já está num sítio muito especial do coração do médio argentino.
Passou seis épocas no clube e em todas elas foi campeão nacional, por exemplo. Foi também o primeiro capitão estrangeiro da equipa: um papel que o orgulhou.
«Foi Jesualdo que me deu muita confiança e fez de mim capitão. Fui o primeiro capitão estrangeiro da história do FC Porto. Foi uma atitude que representou muito para mim. Vocês podem não saber, mas o Porto é um clube com muita história e que exige muito de nós.»
Por isso quando o Marselha estava com problemas financeiros, em janeiro de 2012, Lucho não hesitou muito num regresso ao Dragão.
Os adeptos foram esperá-lo ao aeroporto e celebraram a volta do Comandante.
Curiosamente o gesto que as pessoas associam com bater continência, e que lhe valeu o início da alcunha de Comandante, não tem nada a ver com uma saudação militar.
É apenas um gesto de procurar o filho nas bancadas «Sim, é verdade. Sempre que marco um golo faço esse gesto para o dedicar ao meu filho como se o procurasse nas bancadas», confessou.
Para terminar, uma revelção: Lucho esteve próximo de não vir para o FC Porto: ou pelo menos de iniciar a aventura europeia longe do Dragão. Em 2002 esteve perto de assinar pelos franceses do Chateauroux, que na altura disputavam a segunda divisão francesa.
Foi três épocas antes de assinar pelo FC Porto e na altura Lucho tinha apenas 21 anos.
«Estive aqui quinze dias e não treinava, porque o presidente do Chateauroux e o presidente do Huracán não chegavam a acordo. Passado quinze dias falei com o meu empresário e disse-lhe que queria voltar à Argentina, porque estava há quinze dias à espera de um acordo e nada.»
Voltou à Argentina para assinar pelo River Plate e jogar durante três épocas no gigante de Buenos Aires, de onde saiu para o FC Porto e para uma história que ainda não acabou.
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