Luís Figo: Prémio Artur Agostinho 2009

Luís Figo: Prémio Artur Agostinho 2009
O APANHA-BOLAS DOS CINCO VIOLINOS

Luís Figo manteve-se igual a si próprio durante as horas que passou com Record para receber o Prémio Artur Agostinho referente ao ano de 2009. Humilde, frontal nas respostas, mesmo que uma ou outra vez as pondere bem, com humor. Aos 37 anos, e sete meses depois de ter terminado uma brilhante carreira futebolística, Figo continua ligado ao futebol mas longe dos relvados e nem por brincadeira voltou a calçar as chuteiras. Tem vários projetos mas nenhum a médio ou longo prazo, prolongando para a nova vertente da sua vida profissional os princípios que definiu enquanto jogou.

Quando se juntou aos jornalistas de Record - Artur Agostinho, António Magalhães, Rui Dias e José Carlos Freitas, mais Miguel Barreira e Francisco Rivotti da fotografia, e Bruno Vaz, operador de vídeo - não escondeu um sorriso de satisfação que logo se apressou a sublinhar ser "de grande orgulho". E explicou.

"Receber o Prémio Artur Agostinho das mãos do próprio é algo muito especial para mim, já que me habituei a respeitar um nome tão grande do jornalismo desportivo português. E mais por se tratar de um troféu que já foi entregue a um grupo muito restrito de pessoas ligadas ao futebol nacional. Sinto-me mais uma vez recompensado pelo que fiz ao longo de todos estes anos e feliz por um jornal como Record me considerar merecedor deste prémio."

Luís Figo sucedeu a Pauleta, Luiz Felipe Scolari, Rui Costa e Cristiano Ronaldo na lista das personalidades distinguidas com o Prémio Artur Agostinho.

Antes de se avançar para a entrevista que se publica nas páginas seguintes, houve tempo para uma boa conversa entre amigos, enquanto Figo se sujeitava, pacientemente, à sessão de fotografia de Miguel Barreira. Entre uma bica e um pastel de nata, Artur Agostinho falou dos craques do seu tempo e os Cinco Violinos vieram à baila. Luís Figo, que não os viu jogar, não fez a coisa por menos quando o nosso antigo diretor lhe perguntou onde ele próprio se poderia encaixar naquele famoso ataque do Sporting.

"Nos Cinco Violinos nem pensar, só se fosse a apanha-bolas", e riu-se sem complexos, recordando, por seu lado, outros nomes grandes da história do futebol português