HOW - Combates do Mês
HOW - Combates do Mês
O Ace da DDT adiciona mais uma ótima match ao seu curto e inexperiente currículo de apenas 4 anos como profissional.
Isso era exatamente o que eu estava esperando desses dois: Uma back & fourth match, com boa psicologia e spots extremamente ousados e perigosos.
Essa foi provavelmente a melhor match do reinado de Takeshita até o momento e contra, no que eu considero, um dos melhores Junior Heavyweights do Japão. Uma match com um bom build, começo lento com um pouco de chain-wrestling, aumentando o pace conforme o tempo, com bons spots no meio e com boa psicologia, onde ambos sempre buscavam o pescoço um do outro em troca de deixar essa parte enfraquecida para os seus finishers, que são justamente focalizados nessa região. Com um bom build e uma psicologia simples, ambos fizeram um closing stretch incrível, que manteve a crowd investida no combate inteiro.
No fim, todo o esforço de Ishii não foi o suficiente para bater o Ace, que segue como campeão e vai mais uma vez para o Sumo Hall com o título máximo em sua cintura. Com certeza é um ótimo ano para a DDT, que mantém a qualidade em suas big matches e não decepciona em seus Main Events. Excelente.
Rating: ****1/2
O ''British Strong Style'' é um dos melhores e mais famosos estilos do mundo do wrestling, e realmente não é atoa.
Não é uma match que recebe um build e um começo mais lento, simplesmente porque são dois caras se matando com stiff strikes por 13~15 minutos. E uma das coisas que mais aprecio nos combates do Riddle é como tudo fica no ringue. Simplesmente são dois dos melhores wrestlers da empresa tentando provar quem é o melhor e dando tudo de si. O final foi inteligente e fruto de um bom booking, com Dunne aparecendo na rampa e distraindo Banks, assim lhe custando a vitória e protegendo o vencedor do Super Strong Style deste ano.
Apesar de ter sido uma excelente match com um pace e um nível de fisicalidade alto, eles tentaram muito pela famosa fórmula da match ''épica'', aplicando alguns moves desnecessários e entrando na zona de ''overkill''. Um pouco mais de selling e menos de alguns big moves, com certeza faria essa match ainda melhor. Como dizem: As vezes o menos é mais.
Rating: ****1/2
A boa e velha slugfest. E o mais interessante é que ela não começou como uma.
Ambos começaram trabalhando na dinâmica força x velocidade, o que fez total sentido, mas em breve o storytelling entrou em ação quando Ishii desafiou Ibushi a trocar strikes. No fim, a match se transformou em uma maravilhosa slugfest, com bom moves, momentos de no-selling muito bem posicionados realçando o strong style e a resiliência de ambos, e claro, como Ibushi se superou e bateu Ishii dentro de seu próprio jogo.
Uma match com uma fórmula simples e efetiva e com uma boa história, provando que não é preciso fazer inúmeras coisas para criar uma excelente match com um âmbito objetivo.
Rating: ****1/2
''No flips, just fists''.
Isso era exatamente o que eu queria esperada desses dois: Stiffness. Após um excelente combate no Champion Carnival que deixou um gostinho de ''quero'' mais, eles finalmente se enfrentaram pelo título máximo da empresa.
Uma rivalidade bem construída, onde Suwama era o famoso ''man on a mission'', fazendo de tudo para conseguir o título pela sexta vez, chegando até usar alguns ''dirty tricks'' durante o combate para isto, negando alguns rope breaks, etc. Mas no fim, não foi o suficiente para derrotar Ishikawa, que vem sendo tratado com uma força imparável dentro do roster desde o Champion Carnival, e que provavelmente, na minha opinião, é o melhor ''big guy'' do wrestling atualmente.
No geral, eles seguiram a boa fórmula: Começo lento, transições de pace e um closing stretch excelente, e que é algo costumeiro na All Japan desde os golden days da empresa nos anos 90.
Mais um excelente Main Event da All Japan neste ano, tanto em qualidade como em questão de booking, onde sinceramente eu não encontrei um erro que me deixou infeliz como um espectador assíduo da empresa.
