[FM 2017] Quebrar o jejum v2

Queríamos iniciar a época tal como terminamos a última – com um troféu e frente ao FC Porto. Porém, não jogamos um chuço e, apesar do Porto não ter sido melhor, acabou por ser mais feliz com um golo de Ricardo Pereira, na segunda parte. Primeiro troféu perdido.

Nas últimas duas épocas, não estivemos muito bem ao início com várias perdas de pontos. Era, portanto, crucial entrar bem na competição, desta vez. Iniciamos contra a Académica, em casa, e construímos uma vitória tranquila. Jefferson inaugurou o marcador aos 15 minutos e Coates, já na segunda parte, fez o 2-0 final.

Em Moreira de Cónegos, voltamos a entrar fortes. Pedro Marques, suplente nos dois primeiros jogos da época, voltou à titularidade neste jogo e foi o responsável por inaugurar o marcador, aos 15 minutos. Ainda na primeira parte, conseguimos fazer um golo igual ao que aconteceu frente à Académica. Na sequência de um canto, Bruno Paz ganhou a bola na área, cabeceou para o colega Coates, que, também de cabeça, fez o segundo. Já no segundo tempo, foi Gelson a sentenciar o jogo.

Contra o Nacional, novamente uma entrada muito forte. Adrien inaugurou o marcador logo aos dois minutos após uma assistência soberba de Lucas Lima, que voltou a assistir, aos 27 minutos. Pedro Marques recebeu e fez o 2-0. Em cima do intervalo, Gelson fez o 3-0 após ganhar um ressalto na área. Entramos na segunda parte como acabamos na primeira, a marcar. Lincoln bisou, primeiro por assistência de Gelson e logo a seguir após receber um cruzamento de Mayke. Mão cheia.

Em Portimão, fizemos uma primeira parte modesta mas conseguimos entrar fortes na segunda parte. Depois de brilhar com assistências, Lucas Lima desta vez marcou para o nosso lado, aos 49 minutos. Só aos 81 minutos conseguimos sentenciar o encontro. Golo, claro está, de Pedro Marques, após cruzamento de Mayke.

O jogo da Supertaça assustou mas a verdade é que começamos o campeonato de uma forma exímia. Quatro jogos, quatro vitórias tranquilas.

O sorteio da Liga dos Campeões ditou um grupo complicado para o nosso lado. Tottenham, Schalke 04 (atual clube de Paulo Fonseca) e Celtic vão ser os nossos adversários. Deverá ser equilibrada a luta pelo apuramento para os oitavos.

Há dias em que mais vale ficar em casa. O jogo frente ao Schalke 04 foi um desses dias. Entramos com uma abordagem completamente errada e fomos para o intervalo fazer jus ao nome do adversário. Perdíamos por 4-0. Na segunda parte, troquei algumas coisas e melhoramos substancialmente. Gelson Martins bisou e ainda nos colocou a sonhar com uma revirada histórica mas ficamo-nos por aqui. Já nos descontos, ainda sofremos o quinto golo. Péssimo.

O desastre de Gelsenkirchen alastrou-se para o campeonato. No Bessa, fomos completamente inoperantes no aspeto ofensivo e não fomos para além de um empate a zeros.

Perante os nossos adeptos, voltamos a fazer uma exibição frouxa. Parecia que o jogo ia decorrer de uma forma tranquila quando, aos 24 minutos, Pedro Ferreira inaugurou o marcador mas não foi nada disso que aconteceu. No segundo tempo, sofremos um golo aos 78 minutos, que silenciou Alvalade. Fui para cima deles e os meus putos acabaram por dar conta do recado. Maximiliano Romero fez o golo da vitória, a quatro minutos dos 90.

Foi preciso uma grande personalidade para enfrentar o Tottenham, equipa que já leva duas finais de Champions consecutivas. A primeira parte foi dominada pelos londrinos mas o jogo virou no segundo tempo. Já sem Gelson, que saiu lesionado, baixamos os extremos, para impedir que o Tottenham criasse perigo pelas alas e montamos, ao mesmo tempo, uma estratégia capaz de criar perigo em contra-ataque. Assim, numa jogada rápida, chegamos ao único golo do encontro. Lincoln foi pela esquerda, não pediu licença para passar e cruzou para o golo de Maxi Romero, que parece começar a render. Vitória super importante, depois da derrota na Alemanha.

Não fiz grandes rotações na equipa para o jogo frente ao Paços de Ferreira e acabamos por ir aquém do esperado. Ainda assim, acabamos por vencer com um golo de Ryan Gauld, marcado ainda na primeira parte.

Começam a soar os alarmes relativamente à nossa produção ofensiva. Rodei a equipa frente ao Marco mas tinha a obrigação de marcar quatro ou cinco golos. Marquei apenas um. Ryan Gauld voltou a ser decisivo. Precisamos de voltar à forma inicial.

O jogo com o Celtic levou-me a acreditar que aquilo frente ao Marco foi só relaxamento. Entramos com tudo e em dez minutos de jogo, Adrien já tinha bisado. Primeiro foi Gelson a assistir, depois Romer, que viria a marcar o terceiro golo, aos 27 minutos. No segundo tempo, gerimos o ritmo porque vinha aí um jogo complicado, em Braga. Ainda assim, Lucas Lima foi a tempo de fazer o quarto golo, aos 82 minutos. Passo importante rumo aos oitavos.

Isto contra o Braga tinha de ser nosso. Pela primeira vez, enfrentava o idiota do Marco Silva. Não era para ganhar, era para demolir. Mas demolido fiquei eu quando Quintero marcou para o lado deles. A sorte não queria nada comigo e era a noite de Marafona e dos postes. Quando já arriscava tudo, Gonçalo Paciência fez o 2-0. Perdi contra o Marco, que treina o Benfica B, com dois golos sofridos de gajos do Porto. Tudo ótimo.

