WWE: The Revolution

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Chicago, Illinois – 21/06/2009

O PPV começa – com três anos e meio de atraso – com os comentadores Jim Ross, Josh Mathews e Matt Striker a darem as boas-vindas.

1. Steel Cage: RANDY ORTON vs. MR. KENNEDY
Com Cody Rhodes, Ted DiBiase (WWE Tag Team Champions e dois terços do grupo Legacy, cujo líder é Randy Orton), Angelina Love, Velvet Sky (“amigas” de Rhodes e DiBiase) e AJ Styles (“Mr. Money in the Bank” e pertencente a esta feud) banidos das instâncias do ringue, esta velha rivalidade – com início em Janeiro, no Royal Rumble, e cujo final deveria ter sido na WrestleMania – deu o pontapé de saída ao PPV, uma vez que ter um combate de jaula e um EC no mesmo evento requer duas estruturas meio coise.

Com tanto ódio, e como a vitória só se podia dar através da fuga da estrutura, a contenda foi física e extremamente intensa. Orton tentou trabalhar na zona do pescoço do “Loud Mouth”, enquanto Kennedy não queria saber de romantismos e atacava o seu rival de qualquer maneira e feitio. Desde que lhe acertasse e aleijasse, o resto era paisagem. A contenda começou equilibrada, com nenhum a querer acabar com a mesma, mas depressa ficou hostil e repleta de momentos “ouch”, ou seja, que até ao público aleijava. A jaula foi usada várias vezes como parceiro de tag team. Houve alguns momentos giros, como dois Superplex de Orton e um “Mic Check” de Kennedy em cima do turnbuckle (!), embora a acção também tenha passado pelo topo da jaula, com cada um deles a poder cair a qualquer momento – tanto para fora como para dentro. Os socos e os pontapés foram uma constante e por várias vezes cada um só se aguentou através da vontade do outro em infligir mais dor. Com ambos exaustos, mental e fisicamente, o fim deu-se quando Orton procurava o “RKO”: Kennedy empurrou-o contra a jaula, aproveitando o ímpeto do “Viper” para aplicar um “Mic Check”. Como demorou a sair pela porta, com esta aberta durante muito tempo, Orton amarrou-lhe nos pés, puxando-o e procurando atacá-lo com um German Suplex; o loiro contra-atacou e ficou atrás de RO, empurrando-o contra as cordas perto da porta e caindo para trás. Sem pestanejar, o nativo de St. Louis aplicou um “RKO” duríssimo, saíndo pela porta de seguida, deixando-se cair quando estava com os pés no chão. Quando a jaula já estava no topo, e com Kennedy ainda na lua, após 15 minutos de um belo opener, o ex-WWE Champion arrumou definitivamente com a feud ao atacar o nativo de Green Bay com um potente “Punt Kick”, sorrindo de satisfação em seguida.

» No backstage, os Legacy confortam o vencedor. AJ Styles apareceu entretanto e confrontou Orton, dizendo que, embora o respeite pela sua performance num combate tão duro, não esqueceu o passado. “Quando estiveres a 100%, porque é só assim que eu funciono, estarei aqui para te fazer engolir o que tens andado a fazer. Venhas com companhia ou não, vou ser EU a acabar contigo.”

» O United States Champion, CM Punk, está junto de Todd Grisham. Questionado sobre o main event, o “Straight Edge Savior” afirmou que não está preocupado. “Quando se é Straight Edge, é-se superior a toda a gente. Quando se é novo e tem sangue nas veias, é-se superior a toda a gente. Quando já se é campeão e pode acontecer de ser um campeão duplo no fim da noite, é-se superior a toda a gente. Como vês, as probabilidades estão todas a meu favor. Seja quem for que apareça (ou não) no combate, não estou minimamente preocupado. Sei perfeitamente que posso – e vou – vencer os meus cinco adversários. Posso derrotá-los um a um, sem qualquer problema. E, se estás a pensar que a estrutura e o ambiente de uma Elimination Chamber me atemoriza, podes tirar o cavalinho da chuva. Eu nasci para momentos como este. Eu treinei para momentos como este. Eu VIVO para momentos como este. Independentemente da dor que vir a sofrer, o que me interessa, neste momento, é ser o único resistente. O que me importa, neste momento, é poder ser chamado de Undisputed World Heavyweight Champion. Aconteça o que acontecer, a minha cidade natal de Chicago vai poder orgulhar-se, esta noite, de poder chamar a alguém… campeão.”

