[FM 2017] Quebrar o jejum v2

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Há histórias que merecem ser contadas e esta é uma delas. Dia de derby. Íamos para o jogo num momento de forma intermitente, onde se destaca a eliminação da Champions, e sem uma das peças-chave da equipa, Adrien Silva. Por outro lado, o Benfica, orientado por Marcelo Bielsa, ainda só tinha perdido dois pontos no campeonato. Perder contra eles significava estar a oito pontos do primeiro lugar.

Pedro Ferreira substituiu o nosso capitão no onze inicial e Iuri, Gelson e Maxi Romero formaram o trio ofensivo.

A jogar em casa, assumimos a responsabilidade do jogo e logo aos nove minutos fomos felizes. Iuri Medeiros, pelo lado esquerdo, fintou o lateral Iñigo Lekue, de seguida tirou os rins a Lindelof e cruzou para Romero, que fez o primeiro golo do encontro. O segundo golo não tardou muito. Depois de uma disputa de bola a meio-campo entre Jardel e Romero, Lucas Lima ficou com a redondinha, colocou-a nas costas da defesa do Benfica e o Romero foi lançado para a baliza, rumo ao bis.

Apesar da nossa entrada forte, o jogo estava longe de estar decidido. Havia que matar as lamparinas. Aos 35 minutos, Pedro Ferreira lança nova bola nas costas da defesa encarnada na direção de Iuri Medeiros, que já dentro de área, faz um excelente passe atrasado para Romero. O que é que o nosso avançado fez? Marcou, claro está. Hat-trick antes do intervalo.

Na segunda parte, a ideia principal era gerir o resultado mas a equipa queria mais e mais. E entrou cheia de força para a segunda parte. Foi só colocar a bola a meio-campo, fazer dois ou três passes até a bola chegar a Jefferson que lançou Iuri Medeiros. O português cruzou para a área onde estava, claro está, Romero a fazer o poker. Foram necessários apenas 18 segundos para fazermos o primeiro golo no segundo tempo. Romero estava a fazer história. Nota para a terceira assistência de Iuri.

O Benfica bem tentava mas estávamos demasiado bem no jogo e a defesa deles continuava um passador. Aos 55 minutos, André Horta perde a bola para Geraldes, este coloca em Mayke que volta a deixar no meio para William. Com um excelente passe para as costas da defesa, para não variar, a bola foi ter direitinha para Romero. Estava feito o nosso quinto golo. O quinto também de Romero. Incrível.

Baixar o ritmo ou continuar o massacre? Quis continuar. Estava a ser bonito. Aos 73 minutos, Gelson, após receber um passe de William, explora, como sempre, a profundidade e dá a Romero que ganha em velocidade a Jardel e parte para a baliza rumo ao sexto golo.

Finito. Jogaço. Foi feita história e Romero é deus. 6-0. Todos do argentino.

Este massacre, que galvanizou a moral do plantel, coloca-nos agora a dois pontos do Benfica, antes de recebermos o Porto, em Alvalade. O campeonato está vivo.

Antes da receção ao Porto, enfrentamos o Tondela em jogo a contar para a Taça de Portugal. Rodei a equipa toda e não foi por isso que deixamos de fazer uma boa exibição. Resolvemos o jogo no primeiro tempo com golos de Ryan Gauld, Bruno Paz, que fez o seu primeiro golo na equipa A, e Pedro Marques, que quebrou um jejum de 12 jogos sem marcar. Next.

Contra o Porto, as coisas não correram tão bem como frente ao Benfica. Numa primeira parte equilibrado, foi a tripeirada a primeira a marcar, aos 38 minutos, por Corona. No minuto seguinte, restabelecemos a igualdade, por Romero, claro está. Na segunda parte, carregamos mais. Aos 83 minutos, Otávio foi expulso e demos tudo lá na frente mas não chegou. Voltamos a deixar fugir o Benfica.

