Mourinho a mandar bujardas
Mourinho a mandar bujardas
José Mourinho considera que o trabalho por ele desenvolvido nos diferentes clubes por onde passa nunca será devidamente valorizado, pelo simples facto de as várias conquistas que conta no currículo elevarem as expectativas para níveis muitas vezes irrealistas.
«O meu trabalho nunca é valorizado, e não falo do Real nem dos jornalistas, mas de uma maneira geral. Ganhei tanto, tanto, tanto, que as expectativas são sempre mais altas do que é possível atingir. E vou tirar um dos meus célebres papéis para vos dizer isto: a Liga dos recordes é minha e não vão conseguir apagá-la. Só o poderão fazer quando alguém a superar. Vencemos a Taça do Rei depois de 20 anos sem o conseguir fazer, o que demonstra que não é fácil. Também não o podem apagar. A Supertaça é pequena mas as três meias-finais da Champions, que não me alimentam o ego nem me deixam satisfeito, não devem ser fáceis de conseguir. Digo isto porque Toshack, Di Stéfano, Arsenio, Capello, Heynckes, Hiddink, López Caro, García Remón, Del Bosque, Luxemburgo, Juande, Schuster e Pellegrini... 18 treinadores passaram em 21 anos e todos juntos totalizam cinco meias-finais», argumentou o treinador português.
«Não me parece que seja fácil bater o recorde de 100 pontos. O Barcelona pode atingir a mesma pontuação esta época e se o fizer é porque se trata da melhor equipa do mundo dos últimos 20 ou 30 anos. Tiveram agora alguns resultados menos bons e inesperados e, para vocês [dirigindo-se aos jornalistas], passaram a ser uma equipa má. Foi um orgulho interromper a hegemonia deles a nível nacional, porque a nível internacional foi o Inter que o fez», notou.
Não obstante o estatuto granjeado por Iker Casillas no Real Madrid, José Mourinho admite sem rodeios que gostaria de ter contratado Diego López ao Sevilha logo na segunda época como treinador da equipa espanhola.
Na conferência de Imprensa de lançamento do jogo com o Valladolid, que visou, sobretudo, o balanço das três temporadas do treinador português no Santiago Bernabéu, Mourinho não se furtou a revelar o que teria feito de diferente se pudesse voltar atrás no tempo.
«Ser mais ativo, mais contundente. Teria sido mais exigente, mais determinado no final da minha primeira época e teria trazido Diego López nessa altura. Quis contratá-lo mas não fiz o suficiente para o trazer. É uma pena», lamentou.
Instado a explicar o porquê de ser odiado no país vizinho, o treinador português respondeu sem papas na língua.
«A relação não foi muito boa. O que falhou? Nada. Continuo a pensar que a decisão de manter a Imprensa fora do avião da equipa e do centro de treinos é a correta. Não pôr a jogar os vossos meninos queridos é o correto. Creio que as minhas decisões foram as corretas», argumentou, reconhecendo total legitimidade aos adeptos ´merengues` para contestarem o trabalho que tem levado a cabo nos últimos três anos no clube blanco: «Os problemas existem quando alguém pensa que está acima dos demais. Assobios? Perfeito. Os adeptos mandam».
É tão senhor.
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Re: Mourinho a mandar bujardas
Que vá para um clube onde se sinta feliz. Os espanhóis não o merecem.
Re: Mourinho a mandar bujardas
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