Rating: ****1/2
Eu tinha expectativas para este ser o melhor combate do evento e felizmente estava certo.
Não há muito o que se comentar, quem assiste ou acompanha Dragon Gate as vezes sabe que eles provavelmente possuem o melhor tag team wrestling da atualidade e um dos melhores da história, então não podíamos esperar um algo apenas mediano pelos títulos de dupla no Co-Main Event do maior show do ano da empresa.
Um combate com pace elevado, com moves em conjunto e combinações com um visual estético que realmente dão um tom de entretenimento ao combate, com emoção e drama, e uma boa história, onde os mais jovens não foram capazes de destronar os veteranos e sua experiência. Simples, efetivo e com qualidade.
Se você é fã de combates com um ritmo alto, bons spots e um excelente tag team wrestling, este é um que realmente não pode ficar de fora da sua lista.
Rating: ****1/2
Se você ainda não sabe ou não acompanha o reinado de Trevor Lee como CWF World Heavyweight Champion, sinto lhe informar que você está perdendo um dos melhores reinados da atualidade e um dos melhores wrestlers americanos da atualidade.
Para quem não conhece, neste reinado, Lee foge de seu estilo ''spotmonkey'' que muitas companhias utilizam (como GFW e PWG) e trabalha em matches longas de no mínimo 25 minutos e extremamente físicas, e aqui não foi diferente.
Acho que de todos os combates que acompanhei desse reinado, esse foi o único que vi Lee sendo absolutamente dominado do começo ao fim. O storytelling, que foi o foco principal aqui, se consistiu em Elgin dominando pelo seu tamanho e força contra a inteligência e espirito de luta do campeão.
No geral, foi uma match bem estruturada e do jeito que deveria ser. Elgin dominando com sua ofensiva incrível (uma das melhores do wrestling atual), Lee com seus comebacks muito bem posicionados e uma história bem contada.
No fim, Lee conseguiu a vitória com um crucifix pin na distração de Elgin, o que foi inteligente, pois condiz exatamente com a história que eles estavam tentando contar e protegeu ambos, mas ficou algo meio anti-climático que me impede de ir mais alto na nota. Porém, continua sendo uma das melhores matches do mês e adiciona mais uma defesa espetacular ao currículo de Lee.
Rating: ****1/2
Ah, essa match... Que guerra.
Absolutamente incrível e provavelmente a minha match favorita da curta e incrível carreira de Riddle. Simplesmente uma excelente back & fourth match, com hard-hitting e dois heavyweights trocando chops, suplexes e ''big bombs'' da maneira mais linda impossível em algo eletrizante e que te faz ficar focado no que eles estão fazendo todo o tempo.
Foi uma match simples e que me fez amar cada segundo dela. Aliás, WALTER é um melhores e mais interessantes wrestlers para se acompanhar na atualidade e um cara que eu realmente recomendo checar suas matches este ano.
A revanche entre ambos já está marcada para este mês e eu mal posso esperar. Simplesmente incrível.
Rating: ****1/2
O primeiro tour, a primeira match pelo título e um marco histórico.
A primeira coisa que eu quero ressaltar sobre essa match é o selling INCRÍVEL e o nível de realismo que eles conseguiram transmitir através dessa qualidade. A match teve um bom build, inicio lento, mas objetivo. Omega desde o início começou a buscar o pescoço de Ishii para o One Winged Angel e também, claro, que para outros moves, já que a maioria é focalizada nessa região. A intensidade obtida e trabalhada, misturada com o selling fez algo incrível, onde ambos souberam a hora certa de levar certos bumps e aplicar certos spots. Ishii foi incrível como sempre, principalmente em seu selling.
Os momentos finais dessa match foram absurdos e com alguns nearfalls incríveis. Quando você pensava que eles estavam terminando, eis que havia mais um reversal para o último suspiro do adversário. Para finalmente bater o ''The Cleaner'', Ishii chegou a utilizar o finisher do mesmo, o que fez um bom callback para match anterior entre ambos no Wrestling Dontaku, onde Omega usou do mesmo artificio.
Essa match também contou com um spot um tanto quanto memorável e único, onde Ishii morde as cordas para evitar o Dragon Suplex sobre a mesa.
