Mundiais: Portugueses a postos

Os portugueses Rui Costa e Nuno Ribeiro vão disputar a prova de fundo de elites dos Mundiais de ciclismo de estrada acompanhados por Sérgio Paulinho, que também vai alinhar no contra-relógio, a par de Tiago Machado.

"A selecção vai ser esta, se não acontecer nada em contrário. Uma lesão, uma queda ou qualquer situação anómala", disse hoje à agência Lusa o seleccionador português, José Poeira, acrescentando que o representante luso nos sub-23 nos Campeonatos do Mundo de Mendrisio (Suíça), em ambas as especialidades, "à partida, será o Nélson Oliveira (CC Lugo)".

Rui Costa (Caisse d'Epargne), Nuno Ribeiro (Liberty Seguros), vencedor da Volta a Portugal, e Sérgio Paulinho (Astana) correm a prova de fundo (262,2 quilómetros) a 27 de Setembro, três dias depois da realização do "crono" (49,8) com a participação de Paulinho e Tiago Machado (Madeinox-Boavista). Os sub-23 disputam o contra-relógio (33,2) a 23 de Setembro e a prova de fundo a 26 (179,4).

"Nunca é fácil obter bons resultados, porque nos Mundiais estão lá sempre os melhores do Mundo, mas também não é impossível. Temos, na nossa equipa, um corredor que já fez um pódio nos Jogos Olímpicos [Paulinho], corredores jovens com muito boas prestações no estrangeiro e o Nuno Ribeiro, que tem muita ambição, consegue sempre participações honrosas e está a atravessar um bom momento", explicou o técnico.

Segundo José Poeira, o percurso da prova de fundo em elites "é um pouco complicado" e "stressante". "Tem duas subidas, com oito e nove por cento de inclinação, e uma descida em contexto urbano, numa estrada estreita, rotundas e várias curvas de 90 graus, que podem provocar cortes no pelotão. Não há recuperação nenhuma ao longo dos 260 quilómetros, acaba por ser bastante difícil pelas subidas e pelo stress das descidas e das rotundas, o que equivale a uma distância maior. Qualquer um dos corredores adapta-se ao percurso, desde que esteja bem", garantiu José Poeira.

O seleccionador realçou ainda a importância de "trabalhar para o futuro", destacando a chamada do "estreante" no contra-relógio Tiago Machado, classificando-o como "um dos melhores em Portugal", conferindo-lhe "uma oportunidade para mostrar o valor fora do país".