Costa Rica

Spoiler:

Guarda-Redes: Keylor Navas (Levante), Patrick Pemberton (Alajuelense), Daniel Cambronero (Herediano), Esteban Alvarado (AZ Alkmaar).

Defesas: Johnny Acosta (Alajuelense), Giancarlo González (Columbus Crew), Michael Umaña (Saprissa), Oscar Duarte (Brujas), Waylon Francis (Columbus Crew), Heiner Mora (Saprissa), Junior Díaz (Mainz 05), Christian Gamboa (Rosenborg), Roy Miller (Red Bulls New York), Kendall Waston (Saprissa).

Médios: Celso Borges (AIK), Christian Bolaños (Copenague), Oscar Esteban Granados (Herediano), Michael Barrantes (AAlesund), Yeltsin Tejeda (Saprissa), Diego Calvo (Valerenga), José Miguel Cubero (Herediano), Carlos Hernández (Wellingtong Phoenix), Ariel Rodríguez (Alajuelense), Hansell Arauz (Saprissa)

Avançados: Alvaro Saborío (Real Salt Lake), Bryan Ruiz (PSV Eindhoven), Joel Campbell (Olympiacos), Randall Brenes (Cartaginés), Marco Ureña (FC Kubán Krasnodar), Jairo Arrieta (Columbus Crew).

O filme Italia 90 conta a estreia da selecção da Costa Rica nos Mundiais de futebol, quando "Los Ticos" fizeram história ao serem o primeiro país da América Central que ultrapassou a fase de grupos, e estreia esta sexta-feira nas salas de cinema costa-riquenhas.

Faltavam dois minutos para os 90 quando o melhor jogador de todos os tempos da Costa Rica arrancou do meio campo em velocidade. Nem Schwarz, nem nenhum central sueco, conseguiu acompanhar a galopada triunfante de Hernán Medford. A lenda viva costa-riquenha marcava o segundo golo frente à Suécia, no último jogo do grupo C do Mundial de 1990, na Itália. A improvável Costa Rica garantia a única passagem na sua história aos oitavos-de-final da prova.

“O torneio foi histórico para nós do princípio ao fim”, explica ao site da FIFA “El Pelicano”, que sairia do modesto Samprissa para ser colega de Suker no ataque do Dínamo Zagreb. “Ninguém esperava que fizéssemos alguma coisa mas nós, não só tínhamos um bom seleccionador, que nos preparou muito bem, como também uma boa equipa. A competição marcou o início da era moderna do futebol da Costa Rica”.

Uma transformação do futebol do país retratada por Miguel Gómez no filme Italia 90. “As estatísticas não estavam a seu favor e eles conseguiram ultrapassá-las e conquistaram muito mais do que todos esperavam. Não iam com muitas expectativas, só queriam chegar e jogar, um sentimento universal que qualquer pessoa no mundo tem”, explicou o realizador à agência EFE.

O documentário chega esta sexta-feira aos cinemas costa-riquenhos e conta como os 22 pupilos do sérvio Velibor “Bora” Milutinovic superaram os seus medos e dúvidas para se transcenderem no primeiro Mundial da sua história e colocarem um país a sonhar.

German Chavarría, um dos heróis dos tricolores, será um dos costa-riquenhos que assistirá à estreia do filme na sala de cinema da Praça Lincoln, em Moravia, com mais de 30 membros da sua família.

“Ainda hoje conservo o cartão telefónico que comprei por 5000 liras e que nos permitiu desde Itália falar com as nossas famílias, sem que nos cortassem as chamadas. Todo o grupo o usou, até “Bora” telefonou para o México e Jugoslávia. Levo-a esta sexta-feira para mostrá-lo aos meus irmãos e sobrinhos”, partilha "Chava" ao La Nación.

Em 1990, a selecção da Costa Rica era o “patinho feito” num grupo com Brasil, Escócia e Suécia. "Los Ticos" começaram logo por surpreender com uma vitória escassa frente aos escoceses mas uma derrota, também por um golo sem resposta, num jogo disputado com o Brasil, obrigou a equipa a batalhar pela qualificação na última jornada com a Suécia.

Depois de ter estado em desvantagem, a cambalhota no marcador resultou num 2-1 final que quebrou todos os prognósticos. A equipa acabaria eliminada nos oitavos-de-final pela Checoslováquia, por 1-4, mas, na chegada à Costa Rica, os jogadores foram recebidos como verdadeiros campeões por milhares de fãs.

“Lendo e investigando, apercebi-me que nessa época existia um futebol muito artesanal. Muitos deles tinham até duas profissões e vinham de origens muito humildes. Pensei que isso, convertido em história, poderia ser muito interessante e comecei a conversar com eles para, cinco anos depois, conceber isto”, acrescenta o realizador Miguel Gómez.

O filme foi produzido num tempo recorde de apenas 21 dias, entre Março e Abril, e é transmitido a menos de uma semana da estreia do país centro-americano no Mundial do Brasil. "Los Ticos", agora debaixo do comando do seleccionador colombiano Jorge Luís Pinto, terão que repetir os feitos de 1990 para ultrapassarem os seus adversários, três antigos campeões mundiais: Itália, Inglaterra e Uruguai.


Vídeo: Golo de 'El Pelicano' ao minuto 88 que entrou para a história dos Mundiais de Futebol

Fonte: http://www.publico.pt/desporto/noticia/los-ticos-eternizados-em-italia-90-1639015

A FIFA ordenou esta sexta-feira uma medida diferente do normal, ao chamar sete (!) jogadores da Costa Rica ao controlo antidoping após o encontro com a Itália. Este dado só merece realce porque normalmente são apenas chamados dois jogadores de cada equipa para o controlo.

A comitiva costa-riquenha mostrou-se desde logo insatisfeita com a decisão, até porque o atraso poderia implicar a perda do voo de regresso a São Paulo e ter de passar uma noite no Recife para viajar no dia seguinte.

Os jogadores submetido a análise foram Bryan Ruiz, Michael Barrantes, Keylor Navas, Celso Borges, Christian Bolaños, Marcos Ureña e Diego Calvo.