No fim, esse ficou marcado como o melhor combate entre ambos em uma match muito mais física e intensa que as anteriores, e no que poderia ser tranquilamente um Main Event pelo título máximo da empresa.
Rating: ****3/4
Eu tinha certas expectativas, mas estava meio apreensivo por serem dois wrestlers que os estilos não combinam em certos pontos, mas com TODA certeza eles abriram o torneio de um forma especial.
Muitas pessoas podem olhar essa match com a perspectiva de que foi apenas uma spotfest (e se fosse, seria uma santa spotfest), mas não. Há uma boa história por trás disto tudo.
Após passar 2 anos afastado da empresa vivendo sua vida, Ibushi finalmente retornou. Será que ele realmente pode levar Naito ao seu limite? Sim, incrivelmente sim.
Tudo se baseou em como Ibushi reagiria e estaria após o seu retorno. Muitas coisas mudaram desde a sua saída. A companhia evoluiu, os wrestlers ficaram mais experientes e podemos observar isso logo em seu adversário. Naito mudou sua personalidade, se reinventou, se tornou mais experiente e acima de tudo, cresceu e evoluiu como wrestler. Então, as coisas não mais as mesmas, e a ''poeira'' que Ibushi adquiriu durante sua ausência poderia facilmente lhe custar sua vitória, o que foi o caso.
Apesar dos spots perigosos, eles atuaram com uma boa psicologia, trabalhando sobre o pescoço com moves estéticos e visualmente destrutivos. Quando Ibushi tentava quebrar o pescoço de Naito ao meio, Naito respondia da mesma maneira, e no fim, venceu o melhor.
Ambos foram incríveis. Creio eu que ninguém trabalhar com um senso de urgência tão alto como Ibushi. Todo seu coração, como ele traz seu ''A game'' para todo combate faz dele um wrestler único e que realmente faz falta e traz algo ''fresh'' para o torneio.
No fim, venceu quem quis mais, quem teve o pescoço mais forte, quem sobreviveu aos diversos suplexes, neckbreakers, piledrivers nesse embate e colisão de mundos espetacular.
Rating: ****3/4
Após um combate decepcionante na edição de 2015, cá estamos nós aqui novamente e a decepção passou longe de cogitação com esses dois em 2017.
Uma match que me manteve atento 100% do tempo. Com um começo lento, com ambos se conhecendo e já demonstrando onde iriam em termos de storytelling, com Elgin dominando o campeão do começo ao fim com sua força. E mais uma vez, Okada teve que ir fundo para derrotar seu adversário, que o levou ao absoluto limite.
Além da história contada a longo prazo, com Okada cada vez mais se ''enfraquecendo'', mas ao mesmo amadurecendo com as surras que vem levando, eu tenho que destacar o trabalho de ambos em seus respectivos papéis. Elgin fez um work on top absolutamente incrível com seus power moves e Okada deu uma aula de selling, contando uma boa história e construindo um closing stretch com alguns nearfalls incríveis que fizeram a crowd do Korakuen Hall ir ao delírio.
Cada move, cada expressão, cada momento contou uma história com uma vertente diferente, mas que no fim do dia, irá culminar no mesmo ponto. Isso é psicologia. Isso é saber contar uma história que irá influenciar diretamente no combate, no personagem e na história do reinado de Okada. Com mais uma match sensacional adicionada ao currículo de ambos, Elgin provou mais uma vez porque é considerado o melhor powerhouse da atualidade, e Okada um dos maiores e melhores wrestlers que já pisaram o pé em um ringue, colocando mais uma MOTYC de estilo diferente com um adversário de estilo diferente.
Não há muito o que se escrever, apenar sentar, sentir e aplaudir tudo o que isso proporciona e proporcionará em um futuro próximo. Agradeçam por estarem presenciando história sendo feita, pois o ano de 2017 está sendo absolutamente mágico para o fã de Pro-Wrestling.
Rating: *****
Ribeiro- WWE Tag Team Champion
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Re: HOW - Combates do Mês
The Local Hero- Campeão Nacional da APW
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