Eric Van Wagenen fala sobre o futuro da Lucha Underground

WPT escreveu:Em uma recente entrevista para o TheRichest, o produtor da Lucha Underground, Eric Van Wagenen falou sobre o começo e o futuro do show mais alguns outros assuntos. Eis os highlights da entrevista:

Como o show foi criado:

Minha experiência em televisão vem de reality-shows, mas já fiz programas relativos ao wrestling como o Tough Enough e o Legend’s House da WWE. Meu trabalho inicial foi por todo mundo em acordo e que todo mundo tivesse a mesma visão. No começo foi complicado, foram varios episodios ate que todo mundo visse que o show funcionava. A ideia inicial foi da El Rey Network, que queria um show de Lucha Libre para as novas gerações de Mexico/Americanos.

Que storylines terão na segunda temporada:

Creio que uma das mais interessantes será o que vai acontecer com o personagem de Dragon Azteca e a sua mascara. Uma de lendas que queremos usar é a das sete tribos aztecas. Claramente uma dessas tribos é a de Dragon Azteca. Será que eles vão buscar vingança de Dario Cueto e Black Lotus? Outra coisa que me vem a cabeça é que Mil Muertes e Catrina tem o controle do todos os titulos e isso com certeza será uma das principais historias. Ainda tem o favorito de todos, Pentagon Jr. que está em alta, veremos como será sua relação com Vampiro. Tentaremos dar resposta a tudo que aconteceu na Ultima Lucha, mas algumas coisas demorarão um pouco. Não temos que provar nada, conseguimos mostrar isso na primeira temporada e agora temos uma grande base de fãs. Esperamos que eles acreditem em nós para crescermos e fazer o melhor possível.

O roster do show:

Posso dizer que estamos buscando mais mulheres. Temos Sexy Star e Ivelisse, mas Ivelisse passou metade da temporada com uma lesão no pé. Não é segredo que queremos chegar a um acordo com a AAA e Rey Mysterio, além disso esperamos ter os principais lutadores da primeira temporada. Nem todos estarão de volta, mas estamos a procura de lutadores que estejam familiarizados com a Lucha Libre, já que essa é a nossa essência. Queremos gente que mesmo que não tenham treinado lucha libre, sejam versáteis o suficiente para se adaptar a esse estilo, por esse motivo gente como Prince Puma, Johnny Mundo e Brian Cage são importantes, eles conseguem lutar bem com qualquer um. Pessoalmente gosto de pessoas que não tem medo de mudar, como Willie Mack e Matt Cross. São pessoas que não se encaixam no “padrão WWE”. Não tentamos competir com eles (WWE), tentamos entrar em um nicho que eles não estão.

Como as historia conseguiram conquistar o publico:

Acredito que foram graças as vinhetas e segmentos que fizemos. Se põe muita pressão nos lutadores que eles te de fazer promos diante do publico. Eu odeio esses segmentos de bastidores onde a câmera parece estar espiando, é tudo muito forçado. Nós temos um diretor, produtores e todos os tipos de pessoas que criam historia atraentes para o publico. Não nos limitamos a por os lutadores no ringue e lhe dar um guião previamente escrito. Temos os nossos equipamentos, nosso cenário e todo que se pode usar em um filme. Temos sorte de ter Luis Fernadez-Gil, que faz Dario Cueto, ele faz todo mundo mais credível porque é muito bom atuando. O que o publico vê é uma seria dramática como outra qualquer, mas que se trata de wrestling. Os lutadores tem menos peso nos ombros para conseguir que isto seja convincente.

Se lhe gostaria fazer parceiras inter-promocionais:

Muitos de nossos lutadores lutam na AAA ou na PWG, mas há um problema em uma parceria com empresas mainstreans. Em que mundo vivemos, no mundo de Dario Cueto ou no de Dixie Carter? Não sou uma pessoa do mundo do wrestling, sou uma pessoas da televisão, mas as pessoas que dirigem este show não buscam se aliar aos “Clube Old School” de promotores de wrestling. Não necessitamos disso. Uma lição que aprendemos é que podemos criar as nossas proprias estrelas. Não necessitamos disso para nos manter. A um ano atrás ninguem nos EUA conhecia Pentagon Jr., ninguém conhecia Fenix, caras como Angelico e Matt Cross eram conhecidos apenas dos fãs mais indys.

Como estão as coisas a partir de agora:

Estamos reconstruindo o templo em Boyle Heights. Havia uma preocupação de não podermos continuar gravando lá, mas iremos continuar. As gravações começam em dezembro e a transmissão começará em janeiro. Estamos felizes de poder continuar as coisas de onde paramos. Há algumas coisas relacionadas a negócios que temos que acertar, mas que se der certo pode nos garantir um futuro permanente.

O que tem de negativo em gravar por temporadas:

Parar de gravar é arriscado, se põe em risco o elenco, os empregados de produção, o local e tudo mais. É bem mais fácil manter o mesmo grupo 52 semanas por ano, mas nossa motivação é em gastar no que é transmitido e não em montar toda uma estrutura e toda parte burocrática. Somos bem claros e diretos, nossos empregados são freelancers que gostam e fazer esse tipo de show. A nossa ideia é de que a cada semana o publico tem algo para falar, essa é a nossa vantagem competitiva.

Transmissão do show para quem viver fora dos EUA:

Conhecemos esse problema. Nosso principal objetivo é para conseguir uma forma legal para o publico ver o nosso produto. A El Rey não está disponível em todo o mundo e a Lucha Underground não está em nenhum serviço de streaming ou VOD. Não posso anunciar nada oficial mas, estamos em negociação com um serviço de VOD, mas não posso falar muito agora.

Os problemas para anunciar a segunda temporada:

A El Rey sempre nos quis, isso nunca foi problema. O problema era como íamos manter o mesmo nível de qualidade que tivemos na primeira temporada. Temos investidores no México que pagaram os nossos excesso na primeira temporada, mas nada como foi como publicado na internet. A questão era de mostrar que o show era lucrativo. Ainda estamos negociando alguns contratos que se forem fechados poderão garantir nosso futuro por muito tempo. Agora temos a segunda temporada para fazer. Encontramos uma forma de fazer um show mais barato sem perder a qualidade. Já estamos criando ideias para as próximas temporadas e episódios extras no verão.