Na Taça da Liga, assumimos o compromisso e o profissionalismo e vencemos os três jogos. Depois de uma vitória sem grande categoria por 1-0 frente ao Arouca, com um golo de Pedro Marques, levei a equipa titular a Paços de Ferreira para garantir desde logo o apuramento. Vencemos por 3-6, com um show de Maxi Romero, que marcou três golos e fez duas assistências. Já qualificados, voltei a rodar a equipa e dei até algum tempo a jogadores da equipa B (Elves Baldé, Edu Pinheiro e Miguel Silva). Vencemos por 2-0, dois golos de Pedro Marques que parece estar a voltar ao seu melhor nível.

Fomos a Coimbra e levamos a viagem demasiado a sério. Jogamos tanto como os universitários estudam depois de uma quinta académica. Valeu-nos Romero, aos 71 minutos, a fazer o único golo do jogo.

Frente ao Vitória de Espanha, voltamos a jogar pouco e a vencer pela margem mínima. Romero marcou de grande penalidade, aos sete minutos. Dada a intensidade do calendário para este mês de janeiro, fiz algumas mexidas no onze em relação ao que enfrentou a Académica. Este jogo marcou também o regresso de Adrien às minhas escolhas. Entrou a meio do segundo tempo. Ainda nesta jornada, o Benfica recebeu e venceu o Porto por 2-1. Nem para isto a tripeirada serve.

Ao contrário do que aconteceu nos últimos dois jogos, fizemos uma boa exibição e resolvemos o jogo rapidamente frente ao Belenenses. Logo aos dois minutos, Jefferson marcou de livre. Iuri Medeiros ampliou a vantagem 20 minutos depois, após assistência de João Oliveira, que fez descansar Mayke. Já no segundo tempo, o jogo não podia terminar sem o habitual golo de Romero. Neste jogo, perdemos Iuri por lesão. Vai parar entre três a quatro semanas.

Seguiu-se um jogo teoricamente complicado na Choupana, a contar para a Taça de Portugal mas conseguimos torna-lo fácil. Romero abriu o marcador, sofremos um pouco depois mas Lincoln recolocou-nos na frente. No segundo tempo, aos 60 minutos, Pedro Ferreira matou o jogo, o que permitiu rodar o esforço da equipa. Segue-se a lampionagem nas meias-finais.

Frente ao Moreirense, Romero não brilhou, brilhou Lincoln, a aproveitar a lesão de Iuri Medeiros para fazer um hat-trick. Gelson Martins também fez o gosto ao pé numa vitória clara.

O empate com o Porto deixou-me na azia e tivemos dois jogos mais fracos, que resultaram em vitórias curtas, mas, no geral, estamos num bom momento de forma. Continuamos a dois pontos do Benfica, devido ao empate na última jornada das galinhas frente ao Belenenses. Estamos bem vivos.

O mercado de inverno foi bastante calmo. Para além da venda de Rúben Semedo ao Nápoles, que já estava anunciada no início da época, e por isso nem sequer calçou, emprestei Francisco Geraldes à Fiorentina. O médio português perdeu algum espaço na equipa esta época e, por essa razão, decidi deixá-lo evoluir por outras bandas.

Após o Benfica derrotar o Porto na outra meia-final da Taça da Liga, enfrentei o Vitória FC com uma equipa algo alternativa, tendo inclusive chamado Elves Baldé à equipa principal. E o jovem extremo correspondeu. Primeiro, assistiu para Pedro Marques inaugurar o marcador, já no segundo tempo, e nos últimos minutos, ambos inverteram os papéis. Pedro Marques recebe a bola de cabeça dentro de área e toca para o extremo que matou a partida.

Isto é a Taça da Liga e tal mas contra o Benfica, até podia ser a jogar ao berlinde que é para limpar. Fomos na máxima força mas fomos comidos pelo porco do Diego Costa. Nunca um jogador encaixou tão bem num clube. Tristemente, marcou-nos dois golos que quase arrumaram com as nossas hipóteses.

