Reina apresenta os 23 da Espanha e os «pinos» de Portugal

por Zecena Ter Jul 13 2010, 17:34

No palco da praça Puente del Rey, em Madrid, Pepe Reina transformou-se no actor principal da festa do título mundial. Como há dois anos, após a conquista do Campeonato da Europa, o guarda-redes agarrou-se eufórico ao microfone, saltou para a frente da equipa, agradeceu a força transmitida pelos milhões de adeptos e, com um monólogo que fica para a história, apresentou todos os seus companheiros de «La Roja».

Primeiro, o capitão, Iker Casillas: «Com o 1, o rei nascido em 1981. É um santo de Móstoles, parou o penalty do Paraguai nos quartos e parou tudo por cima contra a Alemanha.»

Seguiu-se, com o 2, Raúl Albiol, que «persegue os famosos e se mata por um pin». Depois, Gerard Piqué, «o central do mundo». E Carlos Marchena, o número 4 com «55 partidas sem ser batido». «Com o 5, a cabeça de Espanha, pôs-nos na final com a cabeça e o seu cabelo de Tarzán de África. O Homem que come canelas... Carlos Puyol!»

Reina seguiu para o 6: «Sweet Iniesta. O homem que escreveu o guião da final, o homem que toda a Espanha ama». Continuou com o 7 de David Villa, o nome do golo espanhol; e com o 8 de Xavi Hernández, «a batuta, por aqui, por ali». Ao 9, Fernando Torres, Reina dedicou o sonho do Mundial: «Fez-nos sonhar, fez-nos acreditar e por isso ganhámos esta taça». E o 10, Cesc Fàbregas, proclamou de «futuro do Barça, futuro de Espanha».

Joan Capdevila, o 11, também teve direito a elogios: «O dono da ala esquerda, o incombustível, o fenómeno, é feio de cojones». O mesmo aconteceu com o 12, Victor Valdés, «o génio, o carácter»; com o 13, um «tornozelo mágico» chamado Juanín Mata; o 14, o «pulmão» Xabi Alonso; e o 15, o «índio» Sergio Ramos.

Reina apresentou ainda o seu homem do Mundial, o «limpa-neves», o «polvo», os «tentáculo de Espanha, o homem que tira, dá, joga e faz duvidar»: Sergio Busquets. Ao 17, Álvaro Arbeloa chamou «o espartano» e ao Pedrito 18 «o autêntico, o inigualável», sempre ao sprint.

Com o 19, Fernando Llorente, «o camião de La Roja». «Marcou contra Portugal, os centrais de Portugal pareciam pinos. Aviou os três, os quatro, os cinco.» Em seguida, Javi Martínez, «o homem que rouba mais bolas no planeta, a força, a garra, o músculo, a entrega de Espanha». Depois, David Silva, «o polivalente, e Jesús Navas, o jogador que «fugiu do manicómio», o «passarinho louco, o nervo da selecção».

«Com o 23, com uma dor de cabeça que não posso, este humilde speaker que está convosco de coração», gritou Reina, antes de encerrar o espectáculo com a homenagem ao seleccionador «Dom Vicente del Bosque»: «A bondade em pessoa. O homem correcto, não há palavras vazias. Trouxe-nos até aqui e fez-nos ganhar a que queríamos, a amarela com que sonhávamos...»