Isinbayeva ataca recorde mundial

O Meeting de Bruxelas, sem atletas portugueses, conclui hoje (18-21 horas portuguesas) a Liga Dourada desta época. Ainda com hipóteses (muitas...) de conquistarem as sextas vitórias e a dividir entre si o milhão de dólares (cerca de 700 mil euros) de prémios estão três atletas: Kenenisa Bekele (5.000 m), Sanya Richards (400 m) e Yelena Isinbayeva (vara). Uma semana depois desta última ter conseguido um inesperadíssimo recorde mundial a 5,06 (depois do falhanço no Mundial de Berlim), é grande a expectativa à volta da prova da atleta russa, que então mostrou poder aspirar a mais alto ainda.

Mas grande interesse há relativamente à presença de Usain Bolt (principalmente) e Tyson Gay, que este ano apenas se encontraram na final dos 100 m de Berlim, com clara superioridade (e recorde) do jamaicano. Desta vez, Bolt alinhará nos 200 m ("julgo que posso chegar aos 19,70", afirmou o recordista mundial - 19,19) enquanto Gay correrá os 100 m, voltando a encontrar Asafa Powell, terceiro em Berlim (9,71-9,84), num despique que pode ser agora bem mais equilibrado. Gay está impedido de correr os 200 m devido à curva e será brevemente operado à virilha.

Outros dois recordes mundiais (em distâncias não olímpicas) serão atacados. A etíope Gelete Burka (derrubada pela espanhola Natália Rodriguez na final de 1.500 m de Berlim) tentará o de 2.000 m (Sónia O'Sullivan, 5.25,36 em 1994). A selecção do Quénia terá de correr a uma média (acessível) de 3.39,7 para bater o de 4x1.500 m, o mais antigo recorde oficial (desde 1977!), pertença de uma seleção da antiga República Federal da Alemanha, com 14.38,8.