Australian Open 2014

Hoje escrevo uma página que obviamente não queria estar a escrever. Resumindo o encontro e esta eliminação, diria que frente ao Dominic Thiem as coisas não correram bem nos momentos decisivos.

Como tínhamos antecipado, ele tem um serviço e uma direita muito fortes, além disso fez um encontro magnífico, jogou sempre muito bem e eu se calhar não consegui jogar o meu melhor ténis. Não há desculpas, senti-me bem fisicamente e adaptei-me ao calor, foi apenas um dia em que o adversário esteve melhor e por isso há que dar-lhe os parabéns.

Preparei-me da melhor forma, mas é verdade que este início de época não está a correr como eu queria. No entanto, estou convencido de que, juntamente com o Frederico [Marques] estamos a fazer um bom trabalho e que o caminho é mesmo este, continuar a trabalhar. Felizmente no ténis as oportunidades não demoram muito tempo a surgir e a próxima é já com Portugal, na Taça Davis [1ª eliminatória do Grupo I da Zona Europa/África; de 31 de janeiro a 2 de fevereiro]. Vamos defrontar a Eslovénia fora de casa e já transmiti ao selecionador nacional a minha disponibilidade total. Se jogar, ótimo, se não jogar estarei de fora a apoiar a seleção que está num novo ciclo com a entrada do Nuno Marques.

PRESSÃO EXISTE, É UM FACTO

Fui eliminado do quadro de singulares, mas sigo em prova no Open da Austrália no quadro de pares, onde vou fazer dupla com o Santiago Giraldo. Deveremos estrear-nos na 4ª ou na 5ª feira, pelo que até estou totalmente concentrado.

Até lá vou continuar a trabalhar e não dar muitas voltas à derrota de hoje. Obviamente que quem percebe de ténis sabe que há momentos bons e momentos maus numa temporada. Se olharmos para o início de 2013 [1ª ronda em Chennai e em Sidney; 2ª ronda no Open da Austrália] as coisas não foram tão diferentes, talvez seja um jogador a quem custa entrar na temporada. Naturalmente que depois de ter ganho um torneio ATP a expetativa é maior. Compreendo isso perfeitamente e noto alguma pressão, mas tanto eu como o Frederico somos profissionais e temos vindo a trabalhar para que esse fator seja algo positivo. Pressão existe sempre, temos que saber lidar com ela.