Frente ao Arouca, queríamos voltar às vitórias mas a nossa vida não foi nada fácil. Acabamos por conseguir marcar por Gelson Martins, aos 60 minutos, mas o Arouca viria a dar a volta ao jogo. Estávamos fodidíssimos. Ainda fomos para cima e chegamos ao empate, outra vez por Gelson mas foi demasiado tarde para virarmos completamente o jogo. Empate a duas bolas e vida difícil no campeonato.

Estou a ver a minha vida a andar para trás. Dois deslizes consecutivos colocam-me no terceiro lugar a cinco pontos do Benfica, que parece querer jogar futebol esta época, bem como o Porto. Tenho de mudar alguma coisa nos jogos fora de portas que isto não está a correr nada bem. Retroceder ao sistema da época passada pode ser uma solução

Já na Champions, depois do desastre frente ao Schalke, colocamo-nos numa boa posição para seguir em frente. Ainda faltam três jogos bastante difíceis mas acredito que consiga a passagem. Ganhar em Glasgow é fundamental.

Dr. Eira escreveu:Quem diria que estarias melhor na Champions do que no campeonato

Vaginite escreveu:Li tudo. Foi divertido. Que aconteceu ao Pedro Marques?

Em Glasgow, colocamo-nos numa posição delicada. Éramos superiores mas voltamos a demonstrar o nosso mau momento fora de portas e acabamos por ser derrotados com um golo no segundo tempo. Vencendo o Schalke 04, ainda assim, estamos qualificados. Outro resultado é que pode deixar-nos na miséria já que, na última jornada, vamos ao terreno do Tottenham.

De seguida, recebemos o Freamunde e vencemos com facilidade. Pedro Marques foi titular e, apesar de não ter marcado, foi preponderante com duas assistências. Primeiro fez um excelente passe para Iuri Medeiros e depois assistiu Matheus de cabeça. Isto na primeira parte. Na segunda, voltamos a marcar já perto do final, na sequência de um livre batido por Jefferson. O brasileiro cruzou para a área e Paulo Oliveira cabeceou para o fundo das redes.

Uma exibição segura frente ao Moreirense permitiu-nos carimbar a passagem para a próxima eliminatória. Lucas Lima marcou com um remate à entrada da área aos 11 minutos e Pedro Ferreira, num lance semelhante fez o 2-0 final ainda no primeiro tempo. Foi só gerir na segunda parte que havia um compromisso importante a meio da semana.

Contra o Schalke, aconteceu o único resultado que não podia acontecer. Depois de uma primeira parte fraca para ambos os lados, foram os alemães a aproveitar a única oportunidade de golo que tiveram com Embolo a passar nas costas de Jefferson e a bater Ruffier. Estamos a dois pontos do Schalke e ainda vamos à casa do Tottenham enquanto os alemães recebem o Celtic. Acabou, parece-me.

Fomos à Amoreira completamente sobre brasas. Perto de estarmos afastados da Champions, com fracos resultados fora de casa e com o Benfica a querer cavar um fosso, estávamos obrigados a vencer e a convencer. O golo de Gelson Martins à passagem da meia-hora deu-nos ânimo mas numa perda de bola, acabamos por sofrer o empate ainda perto do intervalo. Pelo meio, Romero, que tem vindo a ser criticado, havia tido boas oportunidades para marcar mas não tinha conseguido. No segundo tempo, acabou por dar show com um hat-trick em 12 minutos.

Tínhamos de vencer o Tottenham e esperar por uma vitória do Celtic frente ao Schalke para seguirmos em frente. Até começamos bem mas mal sofremos o primeiro e o Schalke marcou aos escoceses, a equipa veio por aí abaixo. Só parou nos cinco. E quatro foram de Lacazette. Vergonhoso. Caímos para a Liga Europa e caímos humilhados.

Na visita ao Leixões, entramos fortes com Romero a marcar aos sete minutos. Fomos para o intervalo com a margem mínima no marcador e entramos serenos. Parecia tudo controlado mas um erro de Ruffier, que passou a bola a um jogador do Leixões, podia ter deitado tudo a perder. Sofremos um golo neste lance mas fomos para cima e Iuri Medeiros acabaria por recolocar-nos na frente e de lá não saímos. Má notícia neste jogo foi a lesão de Adrien, que vai ficar de fora dos próximos jogos. E que importantes vão ser esses jogos.

Três jogos, três vitórias e duas delas fora de casa. Estou mais descansado até porque jogamos bem em todas as partidas. Para mal dos meus pecados, o Benfica continua a varrer tudo o que lhe aparece à frente.

Nos próximos dois jogos, vamos enfrentar o Benfica e o Porto. Até ao final da primeira volta,
os nossos rivais também jogam um contra o outro. Vão ser semanas quentes. Devo ser roubado nos dois jogos, anyway. E sem Adrien, vai ser mais difícil.

A derrota com o Celtic foi o início da derrocada. Fui obrigado a ter uma abordagem diferente frente ao Schalke, que deu merd*, e, por sua vez, entrei já desmotivado frente ao Tottenham que, invariavelmente, também deu merd*. Venha a Liga Europa.

Individualmente, Gelson Martins tem sido a estrela da companhia. Romero marcou nos últimos dois jogos para o campeonato e está mais envolvido com a equipa. Espero que Pedro Marques também acorde para a vida. Preciso dos dois em boa forma.

Se é certo que Gelson tem sido a estrela, também anda a destacar-se pelos piores motivos. Pediu-me um aumento de contrato bem como Coates, andei a esticar a corda, e agora os dois estão ligeiramente insatisfeitos. Estava à espera do final da época para renovar. Estive mal a gerir a cena.