2. Last Man Standing: BIG SHOW vs. MARK HENRY
Big Show derrotou Umaga na WrestleMania e ausentou-se por um par de meses, em compromissos profissionais extra-WWE, enquanto o “World’s Strongest Man” foi derrotado por John Cena e “olvidado”; até ao dia em que se fartou e, sob promessa de destruir tudo o que via à sua frente, exigiu um combate no Judgment Day (salvo erro) com alguém que lhe desse luta. Esse alguém foi Big Show. As coisas escalaram e deu nisto.

O combate foi o típico gigante vs. gigante a que estamos acostumados. As armas usadas basearam-se na zona do ringue – barreiras de protecção, escadas, borda do ringue, mesa dos comentadores, cadeiras e uma mesa. Com alguns membros do público a gritar “Boring”, “Sexual Chocolate” ou “We want tables”, ambos os ‘animais’ deram conta de um combate lento mas entretido. A contenda começou com Big Show por cima, aproveitando uma maior frescura, levando a que Mark Henry tentasse, inclusive, desistir da mesma, mas uma tentativa falhada de “WMD” levou a que Henry ficasse ‘na frente’, utilizando uma cadeira para tentar dizimar as costas do “World’s Largest Athlete”. Momentos giros deram-se num Suplex de Big Show através da tal mesa, colocada no ringue, bem como um doentio “World’s Strongest Slam” em cima de uma cadeira… fora do ringue. Porém, as contagens foram poucas. O palco de entrada também foi usado e foi assim que o combate terminou, após mais de 10 minutos de acção duríssima, quando, após uma ‘ameaça’ de catástrofe, foi só Big Show a sofrer, quando MH o atirou contra os LED’s posicionados abaixo do titantron, seguido de um “World’s Strongest Slam”. Uma contagem de 10 mais tarde, a contenda estava finalizada. Coxeando mas gritando pela vitória, Henry abandonou as instalações enquanto um punhado de árbitros e oficiais tentavam dar conta do estado físico de Show.

» Chris Jericho está no seu balneário, quando Todd Grisham o interrompe. “Nem comeces, Todd. Sei que este é o teu trabalho, mas não canses saliva. Sim, ouvi o que o meu querido adversário CM Punk teve a dizer. Sim, estou confiante e seguro que vou vencer. E, sim outra vez, só há um final possível para o combate desta noite: “Y2J” = World Champion. É tão certo como hoje ser domingo ou tu teres cara de palerma. Chris Jericho será vitorioso. Chris Jericho vencerá quem se colocar à sua frente. E nenhum dos meus adversários – ou eu, por sinal – jamais será o mesmo. Nunca mais ninguém será o mesmo.”

3. No Holds Barred: SHELTON BENJAMIN vs. EVAN BOURNE
Isto começou no primeiro SmackDown desta selva, ou seja, depois da WrestleMania, e neste momento este é o quarto combate singular da série. Shelton venceu um, Bourne venceu outro e o terceiro deu em double count-out.

