[FM 2015] Rumo ao insucesso

Fundado em 1908, o Panathinaikos é um dos maiores e mais históricos clubes do futebol grego sendo o segundo clube com mais campeonatos ganhos. Contudo, o clube atravessa uma seca de conquistas e, apesar de ter vencido a taça helénica na época transacta (2013-2014), não vence o campeonato desde 2010 sendo a competição dominada pelo seu maior rival, o Olympiakos.

Com demasiados problemas financeiros nos últimos anos e com o domínio cada vez mais acentuado do seu rival, torna-se difícil fazer uma projecção sobre o futuro do clube. Nas competições europeias, onde o Panathinaikos, poderia ganhar ajudas monetárias importantes, não há resultados relevantes. A última vez que o Panathinaikos esteve na fase de grupos da Liga dos Campeões foi em 2010/2011 e na época passada nem sequer esteve presente nas competições europeias.

Assim, o Panathinaikos tem um percurso longo e difícil para voltar a ser respeitado, tanto pelo seu maior rival, como na Europa.

Não tivemos a oportunidade de fazer uma pré-época muito longa. Cheguei no início de Julho e ainda este mês tinha jogos a contar para a Liga dos Campeões. Foi preparar dois esquemas tácticos e fazer quatro jogos, subindo progressivamente de nível.

Empatamos os quatro jogos, sem fazer exibições de encher o olho. A equipa ainda não estava adaptada às minhas ideias, o que era natural mas também preocupante, tendo em conta o desafio que aí vinha.

Na primeira mão, perante os nossos adeptos, tivemos uma excelente entrada. Pranjic inaugurou o marcador logo aos 5 minutos e Bourbos ampliou a vantagem, ainda no primeiro tempo. Na segunda parte, os turcos cresceram e acabaram por reduzir aos 79 minutos, chegando ao empate pouco depois através da marcação de uma grande penalidade. Empate justo. Estávamos obrigados a vencer na Turquia.

Na casa do Besiktas, sabia que tinha de correr riscos e, por isso, continuei a adoptar uma estratégia ofensiva. Aos 33 minutos, chegou o nosso golo e passávamos a estar à frente da eliminatória. A partir daí, o Besiktas dominou o encontro e correu atrás do prejuízo mas tivemos uma maturidade impressionante e, mesmo nos últimos minutos de sufoco, conseguimos aguentar bem a pressão e seguir em frente.

Luke Steele vai cumprir a sua primeira época no Panathinaikos e, após várias épocas passadas no Barnsley, o guarda-redes inglês está cá para ser titular. Kotsolis será o seu suplente e poderá, eventualmente, jogar na taça.

Decidi dar alguma experiência à defesa com a contratação de Jardel, que fará dupla com Schilenfeld, também emprestado, no eixo da defesa. Tavlaridas, Koutroubis e Triantafyllopoulos serão os seus suplentes, sendo que um deles ainda poderá sair nesta janela de mercado.

Nas laterais, Nano e o reforço Pliatsikas deverão ser titulares na esquerda e na direita, respectivamente. Chouchoumis, jovem de 20 anos, é a alternativa a Nano e Bourbos, que não deve muito à nossa contratação, será a alternativa para a direita.

Temos várias opções para o meio-campo e todas elas com características diferentes umas das outras. Para a posição 6, conto com David Mendes da Silva, um jogador que pode oferecer mais ofensivamente do que Tasos Lagos, um 6 mais clássico, ou seja, mais pauliteiro. Os dois terão bastantes oportunidades, dependendo dos desafios que tivermos.

Mais à frente, temos Pranjic, que poderá também jogar a lateral e a extremo esquerdo, que lutará por um lugar a titular com o recém-emprestado, Andrea Lazzari e com Zeca. Ninis e Donis são outras opções para o meio-campo, sendo que o nigeriano Ajagun poderá não ficar no plantel apesar de também ter qualidade.

