[FM 2017] Quebrar o jejum v2

Se quisesse fazer pior, não conseguia. Depois de uma excelente entrada na temporada,
em que vencemos a Supertaça e fizemos 13 pontos nas cinco primeiras jornadas, a coisa descambou. Ficamos três jogos seguidos sem vencer e as vitórias frente à Sampdoria e a Lazio foram exceções no meio das más exibições.

Depois da visita a Roma, fizemos apenas mais um ponto no campeonato. Uma vergonhosa derrota frente ao Bari e dois empates de seguida colocam-nos numa posição desfavorável na luta pelo título.

Na Champions, o filme é o mesmo. Depois de conquistarmos 4 pontos na primeira volta, fomos derrotados em Glasgow e empatamos em casa com o Monaco. A uma jornada do final da fase de grupos, já só podemos ir à Liga Europa.

E a que se deve isto? Para além de andar a inventar taticamente, o plantel está insatisfeito desde que começou a época. Rúben Semedo, a querer sair dos clubes desde 2016, quis mudar de ares mas mantive-o. Romero queria que reforçasse o plantel e achou que os jogadores que trouxe não foram suficientes. Por outro lado, tentei vender Thiago Alcântara e o médio ficou insatisfeito. Estes casos causaram a revelia de alguns jogadores do plantel, insatisfeitos com o tratamento dado aos colegas. A eliminação na Champions também levou Hernán Tovar a querer sair, depois de lhe ser prometido que íamos longe na competição.

Após o empate com o Pescara, a direção reuniu comigo e disse que tenho de fazer 10 pontos nos próximos cinco jogos ou vou para a rua. Entre estas partidas, conta-se uma visita ao terreno do Milan e uma receção à Juventus. Não vai ser fácil e, por isso, tenho que me agarrar aos jogadores que ainda estão comigo.

A ameaça de despedimento obrigou-me a remodelar o nosso modelo de jogo. Passei para um 3-5-2 que parecia dar resultados. Apesar da derrota com a Juventus, vencemos os restantes quatro jogos em que o meu emprego estava em xeque, incluindo uma vitória em Milão.

Aquilo que parecia uma mudança voltou à pasmaceira. A uma exibição infeliz com a Roma, seguiu-se um desastre em Florença e uma eliminação na Taça de Itália aos pés dos mancos do Cesena. Voltamos a mudar, para um 3-4-1-2 e até vencemos o Livorno. Porém, sem jogar bem, algo que continuou frente à Atalanta e que, desta vez, nos fez perder pontos.

Parecia que tinha descoberto a pólvora quando passei para um 4-1-3-2, semelhante ao que Jesus utiliza no Sporting. Parecia que tinha descoberto a pólvora, quando goleei o Inter com quatro batatas e um show de Sialmas. Seguiu-se também uma vitória caseira com o Tottenham. Acabaríamos por passar com um empate a duas bolas. Injustamente, diga-se. Levamos um massacre.

Voltou o desastre, pouco depois. Em casa, fomos esmagados pelo Torino e no terreno da Sampdoria, as coisas não foram melhores. Emprego novamente em xeque. Desta vez, tenho de fazer 11 pontos em cinco jogos. Três já estão, conquistados frente ao Sassuolo com o novo esquema tática: um 4-1-3-2 com os três médios a ocuparem o centro do terreno. Mais cedo ou mais tarde, este esquema também flopa.

Podemos ter sido um desastre o ano todo mas acabamos like a boss. Oito vitórias e um empate nos nove últimos jogos para o campeonato. O 4-1-3-2, com três médios-centro atrás do médio defensivo, foi resultando na perfeição e ajudou a acabar a época em beleza.

A mudança no espírito do grupo levou-nos a uma grande conquista, a Liga Europa. Conseguimos surpreender o Arsenal e agigantamo-nos perante o Wolfsburgo. Em casa, depois de Rojo ter sido expulso, a equipa foi enorme e espetou uma mão cheia de golos aos alemães.

A final, contra um rival, foi emocionante. A ganharmos 1-0, um jogador deles foi expulso (vintage Diego Costa) mas lá conseguiram empatar. No prolongamento, não demos hipótese.