Esta contenda começou com o público meio apático, com algumas iniciativas e séries de manobras – de ambas as partes – a merecerem alguns gritos do público. Foi após uma tentativa frustrada de um “Shooting Star Press” de Bourne que a acção começou a ficar mais séria. Benjamin começou a comandar a ‘partida’ e utilizou todo o seu arsenal de estilos e leques de manobras para acabar com Bourne. Pelos estilos aéreos e atléticos de ambos, os objectos normalmente utilizados não o foram, baseando-se apenas naquilo que está visível a olho nu. Shelton baseou a sua ofensiva na zona lombar do adversário, tentando trabalhar igualmente nas pernas – de modo a evitar o sucesso de mais um SSP. EB dava um ar de sua graça aqui e ali, mas nunca sem conseguir um pinfall decisivo. A agressividade foi escalando com o passar dos minutos e a frustração de Shelton também aumentava à medida que não conseguia vencer “Air” Bourne. Após várias manobras arriscadíssimas e duras para os corpos de qualquer pessoa mentalmente sã, foi a vez de Bourne começar a construir o seu comeback, tentando aproveitar cada segundo ‘livre’ para respirar e recuperar do esforço. Após 12 minutos de acção absolutamente louca e sem limites, com todo o tipo de manobras de cortar autenticamente a respiração, e depois de já terem passado por todo o lado e feito tudo um ao outro, a sequência final deu-se após uma tentativa frustrada de “Paydirt” do “Gold Standard”, que permitiu a Bourne deitar o loiro ao chão e subir ao canto. Pouco satisfeito, pegou numa escada! Shelton, porém, não se ficou e lutaram os dois pela posse do objecto, sendo que uma joelhada certeira no queixo permitiu a Bourne ficar no topo e sacar de um valente e perigosíssimo “Shooting Star Press”, fazendo de imediato a cover para a vitória, ficando cheio de dores após o som da campainha. Os fãs ficaram malucos com o final e prestaram o devido respeito a ambos os atletas, que precisaram de ser ajudados por oficiais.

CUTTING EDGE
O “Rated-R Superstar” abriu o seu talk-show afirmando que conhece o seu convidado há muitos anos. Têm sido amigos – aliás, melhor amigos – durante esse período. Entraram no negócio ao mesmo tempo e têm subido e descido a escada da vida com o outro ao lado, para os bons e para os maus momentos. Já foram campeões de equipas e, basicamente, já fizeram tudo que era possível nesta indústria. O convidado é Christian.

Edge toma a palavra e diz que tem sido uma aventura tremenda. Quando Chris Jericho o convidou para participar nos Blonde Brilliant Canadians, ele aceitou pela diversão, por ter a oportunidade de, mais uma vez, trabalhar ao lado de dois dos seus melhores amigos e parceiros. Porém, a diversão acabou a partir do momento em que ele, Edge, procurou concentrar-se novamente na sua carreira singular. “Já te carreguei durante muito tempo, Christian. Os nossos momentos foram estrondosos, viramos este mundo do avesso, cortamos a respiração das pessoas inúmeras vezes, mas chegou a altura de tomar uma decisão.”

Christian interrompe-o, dizendo o mesmo que o seu colega, proferindo que nunca precisou de Edge para fazer carreira ou de ter os seus momentos de glória, nem sequer exigiu o que quer que fosse para fazer parte dos BBC. “Admito que tenho um grande ego. Tu tens um grande ego, Edge. Ambos queremos o bolo todo para nós, queremos o spotlight por inteiro e não somos propriamente altruístas. E, ao mesmo tempo, admito que entrar num grupo onde eu seria o terceiro tipo mais falado e apreciado era difícil. Tu e o Chris têm mais prémios e títulos que eu – não tenho problemas em admitir – e isso custou a aceitar, mas engoli o orgulho pelo bem do grupo, pelo bem da nossa mensagem e pelo bem daquilo que estávamos a fazer. Nós dominámos esta empresa!”

“Mas tu tinhas de arruinar tudo, Christian! Tu!” | “Eu, Adam? Eu? Eu é que me coloquei numa Battle Royal pelos títulos em jogo? Eu é que perdi a cabeça por causa de um miúdo?” | “Eu não estou neste negócio para tratar de putos, Christian. Eu não estou aqui para ensinar, para passar uma ideia de bom samaritano. Não tenho um bom coração! Não tenho uma boa personalidade! Não estou aqui para joguinhos: quero ganhar TÍTULOS e DINHEIRO. Tudo para além disso é pura mentira!” |  “Desculpa por ser uma boa pessoa e querer ajudar o miúdo a ser alguém.” | “WrestleMania. Na nossa cidade, em frente da nossa família e dos nossos amigos. Tínhamos um estatuto a defender, uma reputação a segurar.” | “E não fizemos isso? Aliás, eu é que fiz, porque, se bem me lembro, eu é que amarrei nos títulos no nosso combate. E não fui eu a sugerir a Battle Royal. Não tentes culpar-me.”

