Agassi e Sampras vão defrontar-se em Macau

Os tenistas norte-americanos Pete Sampras e Andre Agassi vão reencontrar-se domingo em Macau para um novo "duelo", sete anos depois de terem partilhado o court na final do Open dos Estados Unidos, que Sampras venceu.

De regresso a Macau ao "show 2009" de ténis, depois da saborosa vitória sobre Roger Federer em 2007, Pete Sampras confessa que o convite para voltar a disputar o eterno rival Agassi apresentava-se como irrecusável.

Fora do court dizem-se amigos, mas o facto de estarem reformados das competições não vai impedir Agassi e Sampras de voltarem a reeditar a rivalidade do passado em Macau, garantiram hoje as "lendas do ténis" em conferência de imprensa na Região Administrativa Especial.

"Jogar com Agassi é especial. Ele foi o melhor jogador que já defrontei", afirmou hoje Sampras, ao sublinhar que Agassi é seu "amigo e rival", deixando a garantia de que o jogo de domingo contará com "diversão, mas também com competição".

Andre Agassi partilha o espírito de duelo, ao salientar que "é um privilégio voltar a jogar com Pete Sampras", mas constando que quando se encontrarem frente a frente e apenas separados por uma rede será como "voltar ao passado".

"Este jogo não será diferente de outros que disputámos. Vou tentar ganhar", disse Agassi, que tentará domingo uma desforra da final do Open dos Estados Unidos, em 2002, em que Sampras levou a melhor.

Além dos dois tenistas, já afastados da competição, o torneio de Macau conta ainda com duas jovens promessas, com 17 anos, que treinam na academia de ténis onde Agassi começou a carreira, na Flórida - o americano Ryan Harrisson e o indiano Yuki Bhambri, que é o número 1 do mundo na sua escala etária.

"É óptimo encontrar-me com estas duas estrelas, com quem cresci a ver jogar ténis", reconheceu Yuki Bhambri. Já Ryan Harrison disse que está a trabalhar para um dia conseguir resultados ao nível de Sampras e Agassi.

Pete Sampras e Agassi deixaram conselhos aos mais novos para um dia se consagrarem como grandes campeões do ténis. "Os grandes arranjam sempre forma de ganhar", defendeu Sampras, acrescentando: "É algo que está dentro de nós, que não se ensina, mas que leva tempo".

Já Agassi, num tom humorado e desafiador, disse saber o que é preciso para se sagrar campeão, pois leu o livro de Sampras. "É um dom que só se consegue com muita força de vontade", observou.

Os tenistas dizem ter muito em comum e confessam não falar do passado, nem de ténis, quando se encontram, preferindo trocar impressões sobre as suas vidas actuais e respectivas famílias.

Tanto Agassi como Sampras não têm esperança de que os filhos possam vir um dia a dar continuidade à rivalidade entre os pais que marcou a história do ténis, até porque um prefere baseball (o filho de Agassi) e outro elege jogos de consola (o filho de Sampras), confessam, sem preconceito.

Sampras tem um registo de 20 vitórias contra 14 derrotas face a Agassi, sendo hoje o segundo maior recordista do número de títulos (14) do Grand Slam, depois de ter perdido o cinturão para Roger Federer.

Agassi e Sampras voltam a fazer "magia", domingo, no court da arena do hotel The Venetian em Macau, num espectáculo de duas gerações de campeões de ténis.