Cinco extremos para dois lugares. Para um dos lugares, não tenho grandes dúvidas, Bernardeschi é craque e será titular. Depois temos jogadores com características algo semelhantes e todos terão a oportunidade de mostrar o seu valor.

Tenho duas opções de bastante qualidade para o ataque. Marcus Berg parte à frente na luta pela titularidade mas o experiente avançado croata também promete lutar pelo lugar de goleador da equipa.

Eliminatória que se previa complicada, tendo em conta a diferença entre o nosso plantel e do Leverkusen. Ainda assim, não posso deixar de ficar descontente com o que se viu na primeira parte, em Atenas. Sofremos três golos sem resposta e a eliminatória morreu aí, praticamente. No segundo tempo, os alemães baixaram o ritmo e nós ainda tivemos algumas oportunidades para reduzir a diferença mas sem sucesso.

Na segunda mão, tudo começava a apontar para uma humilhação. Kießling destruiu-nos em 20 minutos com um hat-trick, podia estar a ser construída uma enorme goleada mas respondemos bem no segundo tempo com um golo de Bernardeschi e, mais tarde, com um golo de Petric de penalty. Perto do final, sofremos o 4-2.

Iniciamos o campeonato fora de portas, contra o OFI Creta. Tínhamos obrigação de vencer mas o jogo não foi assim tão fácil. Apesar de termos controlado o jogo, estávamos com claras dificuldades em finalizar. O nosso avançado Marcus Berg enviou duas bolas ao poste e começava a notar-se alguma frustração na equipa. Aos 66 minutos, na sequência de um livre, David Mendes da Silva apareceu à entrada da área e rematou para o fundo das redes, consumando a nossa primeira de muitas vitórias.

Num jogo completamente dominado por nós, não conseguimos bater o Atromitos. Voltamos a demonstrar fragilidades e inconsequência no último terço do terreno e não conseguimos marcar qualquer golo, mesmo com o Atromitos a jogar com menos um na segunda parte, devido a uma expulsão.

Chegava a altura do maior clássico grego. O Olympiakos não começou bem a temporada (tinha 1 empate e 1 derrota) e pretendia voltar à mó de cima, vencendo-nos.

Infelizmente para nós, o nosso rival foi o primeiro a chegar ao golo por Mitroglou. No segundo tempo, continuou a haver uma grande disputa mas conseguimos empatar a partida aos 71 minutos. Uma jogada individual de Bajrami levou-nos ao empate e, ao contrário do que seria de esperar, a partir daí, o jogo foi dominado por nós e tivemos uma ou duas boas oportunidades para vencermos o encontro mas não conseguimos.

O jogo contra o Asteras foi parecido com aquele que fizemos com o Atromitos. Nós estivemos por cima mas voltamos a ser inofensivos, não conseguimos acertar na baliza. 0-0 foi o resultado.

Seguiu-se o Kerkyra. O jogo voltou a ser dominado por nós e, já em cima do intervalo, Tavlaridis fez o nosso golo, na sequência de um canto. O resultado fixou-se em 1-0, mais um jogo em que não conseguimos fazer grande coisa lá na frente.

Na nossa estreia na Liga Europa, fomos a França, ao terreno do Guingamp. Esperava-se um jogo bastante difícil mas fomos nós a dominar o primeiro tempo com algumas oportunidades falhadas por Berg, que ainda naõ se encontrou com os golos. Saiu lesionado, dando o lugar a Petric que acabou o jogo também lesionado e vai parar durante algumas semanas, tal como Bernardeschi, também substituído por lesão.

O Guingamp acabou por ser o primeiro a marcar, já na segunda parte. Acabamos por responder aos 78 minutos com um golo de Bajrami, após receber um excelente passe de Petric.

Na Taça da Grécia, rodei a equipa mas cumprimos com o nosso favoritismo na mesma e com um resultado expressivo. Ninis foi a estrela do jogo ao apontar dois golos.