Depois de quase terem chegado a vias de facto, Christian interrompe a tensão. “Não nos podemos tocar e ambos sabemos disso. Por isso, diz o que queres para pouparmos estas pessoas.” Edge está pensativo. “Eu não estou aqui para pôr um ponto final no nosso grupo. Sei que o “Spear” foi um devaneio, perdi a cabeça, mas convidei-te aqui hoje para te dar a possibilidade de me pedires desculpa. Em PPV. Em frente a todo o mundo.” O “Captain Charisma” quase deu uma gargalhada. “Pedir desculpa?” | “Sim, pedir desculpa. Envergonhaste-me demasiadas vezes e eu NÃO admito isso! Chega de subterfúgios, chega de fugirmos à questão!” | “A questão, Edge, é que tens a cabeça tão enfiada pelo rabo acima que, se te ouvisses, provavelmente vomitarias. Estás a ser ridículo. Sabes que mais? Não te vou pedir desculpa. Não te vou dar essa satisfação. Se queres atacar-me, o mundo não acaba amanhã; temos todo o tempo do mundo para acabarmos um com o outro. Eu não queria, Edge… não quero… ter problemas contigo. Mas a verdade é que perdeste noção da realidade. És um cabrão de um arrogante de primeira. Estou farto de falinhas mansas. Não querias acabar com a nossa parceria… pois bem, vieste tarde. E ah, antes de me ir embora, prometo que isto não é o fim do nosso problema. Eu tenho a perfeita noção que nos vamos matar à porrada. E, quando algo de grave acontecer, quero que saibas que a culpa disto… foi tua.”

Saindo do ringue, Christian ouviu os incentivos de um público que até há bem pouco tempo o apupava como gente grande. Edge estava sentado num canto do ringue, com as mãos na cabeça e os olhos esbugalhados.

» No backstage, a imagem partiu-se: de um lado, MVP, com o seu título, saía da limusina de JBL com um ar chateado, mas ao mesmo tempo focado na tarefa que teria a seguir pela frente. Do outro lado, Colt Cabana foi interpelado por Todd Grisham. Com um sorriso nos lábios, o dançarino apresentava-se confiante. “Sei que tens trabalhado muito hoje, Grisham; eu faço o trabalho por ti. Vai-te embora.” Empurrando-o lentamente para o lado e tomando posse do microfone, Cabana diz adeus ao entrevistador. “Olá, pessoas! Está tudo bem? Pois bem, eu estou óptimo. Tenho preparado umas coreografias fantásticas, tenho sacado umas manobras excelentes! As revisões têm sido fenomenais! Mas não estou aqui para isso. A seguir, tenho um combate com alguém que conheço muito bem – é muito provável que eu conheça melhor esta pessoa do que ela a si mesma, especialmente agora, que perdeu tudo. O meu título ficou na posse dele por causa do JBL, mas hey, não há problema. O problema vai ser de eles os dois quando, a seguir, vencer o combate e reaver o que é meu. E, aí, nenhuma dança será suficiente comparado com a cara deles para me dar uma alegria. Seja como for, hoje é um dia óptimo, porque CHICAGO! CHICAGO! Esta é para vocês!”

4. Falls Count Anywhere – Intercontinental Championship: COLT CABANA vs. MONTEL VONTAVIOUS PORTER © (com JOHN “BRADSHAW” LAYFIELD)
Montel Vontavious Porter e Colt Cabana tiveram conflitos por volta de Outubro, mas este ano a rivalidade foi reacendida por culpa de John “Bradshaw” Layfield. Sem nunca ter sido Intercontinental Champion, JBL procurou irritar Cabana e trabalhar na sua cabeça para que conseguisse sacar o título e servir de alento a uma falta de sucesso nos últimos meses. MVP foi arrastado para a situação porque perdeu tudo e teve de arranjar dinheiro extra, algo que “Bradshaw” lhe podia possibilitar. Usado para dar o título de bandeja a JBL, Porter acabou por conquistar o ceptro e manter-se agarrado ao mesmo, lutando agora por coragem e bravura. JBL é que não tem achado piada à situação. Esta é, provavelmente, a última oportunidade de MVP lhe dar o que, diz JBL, é seu.