Apesar da má época passada a nível interno, não havia muito por onde mexer. A prioridade passava por manter os principais jogadores. Assim sendo, passei pelo mercado de verão mais calmo da minha carreira. A única peça chave que saiu foi o guarda-redes Mattia Perin, vendido por 30M ao Atlético de Madrid. Também Lorenzo Insigne, sem espaço nos meus planos para esta época, saiu para o West Ham. Predrag Rajkovic, contratado por 10M ao Liverpool, vem substituir o GR italiano. Filip Koubek também chega por 10M, da Juventus, e vem para colmatar uma lacuna da época passada, a presença de um lateral direito que possa render Nélson Semedo.

Maximiliano Romero e Rúben Semedo pediram para sair mas mantive-os. Romero, inclusive, recebeu uma proposta de 100 milhões. Foi rejeitada. Só sai daqui comigo. Assim sendo, aqui está o meu plantel, capaz de alinhar em 4-3-3 e 4-1-3-2.

Há alguma falta de extremos mas a ideia inicial era jogar num 4-1-3-2 fechado. Daí também ter vários médios-centro. O 4-3-3 é para jogos mais complicados, o 4-1-3-2 para jogos em que tenha de assumir o jogo do princípio ao fim. A ver se é desta que começo a marcar golos.


Não me apetece colocar os amigáveis. Ganhamos todos. Começamos bem a época com a conquista da Supertaça Europeia frente ao Manchester United.

No campeonato, as coisas também começaram bem até ao primeiro deslize. Alguns jogos sem ganhar e é aí que surge o 4-1-3-2 com extremos, que foi a razão para termos acabado a época passada a bom nível. Ainda não o usei muitas vezes esta época mas quero acreditar que vai ajudar a melhorar.

O 4-3-3 até resulta mas é em jogos complicados. A vitória tranquila frente à Roma é a expressão disso. Mas mais do que isso foi a campanha da Champions que fizemos até ao momento. Tombamos, surpreendentemente, contra o Marselha mas depois ganhamos os dois jogos frente ao Real Madrid. Fantástico.

Uma nota para o Romero. Para quem está aqui contrariado, está numa forma do crl.

Vai ser mais um campeonato rasgadinho. Aqueles deslizes impedem-nos de estar em primeiro lugar mas vamos lá chegar.

Na Champions é que vi a minha vida a andar para trás. Mas depois batemos o Real Madrid duas vezes e lá nos apuramos. Agora é tentar o assalto ao primeiro lugar para evitarmos os tubarões nos oitavos.

Depois dos últimos jogos em que parecíamos uma equipa a sério, conseguimos arrancar mais uma vitória complicada em Florença.

Porém, o problema de sempre voltou a surgir. Uma equipa inoperante no ataque que, em quatro jogos, só conseguiu marcar dois golos. Esses jogos impediram o assalto ao primeiro lugar no grupo da Champions e um afastamento da liderança.

De seguida, ainda vencemos o Pescara mas voltamos rapidamente aos maus resultados, com um empate no terreno do Bari e uma derrota caseira frente ao Inter.

Estava na altura de arriscar. Consolidei o 4-1-3-2 mas pedi à equipa uma mentalidade mais ofensiva, que veio a dar frutos. Seguiram-se seis vitórias consecutivas para o campeonato sem sofrermos qualquer golo. Pelo meio, ainda conseguimos o apuramento para as meias-finais da Taça de Itália.

Quem tem vindo a subir de rendimento é Maximiliano Romero. A equipa ataca mais, logo, ele rende mais. 11 golos nos últimos 11 jogos. 23 em 32, no total.

O nosso bom momento coloca-nos na luta pelo título. Estamos em igualdade pontual com o Inter e a dois pontos do Milan. A luta começa a ficar reduzida a três equipas. De salientar o nosso registo defensivo. Apenas nove golos sofridos em 23 jogos.

O sorteio da Champions ditou um embate frente ao poderoso Manchester City, de Dybala, Griezmann e de Bruyne, entre outras estrelas. Não somos favoritos mas há que dar uma boa réplica.