Porém, os lamps ainda devem ter pesadelos com o Romero. E depois deste jogo ainda vão ter mais. Aos 49 minutos, Jardel falhou um passe para o guarda-redes, o avançado aproveitou e reduziu a desvantagem. Dez minutos depois, lá voltou a marcar após um excelente passe de Gelson. O nosso craque decidiu deixar marcar os outros. Lucas Lima, numa jogada individual, bateu Petroli, o frangueiro dos vermelhuchos. Mais tarde, Romero voltou e, depois de um passe de Lincoln, rematou com o pé esquerdo para o hat-trick. Nove golos em dois jogos contra o nosso rival. Patrão.

De volta ao campeonato, as coisas não correram bem em Vila do Conde. Uma exibição frouxa e um golo que só apareceu na sequência de um canto, já na segunda parte, por Bruno Paz. A vantagem durou apenas dois minutos e não conseguimos fazer nada para voltarmos à frente do marcador. Inaceitável.

Como não jogar bem – Cap. II. Foi assim o jogo na Choupana. Desta vez, porém, fomos mais felizes. Um golo de Mayke, após assistência de William Carvalho, na segunda parte deu-nos a vitória. Depois deste jogo, o Benfica empatou em Coimbra, o que nos volta a colocar a dois pontos de diferença.

Ainda não foi frente ao Portimonense, perante os nossos adeptos, que voltamos às nossas exibições. Sem Mayke, lesionado e que também não vai poder estar presente no jogo com o Leverkusen, João Oliveira foi lançado. Depois de uma primeira parte frouxa, subimos o nível no segundo tempo e acabaríamos por vencer. Gelson marcou e Lincoln descansou. 2-0.

Bruno Paz foi o escolhido para ocupar o lugar de lateral direito frente ao Leverkusen. Apesar de ser central/médio-defensivo, decidi adaptá-lo por ser mais fiável a defender e ter mais critério com a bola do que João Oliveira. Daniel Bragança rendeu William, castigado. O jogo foi feito a medo por ambas as partes, sendo que ninguém foi capaz de criar grandes ocasiões de golo. Só podia acabar 0-0.

Entramos em Setúbal a saber que podíamos saltar para a liderança devido ao empate do Benfica na Choupana. Ainda assim, rodei a equipa toda a pensar na segunda mão da Liga Europa. Estivemos longe de fazer uma boa exibição, o que começa a ser preocupante, e já estávamos a ver a vida a andar para trás. Foi só no tempo de descontos que Gelson Martins ganha um ressalto dentro da área e enfia a redonda lá para dentro. Estamos em primeiro crl.

Mais um jogo equilibrado frente ao Bayer Leverkusen. A sorte, porém, sorriu aos alemães. Chicharito marcou o único golo do jogo aos 58 minutos mas a grande estrela foi mesmo Bernd Leno que negou-nos o golo mais do que uma vez, nos minutos finais. Injustiça.

Frente ao Boavista, voltei a rodar um pouco a equipa, tendo em vista a receção ao Benfica a contar para as meias-finais da Taça de Portugal. Mais uma exibição que deixou a desejar mas o golo acabaria por surgir aos 57 minutos, por João Oliveira. O jogo foi decorrendo com alguma tranquilidade mas o segundo golo tardou a surgir. Pedro Marques, nos descontos, fez o 2-0, depois de substituir Romero, que já leva sete jogos sem marcar.

A onze jornadas do fim, estamos empatados com o Benfica. Ainda vamos à Luz e ao Dragão, que receberá também o nosso rival direto. O Porto, que parece já afastado das contas, pode ser decisivo para apurar o campeão.

Romero anda em má forma mas para o jogo com o Benfica, decidi mantê-lo. Não é preciso explicar o porquê, pois não? Porém, este voltou a não ser um dia de golos para ele. Quem marcou muitos foi o guarda-redes deles, Franco Petroli. Primeiro, manda um murro na bola para dentro da baliza. E, já na segunda parte, faz uma defesa incompleta e é o próprio que faz o 2-0 para nós. Jonas viria a reduzir a desvantagem, aos 77 minutos, deixando tudo em aberto para a segunda mão.