A contenda começou com cânticos efusivos e entusiasmados da assistência a Colt Cabana, filho da casa. MVP começou a contenda com pouco respeito por Cabana, mas, após uma bela troca de manobras e quase-manobras, acabou por dar o braço a torcer e pedir um cumprimento, algo que JBL e a crowd repudiaram. A história do combate baseou-se em CC aproveitar o factor casa para mexer com a cabeça do campeão, fazendo jogos de submissão e aproveitando qualquer falha e qualquer pressão por parte de Layfield, que estava quase a ser expulso da zona do ringue. Depressa a acção escalou para o exterior, e Porter ganhou “tomates” e ignorou o patrão, mesmo que tivesse aproveitado uma distracção do mesmo para começar a fazer o seu ‘jogo’. Após alguns minutos de “vai/não vai”, o backstage passou a ser o destino preferido, sendo que JBL, misteriosamente, desapareceu. Após vários minutos de terem passado pelos corredores, inclusive por outros lutadores, tudo aquilo que estava à vista era utilizado por ambos os contendores, desde comida a portas, passando por caixotes e aquelas malas gigantes, a cenários de entrevista e balneários. Entretanto apareceram pelo público, que ficou maluco e ia tentando tocar em Cabana, com este a procurar agradar-lhes e aproveitar o pouco espaço existente para aleijar o campeão. Este ia mais por acréscimo e ia tentando respirar entre quedas de escada para escada.

Foi então que o Factor J entrou em cena, quando ambos chegaram perto da zona do ringue. Aparecido do nada, JBL atirou um caixote do lixo para Cabana, que se baixou, originando, por isso, a queda do “Half Man, Half Amazing”. Depois de terem ‘limpo’ a arena por completo, a acção terminou onde começou: no meio do ringue, com ambos a trocarem todo o tipo de manobras, socos, chapadas e pontapés. Depois de falhar um “Playmaker”, MVP sofreu um “Dancer Move”, mas JBL impediu a derrota. Ao ir para o exterior, CC perdeu a noção do espaço e, quando virava a esquina do ringue, foi abalroado com um “Drive-By Kick”. Procurando ali mesmo a primeira (!) pinfall do combate, MVP não conseguiu porque, por instinto, Cabana safou-se. Frustrado, levantou-se e procurou outro “Drive-By Kick”, mas tocou em JBL e houve um momento de tensão, terminado após o dançarino ter empurrado MVP contra o seu patrão. Ao virar-se, o nativo de Chicago atirou-o contra as escadas e atirou-o para dentro do ringue, local onde o prendeu num “From Chicago With Love”! A berrar no alto dos seus pulmões, ambos estavam em posições muito diferentes. Com o público de pé e a exigir que MVP desistisse, JBL não chegou a tempo de impedir o seu ‘pupilo’ de fazer isso mesmo! Colt Cabana vence! Três minutos depois, e após repetições, JBL e MVP estavam desolados, com Cabana, emocionado, a festejar com os seus amigos e familiares!

