Portugal Open 2014

João Sousa revela como foi o seu dia no Portugal Open, em vésperas de entrar em acção frente ao argentino Leonardo Mayer, vindo do qualifying.

Hoje, foi um dia tranquilo. Acordei às 8h30, tomei o pequeno-almoço no hotel. Comi o normal: sumo de laranja, tostas com manteiga e fiambre e fruta (não sou muito de cereais).

Às 10 horas, apanhámos o transporte oficial do torneio para ir para o Jamor e uma hora depois estava no court a treinar-me com o Filippo Volandri. Fizemos alguns pontos e ele estava a ganhar 3-2 quando saímos.

Ainda não falei com o Gastão, mas se ele me perguntar alguma coisa sobre o Volandri dir-lhe-ei que é um jogador sólido, com melhor direita que esquerda. Mas acho que o Gastão tem armas para o vencer e deve estar a jogar bem, pois esteve na final em Santos, e está com ritmo competitivo que é o mais importante.

Depois de um banho, fui almoçar. Comi um arroz de bacalhau com salada mais fruta e água.

Descansei um pouco, estive na conversa com amigos e família e, às 15 horas, fiz mais uma sessão ligeira de treino com o meu treinador, Frederico [Marques], só para limar alguns pormenores. Já sei que vou defrontar o Mayer, mas só amanhã é que vamos traçar a táctica.

Depois de mais um banho e uma massagem para recuperar, voltei para o hotel, antes de ir jantar, com a família.

Ainda não sei a que horas jogo amanhã, pelo que ainda não marquei o meu aquecimento, mas, geralmente, bato umas bolas três/quatro horas antes de entrar em campo, para dar tempo para comer alguma coisa e preparar-me para o encontro.

E depois, irei dormir cerca de nove horas – raramente durmo mais do que isso.

DiogoAz escreveu:Cheira-me que não passa.

Foi um dia difícil para João Sousa que perdeu na estreia no Portugal Open, com o argentino Leonardo Mayer. Foi por isso mais fácil ouvir do seu treinador, Frederico Marques, sobre o que se passou.

O João acordou como é normal às 8h45 e tínhamos marcado encontrar-nos para o pequeno-almoço às 9h30. Saímos do hotel às 11h30 e uma hora depois estávamos a aquecer com o Dmitry Tursunov. Não reparámos que houvesse algo de estranho com ele. Treinou de forma um pouco displicente, com uma ligadura num gémeo, a vir muito para a rede e encurtar os pontos, mas ele também é assim irregular, nunca sabemos como vai treinar.

Depois de um banho, o João almoçou, peixe e arroz como gosta, com fruta e água. Quando não sabemos a hora exacta em que vai entrar, o João faz uma refeição mais ligeira e, se for preciso, um pouco mais tarde, come mais alguma coisa.

Descansou e, uma hora antes do jogo, encontrámo-nos para começar a analisar o encontro. Depois, o João gosta de ficar sozinho um pouco para as rotinas dele, colocar os grips, pintar os logos nas cordas…

Geralmente, 20 minutos antes, inicia o aquecimento físico e retomamos a conversa sobre o encontro. E antes de ir para o court, gosta de molhar a cabeça e colocar os punhos.

Sabíamos que o encontro com o Leonardo Mayer não ia ser fácil, porque o João não está no auge fisicamente. Chegou um pouco limitado, não sabemos se é um pouco mental ou físico, mas está um pouco lento no início do segundo set. Precisa de acreditar mais em si. Mas ainda faltam 20 semanas de competição até ao final da época!

Claro que a derrota custou muito ao João, como acontece sempre a jogadores como ele, muito competitivos. Normalmente, o João gosta de falar logo com os jornalistas como o fez, não foi só por ter perdido. Antes do banho fez uma corridinha e analisámos o que se passou no court. Depois, fomos preparar o treino de amanhã, com o Tomas Berdych, que iremos fazer antes do encontro de pares, com o Gastão.

Regressámos ao hotel e estivemos a ver o jogo do Real Madrid, de quem somos ambos adeptos, antes de irmos todos jantar num restaurante ao lado do hotel. É importante para ele aproveitar estes momentos para estar com os pais e irmão, pois passa muito tempo fora.