Frente ao Paços de Ferreira, fizemos uma exibição convincente que nos isolou na liderança do campeonato após uma derrota do Benfica em Setúbal. Matheus Pereira foi o homem que inaugurou o marcador, ele que entrou poucos minutos antes, devido a uma lesão de Lincoln. No segundo tempo, Pedro Marques, que foi titular desta vez, fez o segundo após ganhar um ressalto dentro da área. Põe-te a pau Romero. Viríamos a sofrer num momento de relaxamento, insuficiente para nos incomodar. Líderes isolados.

O Freamunde é a equipa mais fraca do campeonato e, por isso, havia que massacrar. Pedro Marques voltou a aproveitar a titularidade e marcou logo aos cinco minutos. Massacramos durante a primeira parte toda mas não conseguimos marcar. Tranquilo, arrancamos um penalty logo a abrir o segundo tempo, convertido por Adrien. O Freamunde veio a reduzir mas Romero, que coloquei em campo para ver se marcava um golito para subir a moral, marcou mesmo e matou as probabilidades do adversário. Já perto do final, Adrien bisou e fechou as contas.

Bom jogo frente ao Braga do Super Marco. Tivemos oportunidades para golear mas só na segunda parte é que construímos a nossa vitória. Adrien Silva e Matheus, que já tinha assistido para o primeiro golo, marcaram os nossos tentos. Romero teve imensas oportunidades mas fraquejou sempre em frente a Marafona. O Benfica voltou às derrotas e estamos agora com mais seis pontos.

Mais um deslize do Benfica, desta vez frente ao Braga. Empate a zeros. Aproveitamos esse deslize para rodar frente ao Arouca, antes dos dois jogos contra o eterno rival. Dos habituais titulares, poucos se mantiveram mas um deles aproveitou para fazer o gosto ao pé – Maxi Romero. O jogo nunca fugiu do nosso controlo mas estava a custar ampliar a vantagem. O segundo golo só surgiu aos 91 minutos, por Adrien, após passe atrasado de Pedro Marques.

Mais uma vez, história a ser feita na Luz. Depois de um 2-1 em Alvalade que deixou as coisas quentinhas para a segunda mão, este não podia ter sido um jogo mais fácil. Demoramos a marcar. Já só perto do intervalo, Adrien dificultou a vida à equipa de Bielsa. Tal como acabamos o primeiro tempo, começamos o segundo. Lucas Lima fez o segundo e Coates pouco depois fez o terceiro. A 20 minutos do final, e para ser o fim da macacada, Romero cruzou para a área e Kongolo, central galináceo, marcou na própria baliza. Bom cabaz. Rumo à final, frente ao Braguilha.

Depois de um cabaz, veio outro. Voltamos a ir à Luz depois do apuramento para a final, desta vez para o campeonato, e demolimos novamente. Este jogo, porém, podia ter contado uma história diferente dado o maior pendor ofensivo do Benfica durante o primeiro tempo, que foi quebrado com a expulsão de Marlon, perto do final da primeira parte. Assim sendo, entramos fortes na segunda parte e Adrien viria a inaugurar o marcador, aos 55 minutos. Logo depois, Pedro Marques fez o segundo, após assistência de Lincoln. Os dois voltariam a combinar a cerca de 20 minutos do final, para o bis do avançado português que acaba esta época num bom momento de forma. Que prazer é contar com dois grandes avançados.

Segue-se o Sporting de Braga na final.

Quem diria que o Porto ainda seria a equipa mais próxima de nós a seis jornadas do fim. Os lamps tombaram e bem e estão agora a penar por um lugar na pré-eliminatória da Champions (já só há lugar para duas equipas tugas na prova milionária). O campeonato parece fechado apesar de ainda irmos ao Dragão.

Resolvemos o jogo com o Estoril como gente grande. Entramos a matar e logo ao quarto minuto, Gelson Martins inaugurou o marcador após passe de Lincoln, vindo da esquerda. O extremo português, que tem sido o nosso melhor jogador esta época, voltou a marcar aos 26 minutos após um excelente passe de Pedro Ferreira. O 3-0 surgiu naturalmente por intermédio de William Carvalho à passagem da meia hora e Pedro Marques com um remate forte à entrada da área consumou a goleada antes do intervalo. Na segunda parte, o ritmo foi mais baixo e não houve lugar para mais golos. Estamos a seis pontos do título.