5. First Blood: KANE vs. JOHN CENA
John Cena venceu Mark Henry na WrestleMania, enquanto Kane fez o mesmo com JBL, mas ambos desapareceram após o evento. Kane acabou por ser responsável por actos criminosos contra Cena, tendo-o torturado de todas as formas possíveis, tentando quebrar o espírito do líder da “CeNation”. Era com mentalidade violenta e agressiva que JC entrava nesta contenda, que começou com o “Big Red Monster” a guardar cuidadosamente o seu saco misterioso. Após dois minutos de brawl intensa e desorganizada, foi a vez de algum cuidado ter início, uma vez que, dada a natureza do combate, a qualquer momento podia haver sangue. Com o público a perder a ligação com o combate, foi necessário usar uma cadeira – que ficou totalmente destruída – para impor algum “sangue novo” (buuurn) ao espectáculo. Foi provavelmente o combate mais fraco e desinteressante da noite, tendo terminado após Kane ter esgotado o seu arsenal – Flying Clothestline, Chokeslam e até um Tombstone Piledriver – e não ter conseguido acabar com Cena, que pedia sempre mais. Após um rápido “Attitude Adjustment”, Cena pensou rápido e prendeu o “Big Red Machine” num “STF”, fazendo-o adormecer. Sem saber o que fazer, pega numa kendo stick e acerta-lhe sucessivamente na cabeça até sair sangue. Com o público sem reagir muito, Cena acabou por mandar uma última mensagem aplicando mais um “Attitude Adjustment” e de ter atirado Kane para debaixo do ringue, juntamente com o seu saco. Pegando no micro, Cena diz que “o Inferno acabou. Estou afastado das lides do World Heavyweight Championship há muito tempo. Chega de tempo perdido. Chega de monstros malucos por acabar com a minha raça! Chega de devaneios! A partir de agora, o nome John Cena significará problemas a quem se colocar à sua frente. Estou preparado para a guerra e, quer se goste ou não, eu estarei lá em cima novamente. If you want some, come and get some!”

» No backstage, os Dirt Sheet, The Miz e John Morrison, tomam conta da emissão e informam toda a gente, com Jeff e Matt Hardy como destinatários especiais, que no próximo Revolution haverá um combate pelo World Tag Team Championship. “Já demonstramos várias vezes que somos superiores a vocês em tudo, Hardys. Vocês têm a experiência, nós temos o carisma. Vocês têm a histeria dos fãs, nós temos a inveja deles. Vocês têm a química entre ambos, nós temos a física de sermos melhores no ringue. Há zero por cento de hipóteses de vocês saírem vencedores. Assim como há zero por cento de probabilidades de nós não sairmos do combate com os títulos. Por isso, façam o que fizerem, não estraguem os títulos – quando nós os reclamarmos, queremos que estejam com todo o brilho, porque nós queremos que vocês próprios olhem para eles e vejam o vosso ar de falhados. E aí eles serão os nossos espelhos. E a WWE e o WWE Universe vai poder orgulhar-se de nos ter como campeões.”

6. Elimination Chamber – Undisputed World Heavyweight Championship: REY MYSTERIO vs. SHAWN MICHAELS vs. KOFI KINGSTON vs. CHRIS JERICHO vs. UMAGA (com ACE COLEMAN) vs. United States Champion CM PUNK
O título ficou vago após o Judgment Day, quando Triple H venceu o então campeão Chris Jericho, Umaga e Rey Mysterio, num combate de eliminação, uma vez que o “Game” se lesionou num dos joelhos. Então, isto aconteceu. Shawn Michaels tem tido problemas com CM Punk; Rey Mysterio tem tido problemas com Umaga; Chris Jericho tinha problemas com Triple H; Kofi Kingston é o menos provável vencedor, segundo todas as pessoas, e caiu quase do céu.

Para começar, Shawn Michaels e Kofi Kingston foram os ‘azarados’. Durante cinco minutos, viu-se respeito e admiração mútuos, bem como algumas manobras engraçadas entre ambos. Em termos de ímpeto, ambos tiveram os seus momentos repartidos, com os dois a darem e a sofrerem. Kofi tentou duas vezes a eliminação do “HeartBreak Kid”, com um roll-up e um senset flip, mas sem sucesso. Quando ambos estavam acostumados à ofensiva contrária, a buzina toca e foi a vez do “Samoan Bulldozer” Umaga entrar no ringue. Sempre com ar selvagem e incontrolável, o monstro samoano destruiu os seus adversários sem qualquer tipo de método, atingindo-os com tudo que conseguia fazer. Controlado por Ace Coleman (Byron Saxton), Umaga só parou quando a situação estava totalmente no seu controlo. Ao aplicar dois brutais “Samoan Drop”, aguardou com ansiedade por Rey Mysterio, mas ‘recebeu’ CM Punk, que recebeu uma ovação extraordinária. Babyface neste confronto directo, Punk tentou de tudo para deitar abaixo o samoano, algo só conseguido com a ajuda de Kofi e Michaels, que o atiraram para a parte de fora do ringue – mas que tem metal, como se sabe. A três, a contenda foi mais ágil e rápida, tendo a buzina acabado com a brincadeira. Chris Jericho entrou e ganhou ímpeto em três dos seus adversários, mas um recuperado Umaga destruiu-os a todos. Com todos em cantos separados, Umaga deslumbrou-se e subiu a três dos cantos, acabando, respectivamente, com Kofi, Punk e Jericho, utilizando Diving Splashes (apelidados de “Wild Samoan Splash”). Ao quarto, foi silenciado com um altíssimo “Sweet Chin Music”, acabando por cair no ringue. Michaels acabou por eliminá-lo.

