[WWF] 1996 - The Old World Disorder (Monday Night RAW - 30/09)

19 de Agosto de 1996 - dia depois do Summerslam

Acabei de sair de uma reunião com o meu futuro empregador: Vincent Kennedy McMahon Jr., para o qual começarei trabalhos a partir de 23 de Setembro, dia a seguir ao In Your House 10.
A razão pela qual tomarei o lugar de head booker é simples: os ratings estão baixos, a WWF tem a WCW a superiorizar-se a si e, portanto, competição mais significativa que nunca. E apesar de tudo, o Vince vê que há coisas que estão erradas.
Na reunião toquei em alguns pontos simples acerca de ontem: “o Vader ontem devia ter ganho o título / é um desperdício o Austin estar em dark matches, o ano passado o Mabel teve uma title shot / o pessoal não está a reagir ao Sid como era suposto, com o Bulldog importam-se e deram-lhe um job curto para o primeiro...”. E o Vince nem reagiu mal a estas coisas.
Mas claro, falaram-se de coisas bem mais importantes: falei do facto de a nWo ser uma ideia genial por parte da WCW e que assim é normal que percamos nos ratings, porque nada há de fresco na WWF. Disse que nunca o Hall e o Nash connosco foram tão bem utilizados. Disse que precisamos de responder com coisas novas. Ele concordou.
Disse que não faz sentido as três maiores estrelas da WWF serem babyfaces, ele falou em dar uma turn ao Sid. Eu disse que não me convém, que sou fã de old school booking mas que os heels também podem ser gente que o público adora e que dar uma turn ao Bret ou ao Shawn nem seria descabido. Ele ficou relutante.
Também falei no undercard: o nosso ao pé do da WCW é lixo. Temos muito feeder e pouco nome credível e não temos wrestling no midcard e no fundo do card. A WCW tem os cruiserweights, nós temos uns cinco lutadores abaixo de 100kg e tratam-se de jobbers e de tag team wrestlers sobretudo. Propus a criação de uma divisão junior com pressa. O pedido foi acedido e haverá um torneio após o In Your House. Como o Vince nem está assim tão convencido só me deu spots no Superstars para isso. A final, claro, será no IYH 11, mas só isso.
A divisão tag team deles também é bem superior há nossa, têm equipas que se justificam bem mais que as nossas, com história: Harlem Heat, Steiner Brothers, Road Warriors, por exemplo. Nós temos Owen e Bulldog e somente os Smoking Gunns. O resto tem pouca credibilidade e também isso tem de mudar.
No mercado internacional também nos ganham ao ter uma parceria com a NJPW e pedi a ver se se arranjava algo com uma federação japonesa, uma mexicana e a nível interno com a ECW para puxar fãs mais entendidos. Ele disse que podia tentar.
Fi-lo notar que para além, por exemplo, do Camp Cornette ser um grupo com um grande manager, um excelente monstro e dois Harts que são valiosos tanto em singulares como em equipa, o grupo não tem grande motivo de existência.
Como tal, com isto em conta e tudo mais... a partir do In Your House 10 vão haver mudanças.

Lutadores da WWF:

Títulos da WWF:

Índice de Shows:

Atualização: parcerias e torneio Junior

O Vince prometeu tentar, mas não sabia que iria ser tão rápido quanto isto. Ao fim de uns dias mandou-me um e-mail a dar por concedidos os meus pedidos relativamente a parcerias e ao torneio pelo novo WWF Junior Heavyweight Championship. Tudo está perfeito para começar este capítulo e parece-me que teremos uma divisão Junior de qualidade graças às parcerias.

Internamente a ECW aceitou juntar-se a nós numa troca de talentos e promoção mútua. A promoção contudo, da parte deles será um certo trashing porque iremos ser aquele irmão com a cabeça no lugar e eles os rebeldes. Fora de portas, o mesmo se passou com a Michinoku-Pro no Japão e a CMLL no México. No México também a AAA era uma possibilidade mas o Vince foi pela história e escolheu a CMLL. Não me oponho, sinceramente. Tal como não me oponho com a escolha da Michinoku-Pro. É uma federação mais pequena que a NJPW e a AJPW mas destas, a primeira, apesar de ser o ideal, tem parceria com a WCW e a segunda tem alguns bons nomes mas em termos de divisão Jr. fica-se pelo razoável. E o Vince acha que não quer depender de bons nomes da AJPW no resto do card. Talvez se o título Intercontinental um dia precisar, mas só aí. E uma vez mais, concordei na escolha.

Finalmente, como o nosso roster base de juniores é escasso pedi uma contratação e uma subida vinda da USWA. E no mesmo e-mail tive a resposta de que ambas estão concretizadas. O Vince não brinca e estou super satisfeito com todas as novidades.

A subida é a de Brian Christopher. Ele tem 24 anos e podia estar mais desenvolvido, mas é um nome da casa e o miúdo transpira carisma. Gosto da faceta arrogante dele. Temos aqui alguém que quando for menos verde poderá ser um nome importante. Atenção que não digo que lhe falta qualidade, longe disso.

A contratação é, para mim, mel. Tem 27 anos, vem do Japão e o público lá adora-o. Espero que cá também. Não deverá ser difícil, basta verem-no voar. Vem da Frontier Martial-Arts Wrestling e também é conhecido pelas deathmatches mas aqui até aos miúdos vai agradar, pela máscara colorida e pelo tal estilo de luta voadora. Trata-se de Hayabusa. Estou mesmo feliz por tê-lo no roster.

Posto tudo isto, já tenho os combates para o torneio planeados. Seis na primeira ronda, as semi-finais serão com três homens. Eis os participantes e a line-up:

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Aldo Montoya | Brian Christopher | Brian Pillman | Chris Jericho[ECW]

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Dr. Wagner Jr. [CMLL] | Hayabusa | Hector Garza [CMLL] | Marty Jannetty

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Mikey Whipwreck [ECW] | Sho Funaki [M-Pro] | Taka Michinoku [M-Pro] | Too Cold Scorpio [ECW]

1ª ronda:
1. Hayabusa vs. Too Cold Scorpio [ECW]
2. Brian Christopher vs. Hector Garza [CMLL]
3. Aldo Montoya vs. Taka Michinoku [M-Pro]
4. Dr. Wagner Jr. [CMLL] vs. Sho Funaki [M-Pro]
5. Brian Pillman vs. Mikey Whipwreck [ECW]
6. Chris Jericho [ECW] vs. Marty Jannetty