De seguida, recebemos o Leixões e voltamos a vencer pelos mesmos números. Entramos, tal como aconteceu frente ao Estoril, com tudo. Jefferson marcou de livre direto antes dos dez minutos e logo a seguir chegamos ao segundo. Lincoln centrou para a área, Pedro Marques desviou de cabeça para Gelson que, também com um cabeceamento, só teve de encostar. Na segunda parte, foram mais dois golos. Primeiro foi Lincoln após cruzamento de Mayke, que também assistiu Gauld para o quarto golo. Falta uma vitória ou até um ponto, se for frente ao Porto.

Jogo do título no Dragão com algumas dúvidas no onze. A principal delas passava pelo avançado. Pedro Marques ou Maximiliano Romero? Fui pelo português por atravessar um momento de forma mais favorável. Poucos dias antes do jogo, perdi Adrien por lesão. Saltou Pedro Ferreira para o onze. Ryan Gauld, pela exibição do útlimo jogo, também manteve o lugar em detrimento de Lucas Lima.

O jogo foi sempre equilibrado e diria que o Porto até foi a equipa que mais procurou o golo, em certos momentos do jogo. Mal seria, também. Porém, a nossa moral está em alta e Lincoln fez os adeptos leoninos presentes no Dragão saltarem de alegria, aos 23 minutos. Foi correndo o jogo. Uma oportunidade para um lado, outra para o outro. O tempo ia passando e íamos percebendo que estávamos perto do tri. Não houve mais golos e até pudemos ampliar a vantagem por Romero, que rematou ao poste. Não marcou, não interessa. Tricampeões. E desta vez, a festa foi no Dragão.

Para os três jogos que restavam no campeonato, havia três objetivos: manter o foco do grupo, tendo em conta que ainda há a final da Taça, bater o recorde de pontos da história do campeonato, fixado em 88, pelo Benfica de Rui Vitória em 2015/2016 e fazer uma segunda volta perfeita. É verdade, neste momento, temos 14 vitórias em 14 jogos na segunda volta (pelo meio, houve um empate com o Rio Ave num jogo a contar para uma jornada da primeira volta). Fantástico.

Frente ao Rio Ave, as coisas foram resolvidas em meia hora. Quis dar a oportunidade a alguns miúdos que têm sido menos utilizados como Miguel Lopes e João Oliveira mas a equipa não deixou de cumprir por causa disso. Aos sete minutos, já vencíamos com golo de Lucas Lima, seguido de um golo de Romero após cruzamento de João Oliveira. O avançado tinha sido rendido por Pedro Marques nos últimos quatro jogos mas voltou em grande. Matheus fechou as contas aos 29. Não nos apeteceu humilhar mais.

Contra o Belenenses é que o jogo não foi tão bom. Só um autogolo de Vítor Gomes nos deu a vitória. Também serve. Siga.

Entramos em Guimarães para bater recordes. Queríamos os 91 pontos e as 17 vitórias em 17 jogos na segunda volta. Contudo, entramos mal e sofremos logo aos dois minutos. A partir daí, arrancamos para uma boa exibição e para mais uma vitória. Logo aos nove, Pedro Marques cruzou e Roderick foi o nosso ponta-de-lança. Fomos assim para o intervalo mas na segunda parte não perdoamos. Pedro Marques voltou a estar envolvido no lance, desta vez a passar a bola para Lincoln, que consumou a reviravolta. Está numa forma fantástica. Maximiliano Romero, que entrou a meio da segunda parte, fechou as contas do jogo e as cortinas do tri. Enormes.

91 pontos, 17 vitórias na segunda volta e um registo caseiro praticamente perfeito (16 vitórias e um empate). Somado a isto, conseguimos praticar um bom futebol com bastantes golos marcados e um reduzido número de golos sofridos. A certa altura, o campeonato, que estava difícil a meio da época, tornou-se um passeio. Estamos de parabéns.

Foi uma época fantástica. Foi uma pena não termos ganho a Supertaça nem termos conseguido uma campanha na Europa além do mediano. Fomos eliminados na Liga Europa pelo Bayer Leverkusen e fica o amargo na boca, já que acredito que podíamos ter ido bem mais longe.