Sem a “besta” por perto, tocou a Rey Mysterio o último lugar. Aí a contenda ficou bem mais electrizante e equilibrada, com acção repartida e intensa dentro e fora do ringue. Foi quando Punk, Jericho e HBK estavam fora do ringue que Kofi eliminou Mysterio, depois de uma troca fantástica de galhardetes, tendo acabado com um repentino “Trouble In Paradise”. KK acabou por sofrer um Double Suplex (no aço do exterior) doentio por parte de Punk e Jericho, sendo que ambos os heels eliminaram Michaels atirando-o contra uma das câmaras, partindo o vidro e deixando o veterano em más condições. Vangloriando-se pelo sucedido, os dois mauzões enfrentaram-se no ringue para deleite dos fãs, tentando sacar manobras heel sucessivamente. Foi então que um maluco Kofi apareceu a voar, depois de se ter lançado do cimo de uma das câmaras, acabando por conseguir uma quase-dupla-eliminação. Aproveitando o ímpeto, quase eliminava Jericho, mas o ex-IC Champion aproveitou a inexperiência de Kingston e, após escapar de um “Trouple In Paradise”, amarrou na perna esquerda do ex-ganês e aplicou-lhe um apertadíssimo “Walls Of Jericho”. Depois de muito lutar e sofrer, KK acabou por desistir. Quando Jericho se vira, porém, é cilindrado com um “Sweet Chin Music” do recuperado Michaels. Punk aproveitou e eliminou o “Y2J” após aplicar o seu “Go To Sleep”. Os dois últimos olharam-se com desdém e ódio – apesar de estarem exaustos – e dois minutos depois acabaram por se gladiar no meio do círculo quadrado, com vários tipos de manobras, muitas elas por “desespero” e instinto.

O público estava 50-50 e os lutadores jogaram bem com isso, prolongando a espera da decisão. Foi, contudo, após uma troca de roll-ups e school-boys que a vitória surgiu. Punk quase conseguia o 3, mas Michaels levantou-se. Punk prendeu o “Anaconda Vise”, mas Michaels fez força e deixou Punk num semi-crucifix, saindo da cover a tempo. Ao levantarem-se, o Straight Edge foi às cordas e, após tentar outra vez o GTS, sem sucesso, escapou a um “Sweet Chin Music” e aplicou um Roundhouse Kick. Ao ver Michaels a tentar equilibrar-se, tentou aplicar o seu próprio SCM, mas falhou redondamente. Ao virar-se, o “HBK” cilindra-lhe o queixo com um soberbo “Sweet Chin Music”. Deixando-se cair, conseguiu o 3 final e a vitória!

Com o público dividido na reacção ao final, Shawn Michaels recebeu o Undisputed World Heavyweight Championship com lágrimas nos olhos e um esgar profundo de dor. Punk estava fora do ringue, amarrado ao seu título e ao seu queixo, bastante frustrado com os acontecimentos. O evento acaba com confettis a caírem em cima do novo campeão.

.Aimar escreveu:Adorei o talk show, mas acho que pecou em 2 pontos. 1º, devias de ter explicado melhor o que se passou na WM, especialmente a parte do miúdo que ficamos sem saber de quem se trata. 2º, teria sido mais giro terminar com um ataque à traição do Edge, numa de apimentar ainda mais a coisa.

Crazy Boy escreveu:eish, que saudades disto Adam... que nostalgia!
fantástico, como sempre me lembrei de ti, vou fazer de tudo para acompanhar de novo isto!