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Mensagem por CChris Seg Nov 30 2015, 21:35

Algures em Inglaterra…
 
Raul Leviátes Jr. aponta para o adversário, fazendo o simbolo de uma pistola com as mãos e expressando as suas palavras prediletas que anunciam o fim: “Vais dormir, cabrão!”. Numa arena com pouco mais de 600 pessoas, o Wrestling na Europa está bem vivo e no coração deste, encontrasse Raul.
 
Poucos conseguem chegar á elite. Poucos são os cavaleiros que conseguem lutar inúmeras batalhas sem nunca cair do seu cavalo. Poucos guerreiros conseguem manter a mesma armadura depois de anos de guerras e confrontos. O corpo de Raul, com pouco mais do que 35 anos, já atingiu o seu pique… daqui, será sempre a descer. Ainda existem alguns anos antes que todas aquelas quedas grosseiras, manobras arriscadas e embates contra o tapete, comecem a dar sinal nos joelhos e nas costas de Leviátes. Poucos anos… mas ainda alguns.
 
“Vais dormir, cabrão!”
 
E como se uma bala tivesse sido disparada de uma espingarda, bem apontada para a cabeça do adversário, Raul acerta com um pontapé decapitador no adversário e, de seguida, prende-o no seu Sleep Paralysis, pondo-o rapidamente inconsciente. Mais uma vitória para Raul, algo que ele já não esteja habituado. Apesar disso, ainda suou um bocado. Normal. Se fores para uma luta sem apanhar um golpe ou dois, não foi uma luta. Não foi nada. “Tu só aprendes a ser melhor quando o adversário consegue infligir dor em ti. Só ai percebes o que é dor… para poderes infligir essa mesma dor que acabaste de sentir no filho da put* que a causou!” Palavras de Raul Leviátes… Sênior… Por isso, Raul deixava o adversário (pensar que estava a) dominar o inicio do combate, só para sentir um bocado daquela dor nos dentes dos murros que levava na boca, ou daquelas pontadas no estomago e facadas nas costas de quando ia contra o tapete. Quando o “Cambion” levantava-se com um sorriso sádico, como se estivesse a gostar de apanhar porrada, era porque o seu adversário estava fodido!
 
Depois do show, como é habitual, Raul passa por um café qualquer perto do local onde acabou de combater. Como é habitual, também, as pessoas não sabem quem ele é. A menos de cinquenta metros daquele local, é um herói, um vilão, uma maquina de combater, um vencedor. Ali, é mais um consumidor comum que entra pela porta de entrada com o desejo de beber um café. Esta falsa fama é das coisas que Raul mais gosta na sua vida. A não ser que algum fã do show tenha parado naquele estabelecimento após o show e o reconheça, este pode desfrutar da paz de uma chávena de café após mais uma batalha… como qualquer guerreiro anseia.
 
Graças ao aspeto de Leviátes Jr., mesmo que as pessoas não o reconheçam, este não passam praticamente desapercebido. Apesar de haver cartazes com a cara dele a anunciar um show de wrestling, que tinha acontecido nessa mesma noite, por todo o quarteirão, as pessoas só reparam nos seus braços todos tatuados, nas suas calças rasgadas e justas à perna, na sua grande barba e no seu corte de cabelo estranho. As pessoas hoje andam cheias de medo com esta coisa do terrorismo. Vêm alguém com barba grande e ar estranho, começam logo a desconfiar e com medo… deveriam ter, pelo menos de Raul.
 
Este senta-se algures no meio do café, com uma grande chávena de café, enquanto acende o seu cigarro. Um dos vícios que adquiriu do seu pai, o tabaco. Leviátes Sênior não fumava por fumar, dizia que tornava a sua voz mais grossa e que o tornava, assim, mais intimidador. Uma boa desculpa para poder continuar a fumar sem que a sua mulher esteja sempre a lamuriar-se do dia em que este iria “ter uma trombose no pulmão que até o cuspia para fora”. Não acho que isso seja medicamente possível, mas a intenção é que conta.  
 
Bebendo o seu café, fumando o seu cigarro e lendo as noticias no seu Smartphone. Depois digam que os homens não conseguem fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Raul lá exercitava o polegar, passando para baixo o seu feed de noticias, há espera que alguma coisa de interessante agarra-se a sua atenção. Raul não sabe porque é que ainda vai às redes sociais, tem sido o maior cancro desde que se lembraram de ir brincar às armas no Bataclan. Para ele, que creceu a ver as novelas brasileiras que passavam na televisão portuguesa, o Bataclan é a casa de putas. Mas como é francês, é mais chique e já toda a gente quer saber.
 
No meio de toda aquele desinteresse, finalmente algo que faz com que o polegar descanse um pouco: “FPW volta para um último show… o Regresso do Wrestling em Portugal, por uma noite!”. Raul sorri. Para ele, isto não é novidade nenhuma, pois ele vai estar envolvido. O Eugênio Costa (ah… o Eugénio Costa… eu até podia falar dele aqui um bocado, mas vai ficar para outro dia) tinha-lhe telefonado aqui há dias a propor que Raul participasse no evento. Dinheiro é dinheiro e Leviátes não recusa dinheiro. Ainda por cima tem a oportunidade de ir a Portugal, visitar a sua mãe. Aceitou, obviamente, independentemente que fosse o Eugênio Costa ou não.
 
Raul abriu a noticia, para ver o que diziam do evento. Mencionavam muitos nomes. Algum deles, supostamente grandes nomes do e-wrestling atual, como Jorge Gante, Henrique Coelho ou Black… grandes nomes de quem Raul nunca tinha ouvido falar. Outros nomes, já velhos conhecidos de Jr., como Van Daal, lenda do FPW, ou o Marcio Guerra, que andava nos bastidores da companhia quando era pequeno, de roda de seu pai. Depois falam, inevitavelmente, do Raul Leviátes Jr. Um parágrafo exclusivo ao wrestler português com mais sucesso no estrangeiro na atualidade. Falam do seu tempo em Portugal e do seu tempo lá fora, do que já conquistou e do que ainda terá por conquistar. Dizem o quão destrutivo ele é e o quão mortífero as suas manobras se tornaram.
 
No fim do artigo, mesmo no fim, assim como quem não quer que seja notado, referem um jovem lutador que está agora a começar a lutar e que também é presença confirmado no show. Um tal de Diogo Oliveira. Um miúdo inexperiente a quem Costa deu a oportunidade… Foda-se! Antigamente tinha-se que penar durante anos para ter uma oportunidade. Agora, um miúdo qualquer pode combater no mesmo show que Raul? Inacreditável… é para se ver o estado do Wrestling em Portugal. Júnior dá alguns bafos de seguida no cigarro, a olhar para o vazio, a pensar… mas porque raio ele está chateado com isto? Porque raio deveria ele estar chateado por o miúdo ter uma oportunidade quando ele pode simplesmente… destruí-lo?
CChris
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