Estes foram os verdadeiros responsáveis pelo tri. Um grupo fantástico, recheado de juventude formada na casa que mostrou ter nível para subir alguns patamares e tornarem-se referências nas suas posições.

Na baliza, Pedro Silva continuou a evoluir na asa de um guarda-redes mais experiente. Depois da saída de Rui Patrício, Ruffier chegou e agarrou o lugar que será um dia do jovem guarda-redes português, assim espero.

Na defesa, Jefferson e Mayke voltaram a ser os laterais de eleição e voltaram a corresponder às expetativas. Estiveram tão bem que foram o segundo e o terceiro melhor jogador da Liga NOS, respetivamente. João Oliveira fez a sua primeira época a nível sénior e já demonstrou bons pormenores. Jonathan Silva também esteve a um bom nível. No eixo da defesa, Coates foi o patrão. E que patrão. Paulo Oliveira e Bruno Paz foram partilhando a titularidade ao longo da primeira metade da época mas o mais experiente disparou na segunda metade. Miguel Lopes foi jogando nas taças e teve direito a alguns jogos no campeonato.

No meio-campo, William e Adrien voltaram a ser pilares na nossa vitória final com Daniel Bragança e Pedro Ferreira a crescerem à espera das suas saídas. Ryan Gauld e Lucas Lima foram dividindo a titularidade na zona mais avançada do meio-campo. E que bem estiveram ambos.

Nas alas, há que falar, em primeiro lugar, do inevitável Gelson Martins, que foi o melhor jogador esta época. Titular indiscutível no lado direito do ataque, marcou 14 golos e fez 19 assistências durante toda a temporada. Craque e não deve ficar por Alvalade. Lincoln foi sendo o titular do outro lado, finalmente afirmando-se por estas bandas. O prémio de azarado da época vai para Iuri Medeiros. Passou por um período conturbado com lesões e, por essa razão, só conseguiu ser titular em 14 jogos. Já Matheus Pereira defraudou um pouco as expetativas que tinha sobre ele.

Maximiliano Romero. É o nome do miúdo de 20 anos que marcou 30 golos numa temporada. Depois de ter sido contratado a meio da época passada, onde serviu a equipa B, maioritariamente, esta época assumiu-se como a nossa principal referência do ataque e foi uma enorme surpresa. Vai ser dos melhores avançados do mundo se é que já não o é. Porém, não há que descurar o outro nosso ponta-de-lança, Pedro Marques. Quando Romero não estava na melhor forma, ele disse "Presente", tendo chegado aos 14 golos em 38 jogos (porém, apenas 22 como titular). Assumiu também um papel de destaque na construção ao ter assistido colegas de equipa por 11 vezes.

Liga dos Campeões: Manchester City (0-0 [g.p.] vs Real Madrid)
Liga Europa: Bayern Munique (3-1 [a.p] vs Borussia Dortmund)
Bundesliga: Bayern Munique
La Liga: Real Madrid
Ligue 1: PSG
Premier League: Manchester United
Serie A: AS Roma

Depois de uma profunda reflexão, decidi abandonar o Sporting. Ainda pensei em ficar para continuar a fazer evoluir miúdos que gostei de treinar como o Daniel Bragança, Bruno Paz, Pedro Marques, Lincoln e, principalmente, Maximiliano Romero mas estava a precisar de um novo desafio. A nível interno, isto tornou-se um passeio. Ficou a faltar uma boa prestação europeia mas quem sabe se não o farei um dia ao cá voltar e treinar os miúdos já graúdos.

Arrivederci Sporting!

Vaginite escreveu:Que facada saires sem ganhar uma competição europeia com o Sporting. Gostava muito de ter visto esses miudos e, por curiosidade gostava de saber por quanto estava avaliado miudos como o Pedro Marques e o Romero.

Estás de parabéns ainda assim! Que o próximo desafio seja ao mesmo nível. Interessante seria ires para uma equipa que precise de quebrar o jejum tambem, tipo um Valencia.