2016 em 16 momentos #3 - 173 rumores apontavam um retorno!
2016 em 16 momentos #3 - 173 rumores apontavam um retorno!
O texto a seguir foi escrito pelo Luiz Tanaka do Rádio de Pilhadriver.
Eu sei...Eu sei...Pouca gente que acompanha Wrestling aqui no Brasil deve ter vivenciado a época de ouro – literalmente – de Goldberg na WCW. Então por qual motivo tanta gente se importou, de maneira positiva ou negativa, com seu retorno para a empresa de Stamford, com a qual tinha cortado relações desde o pífio combate contra Brock Lesnar na WrestleMania 20?
Nostalgia talvez seja a melhor resposta para esta pergunta. Mas o retorno, mesmo que parcial, de Goldberg representou muito mais do que este sentimento. Ele trouxe para a programação semanal algo que estava em falta: um herói genuíno. Bill veio ao ringue e mostrou-se como um verdadeiro Bad-Ass. Ele falou sobre sentir falta de ser um super-herói para as crianças e sobre querer que seu próprio filho o visse como um modelo de ser humano. Naquele momento não havia o mesmo homem de 2002 que foi uma clara decepção, ou o mesmo homem da WCW que só queria destruição, havia um homem que tinha um claro objetivo em mente: dar orgulho aos fãs e à família uma última vez em sua carreira.
Como eu disse na introdução do texto, sou um rapaz de 18 anos. O Wrestling, independentemente do que os nossos documentos mostram, nos torna crianças. Nós choramos, nós fazemos birra e ele nos faz ter um dos mais belos sentimentos: a felicidade genuína. Naturalmente em nossas vidas temos a ânsia de ver o bem vencendo o mal. Quando Bill Goldberg retornou, a felicidade genuína de uma criança tomou conta de mim, porque eu sabia que aquele homem gigante malvado que atende pelo nome de Brock Lesnar finalmente poderia ser destroçado. Como criança que não teve a oportunidade de ver Goldberg em seus tempos áureos, ver todas aquelas pessoas na arena cantando seu nome foi um momento mágico, mítico...Histórico.
Pouco mais de um minuto... A WWE conseguiu mostrar a vulnerabilidade do mal. O mal perdeu em pouco mais de um minuto. A criança na arena viu aquele homem de 49 anos de pé, segurando seu filho, emocionado por ter atingido ao seu objetivo. O filho de Bill Goldberg, que jamais havia visto seu pai demonstrar toda sua força, agora tem a pura certeza de que ele é o super-herói que ele jamais encontrará em qualquer outro lugar. Genuinamente, crianças sentem-se contentes por aquele brutamontes ter vingado tudo que aconteceu de ruim com seus lutadores preferidos. De que importa o tempo? De um jeito ou de outro, recordaremos deste embate por muito mais do que um minuto.
“Ah, mas promoveram demais para tão pouco tempo”. É uníssono entre os fãs “inteligentes” este sentimento. A equipe criativa tinha em mãos aquilo que poderia ser um fracasso técnico ou um desenvolvimento de história. Felizmente, optaram pela segunda opção e encontraram outro motivo para transformar aquilo em um momento único.
As crianças de 2016 podem até ter tido 16 momentos para lembrar por agora, mas tenho certeza que só um destes jamais será esquecido.
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